Depois de muita polémica,
acontece esta quinta-feira o primeiro debate televisivo entre os candidatos que
disputam a liderança no Partido Social Democrata (PSD). As eleições diretas no
partido realizam-se no próximo dia 13 deste mês.
Realiza-se esta quinta-feira, a
menos de 10 dias das eleições diretas no PSD, o primeiro debate televisivo
entre os candidatos a suceder a Pedro Passos Coelho. Rui Rio e Pedro Santana
Lopes vão estar frente a rente na estação pública, às 21h00.
Este será o primeiro de dois
debates televisivos, o segundo será na TVI, no próximo dia 10. No dia 11,
segue-se um terceiro debate radiofónico: na Antena 1 e na TSF em
simultâneo. Se houve tema que marcou o caminho até aqui foi precisamente a
polémica em torno dos debates, apelida por Santana como a "a saga dos debates que não se realizam", com os
dois candidatos a discordarem sempre.
Se não, vejamos. Pedro Santana
Lopes deu o tiro de partida na polémica ao sugerir, quando se apresentou como
candidato, debates em todas as distritais, o que resultaria, portanto, em 22
frente a frente. A proposta, ambiciosa, foi imediatamente rejeitada por Rui
Rio. Defendeu nessa altura que a campanha não deveria "ser transformada
num espetáculo ambulante pelo país fora”.
Rejeitada a proposta inicial, os
dois candidatos procuraram entender-se. Rui Rio mostrou-se disponível para a
realização de dois debates televisivos, de onde a SIC era excluída. Santana
insistiu em debates nas três estações generalistas. O meio caminho encontrado
foi, não a realização de três debates na caixinha mágica, mas de dois frente a
frente televisivos, um na RTP outro na TVI, e um terceiro radiofónico.
Os dois candidatos já
formalizaram a candidatura à liderança do PSD e ambos entregaram as respetivas moções de estratégia global com vista às eleições
diretas de 13 de janeiro e ao Congresso, que se realiza entre 16 e 18 de
fevereiro em Lisboa.
Entre os dois candidatos existem
visões distintas, a mais relevante reside na ideia que cada um tem de futuros
acordos de governo e de regime. Rui Rio defende que "o PSD não pode
fechar-se a entendimentos" sempre que estejam em causa o interesse
nacional e a defesa do bem comum, lembrando que o partido tem na sua cultura
política e na sua história "a busca do compromisso como expressão de
responsabilidade democrática".
Santana, por seu turno, fecha a
porta a um possível bloco central. Aceita "pactos de regime sobre matérias
estruturantes" dos sistemas político, económico e social" mas apenas
na próxima legislatura, considerando não ser "adequado negociar pactos de
regime enquanto se constrói a alternativa de governo". Assegura ainda que
o PSD não dará apoio ao PS para constituição de um bloco central "nem
antes nem depois" das eleições legislativas.
As eleições para eleger o novo
líder do PSD estão marcadas para o próximo dia 13. Importa relembrar quem está com quem nesta batalha interna. Se do lado
de Santana Lopes está o líder parlamentar do partido, Hugo Soares, Carlos Abreu
Amorim, Miguel Relvas, António Pinto Leite, André Ventura ou o ex-ministro Rui
Machete; o ex-autarca do Porto conta com o apoio de 'pesos pesados' como Pinto
Balsemão, Nuno Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Silva
Peneda, Miguel Cadilhe e Alberto João Jardim, por exemplo.
Melissa Lopes | Notícias ao
Minuto
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