Evaristo Carvalho falava no
lançamento da campanha ‘Laço Verde’, sob o lema ‘Valoriza-te, defende-te, não
te cales’ que vai percorrer São Tomé durantes seis meses.
O Presidente de São Tomé e
Príncipe, Evaristo Carvalho, afirmou que nos últimos 20 anos o país tem
conhecido “uma degradação acentuada de valores morais”, gerando o
“recrudescimento da indisciplina, da desordem e da violência”.
Evaristo Carvalho falava no
lançamento da campanha ‘Laço Verde’, sob o lema ‘Valoriza-te, defende-te, não
te cales’ que vai percorrer o país durantes seis meses com o objjetivo de
diminuir a violência doméstica, o abuso sexual de menores, a gravidez na
adolescência e o consumo de drogas.
“Acredito que essa campanha
chamará a atenção de todos para a amplitude desses graves problemas sociais e,
sobretudo, para a necessidade de os mesmos serem combatidos com firmeza, pelas
competentes instituições públicas, organizações da sociedade civil, as
famílias, as comunidades e a população em geral”, defendeu o chefe de Estado.
Evaristo Carvalho afirmou que,
apesar de ao longo dos anos os sucessivos governos terem adotado medidas
legislativas e institucionais para pôr cobro aos fenómenos da violência
doméstica, abuso sexual de menores, gravidez precoce e consumo de bebidas
alcoólicas e produtos estupefacientes, “as estatísticas demonstram ainda uma
realidade pouco animadora”.
“A fragilidade das instituições
públicas, a impunidade, o medo de represálias no seio familiar, a vergonha, o
absentismo dos pais, sobretudo do lado dos pais na educação dos filhos, as
dificuldades financeiras são, entre outros, fatores que estão na base do
insucesso”, considerou o Presidente são-tomense.
Por isso, defendeu, “torna-se
necessário multiplicarem-se ações que permitam prevenir e combater esses
comportamentos sociais perversos, a fim de se proporcionar às populações uma
existência mais tranquila, mais livre e mais segura”.
A ministra da Justiça, Ivete
Correia, denunciou, por seu lado, que a gravidez precoce tem aumentado,
particularmente nas escolas, “apesar dos esforços abnegados” do Ministério da
Saúde com vários programas da saúde reprodutiva e as estratégias implementadas
nas escolas e nas comunidades.
Apelou às instituições públicas e
privadas e à sociedade civil para ajudar a encontrar durante estes seis meses
de campanha ‘Laço Verde’ “mecanismos para superar essas tendências, devolvendo
o amor e a autoestima”.
África 21 Digital com Lusa
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