A programação abre e encerra com
filmes portugueses. Entre os 245 filmes exibidos, conta com quase 50 obras
nacionais
15.ª edição do Festival
Internacional de Cinema de Lisboa - IndieLisboa começa esta quinta-feira, em
várias salas da capital portuguesa, com uma programação que abre e encerra com
filmes portugueses e conta com quase 50 obras nacionais.
"Abrir o festival com um
filme português e fechar com um filme português é obviamente uma declaração de
amor ao cinema português e uma chamada de atenção para a necessidade de
preservar este ecossistema do cinema português, naquilo que tem de mais
autónomo, mais livre, mais independente, como o festival", afirmou um dos
diretores do IndieLisboa, Nuno Sena, à agência Lusa.
O festival abre com "A
Árvore", ficção de André Gil Mata rodada integralmente na
Bósnia-Herzegovina e que também integra a competição nacional, e encerra a 6 de
maio com "Raiva", de Sérgio Tréfaut, a partir do romance "Seara
de Vento", de Manuel da Fonseca.
Segundo Nuno Sena, o IndieLisboa
tenta ser, a cada edição, "um retrato do ano cinematográfico em curso,
mostrando produções inéditas em Portugal".
"A nossa responsabilidade em
relação ao cinema português é a de ser o primeiro momento de nascimento público
destes filmes e tentar projetá-los para o público nacional, mas também para um
potencial percurso internacional", sublinhou.
Além de "A árvore", a
competição portuguesa de longas-metragens contará com os filmes "Tempo
Comum", de Susana Nobre, "Our Madness", de João Viana,
"Mariphasa", de Sandro Aguilar e "Bostofrio, où le ciel rejoint
la terre", de Paulo Carneiro.
A competição de curtas-metragens
contará com 16 filmes, entre os quais "Anjo", que assinala a estreia
do ator Miguel Nunes na realização, "Russa", de João Salaviza e
Ricardo Alves Jr., "Sleepwalk", de Filipe Melo, "Self
destructive boys", de André Santos e Marco Leão, e "Amor, Avenidas
Novas", de Duarte Coimbra, já selecionado este ano para Cannes.
Este ano, o IndieLisboa mostrará
245 filmes. A ambição é "tentar fazer uma súmula do que parece mais
relevante, mais original, mais inovador", disse Nuno Sena.
Da programação, destaque para as
retrospetivas dedicadas à realizadora argentina Lucrecia Martel, que estará em
Portugal para apresentar o mais recente filme, "Zama", e ao
realizador francês Jacques Rozier, 91 anos, uma das primeiras figuras da
'Nouvelle Vague'.
O IndieLisboa decorrerá no Cinema
São Jorge, na Culturgest, na Cinemateca e no Cinema Ideal, mas terá também
programação na Biblioteca Palácio Galveias e na Casa Independente.
Lusa | em Expresso
Imagem: A curta-metragem “Anjo”
estreia no IndieLisboa. É a primeira realização do ator Miguel Nunes
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