A evidente falta de
responsabilização dos grandes corruptos durante os 4 anos de governação de
Filipe Nyusi afundou Moçambique no Índice de Percepção da Corrupção: em 2015 o
país ocupava a posição 111 e em 2018 está no lugar 161. Na Região Austral de
África mais corruptos do que a “Pérola do Índico” somente o Zimbabwe, a
República Democrática do Congo e Angola.
Os discursos do Presidente Nyusi
reafirmando firmeza no combate à corrupção não encontram resposta na Justiça,
quiçá pelos compromissos políticos que impedem uma real separação dos poderes
em Moçambique.
A falta de responsabilização
criminal nos casos Embraer, Odebrecht, dos funcionários fantasmas e das dívidas
ilegais são algumas das evidência que mantiveram o nosso país entre os mais
corruptos do mundo no ranking do ano passado, divulgado na segunda-feira(28)
pela organização Transparência Internacional (TI).
A chamada “Pérola do Índico” que
obteve 23 pontos, menos dois que em 2017, está na posição 161, dentre 183
países avaliados. Entre os 32 países membros da União Africana Moçambique é o
13º a contar do fim superando apenas o Zimbabwe, a República Democrática do
Congo, Angola, Chade, Congo, Burundi, Líbia, Guiné Equatorial, Guiné Bissau,
Sudão, Sudão do Sul e a Somália.
Quando Filipe Nyusi tornou-se
Presidente o nosso país ocupava a posição 119, tinha obtido 31 pontos, durante
o seu primeiro ano de governação até subiu para a posição 111 no entanto em
2016, ano da descoberta das dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM,
Moçambique caiu para lugar 142, com 27 pontos.
Mesmo após as constatações da
Comissão Parlamentar de Inquérito à situação da Dívida Pública e dos detalhes
revelados pela Auditoria da Kroll a Procuradoria-Geral da República tem-se
mostrado incapaz, ou incapacitada, de acusar qualquer um dos cidadãos
identificados quem assinou os documentos e recebeu dinheiro deste que é o
considerado pela TI “um dos maiores escândalos de corrupção de África”.
O Índice de Percepção da
Corrupção, da Transparência Internacional, criado em 1995, é um dos principais
indicadores à escala mundial da corrupção no sector público, continua a ser
liderada pela Dinamarca (88 pontos) e Nova Zelândia (87 pontos).
Adérito
Caldeira | @Verdade
Sem comentários:
Enviar um comentário