quinta-feira, 18 de julho de 2019

Pode Concluir-se que o Capitalismo Não Regulamentado está a Destruir o Mundo



Existem hoje relatórios sobre a propagação de algas tóxicas que afectam a Riviera francesa, o Lago Erie e o Golfo do México.

A agricultura empresarial (corporativa) é um grande contribuinte para a propagação das algas tóxicas. Outrora, a agricultura era praticada de forma inteligente. Todos os anos a terra era deixada com plantas que eram aradas e incorporadas nela. Essa prática impedia que o solo se esgotasse. A agricultura de hoje é praticada para extorquir todo o centavo de lucro da terra. A utilização excessiva esgota o solo. Os produtos químicos ocupam o lugar da rotação de culturas. A agricultura corporativa exige a aplicação intensa de fertilizantes químicos. As chuvas fazem com que o fósforo seja arrastado para os riachos, que transportam o poluente para rios, lagos e mares. O Golfo do México possui grandes áreas de “zonas mortas” onde não existe vida. O fósforo entra nos aquíferos e polui o suprimento de água. Essas circunstâncias altamente dispendiosas ocorrem, porque se permite às empresas agrícolas impor a sua exploração e prejudicar o meio ambiente e terceiros que dependem dos recursos ambientais, que são degradados e destruídos pelo capitalismo não regulamentado.

Actualmente, o capitalismo está a derrubar as florestas que restam para obter lucros a curto prazo, cujo valor será ensombrado pelos custos das consequências ambientais. Na verdade, um capitalismo não regulamentado é um empreendimento criminoso que está a destruir o ambiente que sustenta a vida. Outra maneira de dizê-lo é que o capitalismo não regulamentado é um assassino em massa (ou agente de genocídio).

No entanto, o assassino em massa tem muitos defensores e apologistas. De facto, muito mais defensores do que tem um adversário corajoso do estado policial, como Julian Assange.

Para os americanos, fazer dinheiro rapidamente e sem esforço, através de meios desonestos, sem escrúpulos ou eticamente duvidosos é o valor mais alto da sociedade. As pessoas que fazem dinheiro dessa maneira não se importam se estão a tornar o mundo inabitável. Terão os seus barcos de recreio, os seus aviões particulares, as suas mansões e as suas mulheres deslumbrantes. No entanto, a sua descendência, se ela existir, terá um futuro diminuído.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos

Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

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