terça-feira, 1 de maio de 2018

Presidente timorense compromete-se a trabalhar em prol de políticas de emprego


Díli, 01 mai (Lusa) - O Presidente timorense comprometeu-se hoje a trabalhar com o Governo para promover novas políticas económicas que fomentem o emprego e melhorem a inclusão social, ultrapassando os atuais desafios políticos que o país enfrenta.

"Vivemos, atualmente, um momento especial com grandes desafios económicos, porque não temos Orçamento de Estado aprovado. Para prosseguir políticas de desenvolvimento nacional, o Estado precisa de investir no apoio à economia e no desenvolvimento de um mercado social, com apoio a campos de trabalho", afirmou Francisco Guterres Lu-Olo.

"Precisamos da participação de todos os trabalhadores da nossa terra. Temos de pôr em prática novas políticas para aumentar a oferta de trabalho", defendeu.

Numa mensagem ao povo timorense por ocasião do 1.º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador, o Presidente timorense sublinhou os futuros desafios do país, que vai às urnas em eleições legislativas antecipadas a 12 de maio.

"Tudo farei, no exercício do meu mandato, para cumprir o meu compromisso de trabalhar com o governo da Nação para promover novas políticas económicas e políticas de emprego com aumento da inclusão social", afirmou.

"Queremos reduzir a pobreza, promover a inclusão económica da juventude. Para isso temos de trabalhar juntos, em unidade, para desenvolver uma economia sustentável, mais produtiva", sublinhou.

O chefe de Estado deixou uma mensagem especial para os muitos que trabalham fora de Timor-Leste, da Austrália à Coreia do Sul, do Reino Unido a Portugal, ou outros países.

"Saúdo todos os irmãos e irmãs que, pelo seu trabalho, dia a dia, contribuem para fazer avançar a economia da nossa terra", disse.

Um estudo, divulgado no mês passado, mostrou que as remessas dos emigrantes timorenses são atualmente a principal fonte de receitas não-petrolíferas de Timor-Leste, com mais de 40 milhões de dólares transferidos para o país no ano passado.

Só em 2017 foram feitas mais de 85 mil transferências para Timor-Leste, o que tornou a mão de obra "a maior exportação" do país, à frente do café, com receitas anuais de entre 10 a 20 milhões de dólares, ou do turismo, com receitas de 15 milhões.

Lu-Olo falou também para os que em Timor-Leste "trabalham para reforçar uma economia sustentável, que valorize mais o trabalho dos homens e mulheres timorenses em toda a parte - na montanha, campos e lezírias, e também nas oficinas e todas as empresas que criam emprego nas cidades do país".

O responsável considerou o direito ao trabalho como uma das suas maiores preocupações e uma "prioridade política", e destacou que "o reforço da economia de Timor-Leste requer a participação de todos no desenvolvimento económico" do país.

"Só juntos poderemos fazer uma economia melhor e um país mais próspero, para todos os timorenses. Esta é uma importante prioridade. Podem contar comigo", disse.

ASP // EJ

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