Díli, 01 mai (Lusa) - O
Presidente timorense comprometeu-se hoje a trabalhar com o Governo para
promover novas políticas económicas que fomentem o emprego e melhorem a
inclusão social, ultrapassando os atuais desafios políticos que o país
enfrenta.
"Vivemos, atualmente, um
momento especial com grandes desafios económicos, porque não temos Orçamento de
Estado aprovado. Para prosseguir políticas de desenvolvimento nacional, o
Estado precisa de investir no apoio à economia e no desenvolvimento de um
mercado social, com apoio a campos de trabalho", afirmou Francisco
Guterres Lu-Olo.
"Precisamos da participação
de todos os trabalhadores da nossa terra. Temos de pôr em prática novas
políticas para aumentar a oferta de trabalho", defendeu.
Numa mensagem ao povo timorense
por ocasião do 1.º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador, o Presidente timorense
sublinhou os futuros desafios do país, que vai às urnas em eleições
legislativas antecipadas a 12 de maio.
"Tudo farei, no exercício do
meu mandato, para cumprir o meu compromisso de trabalhar com o governo da Nação
para promover novas políticas económicas e políticas de emprego com aumento da
inclusão social", afirmou.
"Queremos reduzir a pobreza,
promover a inclusão económica da juventude. Para isso temos de trabalhar
juntos, em unidade, para desenvolver uma economia sustentável, mais
produtiva", sublinhou.
O chefe de Estado deixou uma
mensagem especial para os muitos que trabalham fora de Timor-Leste, da
Austrália à Coreia do Sul, do Reino Unido a Portugal, ou outros países.
"Saúdo todos os irmãos e
irmãs que, pelo seu trabalho, dia a dia, contribuem para fazer avançar a
economia da nossa terra", disse.
Um estudo, divulgado no mês
passado, mostrou que as remessas dos emigrantes timorenses são atualmente a
principal fonte de receitas não-petrolíferas de Timor-Leste, com mais de 40
milhões de dólares transferidos para o país no ano passado.
Só em 2017 foram feitas mais de
85 mil transferências para Timor-Leste, o que tornou a mão de obra "a
maior exportação" do país, à frente do café, com receitas anuais de entre
10 a 20 milhões de dólares, ou do turismo, com receitas de 15 milhões.
Lu-Olo falou também para os que
em Timor-Leste "trabalham para reforçar uma economia sustentável, que
valorize mais o trabalho dos homens e mulheres timorenses em toda a parte - na
montanha, campos e lezírias, e também nas oficinas e todas as empresas que
criam emprego nas cidades do país".
O responsável considerou o
direito ao trabalho como uma das suas maiores preocupações e uma
"prioridade política", e destacou que "o reforço da economia de
Timor-Leste requer a participação de todos no desenvolvimento económico"
do país.
"Só juntos poderemos fazer
uma economia melhor e um país mais próspero, para todos os timorenses. Esta é
uma importante prioridade. Podem contar comigo", disse.
ASP // EJ
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