É mais que impressionante a
estupidez dos que fazem queimadas que resultam em desastre, registando até vítimas
mortais. A penalização destes 'artistas das queimadas' devia ser pesada para que os
aventureiros meditassem antes de causar desastres
incontroláveis que até já registam mortes.
Além disso há os fogos postos e declaradamente criminosos, com vista ao lucro, por madeireiros e afins. A esses incendiários, mantê-los entre quatro grades é o que se espera. Sem contemplações.
Já para com os da tara da piromania nada
mais recomendável que os tratar, assim como os controlar, restringir-lhes a mobilidade.
Portugal está farto de incêndios e ainda mais de mortes por via
dos incêndios. Tem chovido bastante, não tem feito calor, estamos
em fins de Abril e já Portugal arde por incúria e maluqueira. Já portugueses
morrem esturricados. Basta. Não queremos mais do mesmo! (PG)
Autoridades devem analisar número
elevado de fogos - Liga de Bombeiros
O presidente da Liga Portuguesa
de Bombeiros (LPB), Jaime Marta Soares, considera que as autoridades têm de
analisar com urgência o número elevado de incêndios que se têm vindo a registar
no continente nos últimos dias.
Nos últimos dias têm-se registado
um "número elevado" de incêndios, sendo que na quarta-feira um dos
fogos, na freguesia de Cerva, concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila
Real, envolveu mais de 70 bombeiros e esteve perto de habitações.
Desde o início do ano, foram
registados também, segundo dados da Guarda Nacional Republicana (GNR), vários
incêndios causados por queimadas, alguns deles com vítimas mortais.
"Estes incêndios têm de ser
analisados caso a caso. Não nos podemos esquecer de que só este ano já houve
mais de 2.500 ignições. É uma coisa incrível e, por isso, há que refletir,
saber o que se passa. Há também a registar um número exagerado de vítimas
mortais resultantes de queimadas", disse à agência Lusa o presidente da
LPB.
No entender de Jaime Marta
Soares, os peritos policiais têm de analisar estes incêndios para alertar as
pessoas, para que se consiga criar uma cultura de proteção e defesa.
"Todas as pessoas que têm
vindo a morrer nas queimadas são pessoas muito idosas, com mais de 65 anos, que
têm mais dificuldades e que têm um grande sentido de responsabilidade, e que
talvez não tenham interiorizado ou não lhes tenham feito chegar bem a mensagem
que tem a ver com a proteção das casas, sujeitando-se assim a grandes riscos",
explicou.
Na origem do elevado número de
incêndios dos últimos dias poderá estar também, segundo Marta Soares, a elevada
proporção de combustível na floresta e as alterações climáticas.
"Estamos em abril. Tem
chovido muito, mas de repente vieram uns dias com temperaturas altas e vento e
ontem [quarta-feira] houve de facto muito vento, que é o maior inimigo. As
pessoas não fazem bem a análise. Antigamente nas zonas próximas das casas havia
cultivos e por isso não havia uma propagação tão rápida como agora",
contou.
Jaime Marta Soares disse não ter
elementos suficientes para fazer uma melhor avaliação, mas considera que
"qualquer coisa de anormal se está a passar".
Contactada pela agência Lusa, uma
fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicou que na
quarta-feira não houve risco elevado de incêndio, mas sim moderado e só nas
regiões no norte do continente.
A GNR registou entre janeiro e
fevereiro deste ano 72 crimes de incêndio florestal e instaurou, no mesmo
período, 83 autos de contraordenação no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta
Contra Incêndios, devido sobretudo a queimadas ilegais.
Os 72 autos de notícia por
incêndio florestal envolveram a detenção de 27 pessoas, em flagrante delito,
segundo os dados disponibilizados à Lusa pela GNR.
As 83 contraordenações foram
registadas "essencialmente devido à realização de queimadas sem o
respetivo licenciamento".
Em 2017, a GNR registou 21.952
ocorrências associadas à problemática dos incêndios florestais, 9.864 crimes,
65 detidos por incêndio florestal, 919 pessoas identificadas e 4.578
contraordenações.
Segundo a GNR, em 2017 arderam
mais de 527 mil hectares de mato e floresta, mais 367 mil hectares do que em
2016.
DD (SYSM) // ROC | Lusa
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