Carlos César cita Sérgio
Monteiro, que em 2013 afirmava que "quaisquer perspetivas de degradação de
serviço" dos CTT "não passavam de fantasmas"
O líder parlamentar do PS lembrou
hoje palavras do antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro, que no executivo
PSD/CDS tinha a tutela dos CTT, frisando que há "fantasmas bem vivos"
no que refere à qualidade da empresa.
Em outubro de 2013, sublinhou
Carlos César, Sérgio Monteiro afirmava que "quaisquer perspetivas de
degradação de serviço" dos CTT, em virtude da privatização, "não
passavam de fantasmas", mas afinal, advogou o líder parlamentar do PS,
esses fantasmas estão "bem vivos".
"Esses fantasmas [estão] bem
vivos à nossa volta, e com uma grande dificuldade em contornar o prejuízo que
estamos a ter do ponto de vista do serviço", realçou Carlos César, também
presidente do PS e presidente honorário do PS/Açores.
O socialista falava aos
jornalistas em Ponta Delgada, depois de se ter reunido com o presidente da
Junta de Freguesia de São Pedro, onde se prevê o encerramento de um balcão dos
CTT em virtude do plano de reestruturação da empresa.
É importante dar uma oportunidade ainda à
empresa para que estas situações sejam esclarecidas", considerou o líder
parlamentar do PS.
O PS já veio requerer a audição
do presidente da Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações) para apurar se o plano
de reestruturação dos CTT respeita o contrato de concessão assinado com o
anterior Governo.
Os CTT confirmaram na semana
passada o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo
a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de
trabalho.
A empresa referiu que o
encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não
coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez
que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia
na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes
balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade
(Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila
Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio
(Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre
(Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada),
Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila
Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco
da Calheta (Calheta, na Madeira).
No caso do balcão em Ponta
Delgada, ilha de São Miguel, Carlos César diz que este posto "não
contribui para qualquer défice de exploração da empresa" na região e o
critério da distância é "perfeitamente aleatório", asseverando o
socialista que irá, no quadro da Assembleia da República, procurar obter mais
esclarecimentos da parte dos CTT.
Diário de Notícias | Lusa
Na foto: Sérgio Monteiro
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