Martinho Júnior, Luanda
A SOCIEDADE ANGOLANA NÃO
JUSTIFICA UMA MERCENÁRIA "SOCIEDADE CIVIL" A SOLDO DO
EXTERIOR, SEJA DE QUEM FOR, MUITO MENOS DO NATIONAL ENDOWMENT FOR DEMOCRACY. EM ANGOLA NÃO HÁ
FINANCIAMENTO ALGUM PARA FAZER INGERÊNCIAS POR VIA DUMA QUALQUER "ONG" NO
EXTERIOR, SEJA ONDE FOR, MUITO MENOS PARA RETRIBUIR AOS ESTADOS UNIDOS A "DÁDIVA" DUMA
NATIONAL ENDOWMENT FOR DEMOCRAY QUE TANTO TEM A FAZER NA ORIGEM E SÓ SUBVERTE A
DEMOCRACIA PARA ONDE VAI NO MUNDO!
Até agora, por parte do
Presidente João Lourenço, este é um exercício que contribui para a consolidação
duma paz necessária não só em Angola, como em toda a região e isso deve ser tão
reforçado como as críticas justas que se devem acentuar em relação às
ingerências e manipulações provenientes dos Estados Unidos e da sua panóplia de
meios, mercenários e vassalos!
De facto, estes “canais” são
não só formas abertas e duma visibilidade “estimulante” de ingerência
e manipulação, na presunção que tudo roda à volta dos seus critérios
psicológicos relativos à democracia, quando esses critérios, já não o podem
esconder, servem interesses e conveniências dos processos de domínio dos que
alimentam o pensamento e a acção do império da hegemonia unipolar e sua
panóplia de instrumentos e meios inscritos no plasma de capitalismo financeiro
transnacional.
O sistema de quesitos e
pagamentos da National Endowment for Democracy reflecte precisamente esse
enredo, com uma dose intensiva de desinformação, ou duma produção de notícias
que enferma da ótica orientada pela entidade pagadora na sua azáfama de “prestação
de bons serviços” ao aparelho de propaganda, contra propaganda e guerra
psicológica dominante, entre o estilo de sua cultura “soft power” e o
estilo próprio da crispação num quadro da orgia de suas“revoluções coloridas” e “primaveras
árabes”!
Rafael Marques de Morais, sendo
apresentado como um “paradigma” modelar da “informação
independente em defesa da democracia”, não pode deixar de corresponder às
correntes que o orientam e por isso, é uma máquina que ao desinformar por causa
das moldagens, constrói por via da distorção apreciativa dos fenómenos a “informação” da
conveniência que lhe é encomendada!
A Operação Transparência que continua seu curso, nos seus resultados e nas sínteses-analíticas que proporciona ao poder do estado angolano, nada tem a ver com as distorcidas apreciações de Rafael Marques de Morais em relação ao conjunto de fenómenos, por exemplo no caso do Vale do Cuango, mas a audiência dos que defendem essa operação em sintonia com o projecto do estado angolano, é débil para lá das fronteiras, pois sua caixa-de-ressonância e raio-de-acção dela é incomparavelmente inferior ao poder dos suportes que alçam o mercenário para a ribalta dos mecanismos que compõem o diapasão dos “media de referência e independentes”!
A vigilância vai ter de ser uma
constante, pois a desinformação beneficia pela diversão que emprega, aqueles
que se propõem à desagregação do território nacional e à subversão
constitucional, como o Movimento do Protectorado Lunda-Tchokwe!
Compreendendo a tipologia do
fenómeno, ao receber esse tipo de “encomendados protagonistas”, o
Presidente João Lourenço, tirando partido da inauguração na sua chegada ao
poder e argumentando com a necessidade do exercício da paz, agilizou para com
eles canais a que agora eles não se podem furtar, contrariando seus
obrigatórios e viciados vínculos…
Com versatilidade e sagacidade o
Presidente angolano ao mesmo tempo colocou uma rédea curta em relação a esse
tipo de mercenários da escrita, o que vai obrigar as suas matrizes a repensar o
seu “jogo africano”…
Decerto que agora, o National
Endowment for Democracy está a ser obrigado à inovação, incluindo na sua folha
de pagamentos uma abertura de espaço a outros que não só não estão “queimados” como
Rafael Marques de Morais, como também estão livres dessa rédea curta…
No ambiente angolano,
candidatos “independentes” não faltam, pelo que novas aproximações e
mobilizações vão ser a solução, a fim de projectar outro cariz às ingerências e
manipulações sob “encomenda”!
Dentro em breve e até 2022 haverá
sinais disso, novos “passos de mágica”, por que vão ter de tentar romper
com a rédea curta a que se vão ter de sujeitar os “queimados” da
actualidade, por muitos prémios e “holofotes de referência” que
recebam!
Capitalismo e processos
dominantes obrigam a isso, mas os que têm consciência disso ao alertar para o
futuro imediato desse tipo de contingências em Angola, alertam também para a
necessidade de preparação de mais rédeas-curtas para os novos candidatos do
National Endowment for Democracy e similares!
Martinho Júnior | Luanda, 8 de Dezembro de 2018
Imagens:
- Logo do National Endowment for
Democracy, uma das entidades pagadoras de Rafael Marques de Morais via Maka
Angola;
- George Sorosé outra das entidades
pagadoras de Rafael Marques de Morais (https://ditosdobau.wordpress.com/2014/12/08/cheque-milionario-passado-a-rafael-marques/);
- O Movimento do Protectorado
Lunda-Tchokwe beneficia directamente das manobras de diversão de Rafael Marques
de Morais em relação ao Vale do Cuango.
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Angola 2017
Anti-Corruption and Human Rights
Watchdog Project
Maka Angola
$84,800
To enhance communication, freedom
of expression, access to information and informed discussion in Angola. The
grantee will improve its Internet security, continue reporting on Angolan
governance and human rights, and improve its accessibility to Internet users.
Anti-Corruption and Human Rights
Watchdog Project
Maka Angola
Supplement: $4,000
To enhance communication, freedom
of expression, access to information, and informed discussion in Angola. The
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