Cerca de 55 mil pessoas foram às
ruas em Barcelona pedir a libertação de líder separatista catalão que foi
detido na Alemanha. Confronto entre polícia e grupo de manifestantes deixa ao
menos 50 feridos.
Milhares de pessoas protestaram
neste domingo (25/03) em Barcelona contra a detenção do ex-chefe de governo da
Catalunha Carles Puigdemont, foragido da Justiça espanhola. O líder catalão
foi detido
na Alemanha, quando ele tentava atravessar de carro a fronteira a partir da
Dinamarca.
Um grupo de manifestantes se
reuniu em frente a um edifício da Comissão Europeia na capital catalã. De lá,
eles marcharam até o consulado da Alemanha.
Os manifestantes exigiam a
libertação de Puigdemont e de outros cincos políticos separatistas que foram
presos na sexta-feira por ordem do Supremo Tribunal.
"Esta Europa é
vergonhosa", gritavam em frente ao edifício da Comissão Europeia. Alguns
dos presentes levavam ainda cartazes e repetiam o slogan "Puigdemont,
nosso presidente".
Outros manifestantes se reuniram
em frente ao prédio da delegação do governo da Espanha. Um grupo entrou em
confronto com a polícia ao tentar furar o cordão policial no entorno da região.
Manifestantes jogaram garrafas de
vidro, ovos e outros objetos nos policiais, que responderam com violência. Na
confusão, ao menos 50 pessoas ficaram levemente feridas, incluindo três agentes
de segurança. Três pessoas foram detidas.
Segundo autoridades catalãs,
ambos os protestos reuniram 55 mil pessoas. Os atos foram convocados pelos
chamados Comitês de Defesa da República catalã (CDR) e pela Assembleia Nacional
da Catalunha (ANC).
Grupos que defendem a
independência da região bloquearam ainda várias estradas na Catalunha ou
atrapalham a circulação de veículos.
Em Girona, cidade da qual
Puigdemont foi prefeito, os manifestantes pintaram de amarelo a fachada da
subdelegação do governo central e retiraram a bandeira da Espanha. O amarelo é
a cor usada pelos separatistas para pedir a liberdade dos líderes presos.
Prisão na Alemanha
Puigdemont foi detido neste
domingo na Alemanha. O motivo da prisão é uma ordem europeia emitida pela
Justiça espanhola contra o político. Ele é processado em seu país pelos crimes
de rebelião e malversação de fundos públicos em relação ao processo de
independência iniciado na Catalunha em 2017.
A Justiça alemã decidirá na
segunda-feira se Puigdemont permanecerá sob custódia da polícia enquanto
aguarda o resultado do processo de extradição. Se retornar à Espanha, ele pode
enfrentar até 25 anos de prisão.
Puigdemont deixou a Espanha para
um autoexílio na Bélgica no ano passado, pouco depois de o Parlamento catalão
fazer uma declaração simbólica de independência da Espanha.
CN/efe/ap/lusa/afp | em Deutsche
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