Estrangeiros ilegais que
abandonaram áreas de garimpo na Lunda-Norte, no quadro do processo de
repatriamento voluntário, estão a regressar de forma clandestina, denunciaram
ontem as autoridades tradicionais do povoado de Macuia, em Calonda, município
do Lucapa.
À imprensa, à margem da visita
que o governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, efectuou àquela região para
constatar o andamento da “Operação Transparência”, os sobas Alberto Ndjimi e
Cassacala Ngunda confirmaram que os estrangeiros identificados como cidadãos da
República Democrática do Congo (RDC) continuam a regressar e, no período
nocturno, fazem o garimpo, com o patrocínio dos chamados “boss” e com a
conivência de agentes da ordem destacados no local.
Os sobas, citados ontem pela Angop, pedem às autoridades competentes a tomada de “atitudes mais sérias e responsáveis”, denunciando que têm sido vítimas de maus tratos de invasores estrangeiros. O director do Gabinete Provincial dos Recursos Minerais, Hermenegildo Gomes, que integrou a comitiva do governador provincial, confirmou haver já zonas livres de garim-po, o que representa que a “Operação Transparência” continua a combater pequenos focos de garimpeiros.
De iniciativa do Executivo, a “Operação Transferência” prevê expulsar do país todo o estrangeiro em situação migratória irregular e aquele que financia a exploração ilegal de diamantes, além de punir os cidadãos nacionais que auxiliam a imigração ilegal, pondo em risco a soberania angolana e a economia nacional.
O Governo reafirmou o desafio de combater a imigração ilegal, exploração e tráfico ilícito de diamantes até 2020, com a execução da "Operação Transparência", assumida pelos órgãos de Segurança e ordem interna.
Depois de reorganizar a exploração semi-industrial, o Governo passará o processo aos angolanos, sobretudo jovens da província, para reduzir o desemprego daquela faixa etária.
Jornal de Angola
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