O Presidente norte-americano
assinou um documento que suspende, durante seis meses, a transferência da
embaixada dos EUA em Israel, apesar de ter inaugurado em maio uma nova
instalação diplomática em Jerusalém.
A Casa Branca confirmou que
Donald Trump assinou o despacho na terça-feira, que mantém suspensa a aplicação
de uma lei de 1995 que ordena ao executivo de Washington a transferência da
embaixada em Israel de Telavive para Jerusalém.
Esta aparente contradição de
Trump com a sua própria política responde a uma exigência incluída naquela
norma, que estabelece que se o Presidente não cumprir a transferência da
embaixada para Jerusalém tem de dar uma explicação ao Congresso, de seis em seis
meses, se não quiser perder fundos para a manutenção das embaixadas em todo o
mundo.
Apesar de o Governo de Trump ter
inaugurado formalmente a delegação diplomática em 14 de maio passado, teve de
cumprir a determinação legal, uma vez que a residência do embaixador David
Friedman continua em Telavive.
"A definição de 'embaixada
norte-americana' inscrita na Lei da Embaixada, em Jerusalém inclui tanto as
instalações da missão diplomática como a residência do embaixador",
explicou à agência Efe uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa
Branca.
Na ordem que assinou, Trump usou
a mesma justificação que tinham usado os seus três antecessores para não
transferir a embaixada para Jerusalém, a saber, a necessidade de "proteger
os interesses de segurança nacional dos EUA".
No documento, "o Presidente
reconhece que ainda tem de se manter suspensa a restrição dos fundos incluída
na lei, até que se possa resolver o caso da residência do chefe da
missão", acrescentou aquela porta-voz.
Esta situação não implica que se
esteja a recuar na transferência da embaixada e a Casa Branca tenciona
"trabalhar com o Congresso para eliminar a necessidade" de o
Presidente ter de assinar mais documentos destes, adiantou.
A Casa Branca admite que serão
precisos anos -- talvez uma década -- para construir um edifício que permita
transferir para Jerusalém o pessoal diplomático que está a trabalhar em
Telavive.
Atualmente, são menos de 10 os
funcionários que foram transferidos para Jerusalém.
Lusa | em Notícias ao Minuto
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