domingo, 21 de julho de 2019

Degradação de valores está a aumentar desordem e violência -- PR de São Tomé


Evaristo Carvalho falava no lançamento da campanha ‘Laço Verde’, sob o lema ‘Valoriza-te, defende-te, não te cales’ que vai percorrer São Tomé durantes seis meses.

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, afirmou que nos últimos 20 anos o país tem conhecido “uma degradação acentuada de valores morais”, gerando o “recrudescimento da indisciplina, da desordem e da violência”.

Evaristo Carvalho falava no lançamento da campanha ‘Laço Verde’, sob o lema ‘Valoriza-te, defende-te, não te cales’ que vai percorrer o país durantes seis meses com o objjetivo de diminuir a violência doméstica, o abuso sexual de menores, a gravidez na adolescência e o consumo de drogas.

“Acredito que essa campanha chamará a atenção de todos para a amplitude desses graves problemas sociais e, sobretudo, para a necessidade de os mesmos serem combatidos com firmeza, pelas competentes instituições públicas, organizações da sociedade civil, as famílias, as comunidades e a população em geral”, defendeu o chefe de Estado.


Evaristo Carvalho afirmou que, apesar de ao longo dos anos os sucessivos governos terem adotado medidas legislativas e institucionais para pôr cobro aos fenómenos da violência doméstica, abuso sexual de menores, gravidez precoce e consumo de bebidas alcoólicas e produtos estupefacientes, “as estatísticas demonstram ainda uma realidade pouco animadora”.

“A fragilidade das instituições públicas, a impunidade, o medo de represálias no seio familiar, a vergonha, o absentismo dos pais, sobretudo do lado dos pais na educação dos filhos, as dificuldades financeiras são, entre outros, fatores que estão na base do insucesso”, considerou o Presidente são-tomense.

Por isso, defendeu, “torna-se necessário multiplicarem-se ações que permitam prevenir e combater esses comportamentos sociais perversos, a fim de se proporcionar às populações uma existência mais tranquila, mais livre e mais segura”.

A ministra da Justiça, Ivete Correia, denunciou, por seu lado, que a gravidez precoce tem aumentado, particularmente nas escolas, “apesar dos esforços abnegados” do Ministério da Saúde com vários programas da saúde reprodutiva e as estratégias implementadas nas escolas e nas comunidades.

Apelou às instituições públicas e privadas e à sociedade civil para ajudar a encontrar durante estes seis meses de campanha ‘Laço Verde’ “mecanismos para superar essas tendências, devolvendo o amor e a autoestima”.

África 21 Digital com Lusa

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