Novo aeroporto no Montijo sem divulgação transparente, sobre o impacto ambiental, avança. Ontem, naquela banda, além
rio Tejo, a sul, foi dia de júbilo por, talvez, mais um crime ambiental da
responsabilidade do atual governo PS, do Estado – de que somos todos nós
pagantes. Montijo ou sorrisos de felicidade (existem os de ironia) casa com o
mesmo nome. Bastava ouvir os autarcas a defenderem o “seu” aeroporto e a
atropelarem essa coisa de impacto ambiental. Daqui por uns tempos vamos ouvir
populações e até outros autarcas a reclamarem pelo “barulho” dos aviões e por
muitos dos outros inconvenientes quando as decisões são tomadas sobre os
joelhos e de cariz economicista em desrespeito pela natureza, pelo ambiente e
pelas pessoas. De nada adiantará dizer-se agora “depois não se venham queixar”
porque as cabeças dos locais de além Tejo estão feitas, neste aspeto do novo
aeroporto como em muitas outras decisões governamentais mal amanhadas porque se
borrifam para as pessoas e o que as sustenta com mais ou menos qualidade de
vida. É o preço do progresso, dirão uns. É, mas é, mais uma oportunidade para
uns quantos 'galifões' do capital (nacionais e estrangeiros) sacarem milhões que
hão-de ir morar para offshores e outras vertentes de dinheiros mais ou menos
sujos. Adiante.
É no Curto de hoje, lavra do
cristão novo Martim Silva, do império Balsemão, o tema de primeira consideração daquela sessão publicitária acerca do Aeroporto do Montijo. Coisa oficial e… inamovível.
Até porque já haverá os que têm planos elaborados de como melhor sacar os milhões
pela surra, às escâncaras e nas fugas, trocas, baldrocas e vigarices que nestas
coisas são habituais. Daí se dizer: “É fartar vilanagem”. Pois.
Trump e o muro a sul dos EUA é a
segunda abordagem do autor do Curto de hoje. Ok. Agora ainda não há muro mas o
anormaloide que mora na tal Casa Branca, em Washington, não deitou aquele seu
querer de humanóide rasca para o lixo e se continuar a morar por lá, na oval
sala, tudo fará para explorar muitos milhares de trabalhadores para construir
aquele tal muro símbolo de excelência da desumanização, do racismo, da
xenofobia, da ampla 'filha de putice' que caracterizam os avanços dos EUA nessa
disciplina de desprezar e maltratar todos os outros povos do planeta e até
mesmos os seus legais cidadãos, que não os naturais – os índios. Desses, com penas pesadas, há ainda os que por lá dizem que índio bom é índio morto.
Avançando nesta manhã gélida com
este Curto acresce informar que vai deparar a seguir com coisas boas e outras
que nem por isso. Pois. Mas isso faz parte desta vivência global que
partilhamos… ou talvez não. A não ser que nada seja alguma coisa e dê para
partilhar. “Olhe que não, olhe que não”, diria aquele que bem sabemos e se não
sabe é porque é imberbe ou anda noutras “ondas”.
“Estão todos feitos”, é que se
diz por aí acerca dos da EDP Mexia e Pinho. Pode ainda ler no Curto – mais adiante:
“Advogados de Mexia e Pinho combinaram estratégia perante o Ministério
Público. Em julho os advogados João Medeiros e Ricardo Sá Fernandes concertaram
uma posição comum para evitar incongruências entre a argumentação da EDP e a de
Manuel Pinho junto dos procuradores do DCIAP.” Isto e mais uns quantos avanços
laudatórios que se seguem.
Para qualquer um é claro como água
da boa, limpinho-limpinho, que os malfeitores se safam melhor quando “acertam”
estratégias – o que pode ser sintomático de que são mesmo malfeitores,
bandidos, sacadores, “personas non gratas” aos interesses da sociedade pagante constituída
por milhões e a que se chama normalmente país. Ora, ora. O tal avantesma que
exibiu os cornos no Parlamento, Pinho, até a sabe toda, assim como esse outro convencido
e perpétuo da EDP, o Mexia. Pois. E agora? Agora “tudo está bem quando acaba em
bem”, o que é costume acontecer com os poderosos e a tal justiça de pechisbeque
que existe em Portugal, que é forte com os fracos e fraca com os fortes. O
costume. Além disso há hoje mais Salgado de Molho Espírito Santo no Expresso. Ele anda à solta, em liberdade plena. Também é dono dessa tal coisa chamada "justiça"? Ooooh, tadinhos! Pode ler no Expresso:
Processo
Manuel Pinho. Ricardo Salgado foi ao DCIAP dizer que “o BES foi considerado o
melhor banco em Portugal”
Para Salgado não é preciso mais "lata" porque ele a tem toda e mais alguma: BES, o melhor banco... Pois. Há algum banco bom? E bons banqueiros, haverá? Quando souberem da existência dessas "belezas" avisem, sff. Os portugueses e outros cidadãos do planeta agradecem imenso.
O Curto de hoje (como tantos) tem
pano para mangas. Não podemos prolongar por muito mais esta “converseta”. Por
tal vamos sair de cena – até porque nem somos de cena, visto que dá para
perceber e palpar que a populaça não conta para nada, a não ser para votar nas
eleições ditas democráticas… Ora, ora!
Bom dia. Oxalá almocem como
merecem e deve ser. E que jantem. Ao menos isso. Pois. Inté. (MM | PG)
Bom dia este é o seu Expresso
Curto
Trump insiste no discurso
anti-imigração... e quer muito o Muro
Martim Silva | Expresso
Bom dia,
este é o nono dia deste ano de 2019 e este é o seu Expresso Curto.
Destaco dois temas: a assinatura
do contrato para o novo aeroporto no Montijo, e as obras no Humberto
Delgado, com todas as implicações que tem e polémicas que trás associadas.
E o discurso de Donald Trump aos norte-americanos, e ao mundo, na
tentativa de pressionar o congresso para obter o dinheiro necessário par aa
construção do muro na fronteira com o México.
E começo exatamente por este
último.
Em pleno primetime televisivo, e falando ao país pela primeira vez de forma
solene a partir da Sala Oval da Casa Branca, Donald Trump insistiu na
necessidade de conseguir do parlamento as verbas necessárias para a construção
do seu prometido muro (o assunto, recorde-se, está na origem do shutdown -
encerramento - dos serviços do governo federal, que já vai no 18º dia).
Trump chegou mesmo a argumentar com a existência de uma "crise
humanitária", para defender a construção do muro de dois mil quilómetros
que prometeu na campanha. De qualquer forma, e ao contrário do que chegou a ser
anunciado, não avançou para uma espécie de estado de emergência, que lhe
permitiria contornar o bloqueio para a obtenção das verbas para a construção do
muro.
O discurso de Trump, em que este procurou responsabilizar a oposição pelo que
está a acontecer, foi imediatamente rebatido pelos líderes
Democratas do Senado e Câmara dos Representantes. Chuck Shumer veio de
imediato dizer que não se pode governar por "birras"
O
New
York Times apresenta um excelente trabalho em que é analisado à lupa o
que o presidente norte-americano disse e a sua adesão à realidade. O que é
verdadeiro, o que é falso, o que é enganador, o que necessita de contexto...
Por exemplo: é verdade, tal como acusa Trump, que os Democratas se recusam a
dar mais verbas para o controlo de fronteiras?
Deste lado do Atlântico, o Le Monde
destaca o
tom mais solene do que o habitual do presidente Trump, na análise à sua
intervenção.
O Guardian realça que o discurso do presidente dos EUA
vem
inflamar o discurso anti-imigração.
Finalmente, e para os que tenham interesse em aprofundar o tema
"shutdown" de um quarto do efetivo do governo federal, e que se
chegar ao final da semana será o mais longo da história, pode ler este trabalho
aqui.
AEROPORTO
A discussão sobre o novo aeroporto de Lisboa tem anos. Muitos anos.
Décadas mesmo. Ontem, teve um momento decisivo, com a assinatura do acordo para
ampliação do Humberto Delgado e construção de um novo aeroporto na base militar
do Montijo.
O tema, claro está, é polémico.
Aqui pode
começar, caso não o tenha feito, por ver o vídeo de apresentação da nova
estrutura. Aqui explica-se l
qual
é "A história de um aeroporto que esteve para ficar em 17 sítios
diferentes". Novo aeroporto pode criar 5000 empregos na fase de construção
e alavancar dez a 20 mil empregos diretos e indiretos na fase de exploração,
tendo um impacto igual ao superior ao da Autoeuropa na península de Setúbal.
No total, o novo aeroporto no Montijo
prevê um
investimento global de 1747 milhões de euros.
Já as obras no lotado
Humberto Delgado só
devem
começarno final deste ano, anunciou o presidente da Vinci, a dona da ANA.
Neste trabalho do Observador,
feito em perguntas e respostas, procura-se perceber por exemplo se o
contrato que foi ontem assinado, e a decisão anunciada,
são
ou não irreversíveis.
Aqui, Santana
Lopes questiona o momento escolhido pelo Governo para avançar com esta
obra.
OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro,
Rio e Cristas pressionam Costa com alternativas à Lei de Bases da Saúde.
PSD e CDS
apresentaram
as suas propostas de revisão da Lei de Bases da Saúde e há pontos de
contacto com o projeto apresentado pelo Governo, apesar de darem mais realce ao
papelo dos privados. Socialistas terão de decidir se salvam o diploma à
esquerda ou à direita.
Professores, direita e Marcelo, eis os três temas deste episódio da
Comissão Política, o podcast de política do Expresso, para ouvir
AQUI.
Manuela Ferreira Leite mostra-se
muito
crítica do encontro das 'direitas' que vai realizar-se amanhã e
sexta-feira.
Portugal não assistirá à tomada de posse do Presidente da Venezuela. O
ministro dos Negócios Estrangeiros tornou públicoque Portugal não se fará
representar na cerimónia oficial, que decorre esta quinta-feira. Há amizades
que não duram para sempre.
MNE aconselha “prudência”
a portugueses que viajem para a região brasileira do Ceará. Estado do
Ceará tem sido palco de vários ataques que já levaram ao envio de vários
reforços policiais para a região
Advogados de Mexia e Pinho combinaram estratégia perante o Ministério
Público. Em julho os advogados João Medeiros e Ricardo Sá Fernandes concertaram
uma posição comum para evitar incongruências entre a argumentação da EDP e a de
Manuel Pinho junto dos procuradores do DCIAP.
É
o que consta de um e-mail que Medeiros enviou nessa data, 3 de julho,
a Sá Fernandes, e que faz parte de um lote de documentos da sociedade de advogados
PLMJ recentemente descarregados no blogue “Mercado de Benfica”, a mesma
plataforma que tem divulgado documentação e correspondência de responsáveis da
sociedade anónima desportiva (SAD) do Benfica.
A equipa de direcção da Polícia Judiciária já está
completa,
com o recrutamento de um elemento do DCIAP.
Tribunal de Contas põe o
dedo na ferida: Saúde e Proteção Social
vão
precisar de mais dinheiro
O tema fez manchete da edição do Expresso no último sábado e continua a
ter desenvolvimentos. Transparência Internacional escreve ao Governo pedindo
que não pressione OCDE sobre corrupção. João Paulo Batalha, presidente da
associação Transparência e Integridade, diz ao Expresso que o “arrufo do
Governo com a OCDE é mais próprio de regimes autoritários do que de democracia
aberta” e pede um debate alargado sobre o tema.
O Governo
voltou
a adiar as novas regras para as empresas enviarem ao Fisco a
sua informação contabilística.
Este ano, uma em cada cinco câmaras municipais vai alterar o valor do IMI cobrado
e neste trabalho do
Negócios é
explicado o que vai acontecer em cada autarquia.
André Silva, do PAN,
quer
que a venda de canábis para fins recreativos possa ser feita
em farmácias.
Está frio, está mesmo muito frio
por estes dias. Ainda assim, a gripe está mais moderada do
que na época passada. Atividade gripal na época 2018/2019 está muito abaixo da
registada no período anterior, quando o pico de infeções se registou durante o
mês de dezembro de 2017. Na época a decorrer, foi no passado fim de semana que,
até agora, os portugueses mais telefonaram para a Saúde 24
No Desporto, Pepe voltou ao FC Porto depois de 11 anos. Rui Vitória ruma à
Arábia Saudita (o seu destino continua a cruzar-se com o de Jorge Jesus). E a
melhor atleta europeia de dezembro é
portuguesa.
Lá fora,
Banco Mundial revê em baixa crescimento da zona euro para 2019.
Estimativas apresentadas esta terça-feira apontam para que a economia da zona
euro tenha crescido 1,9% em 2018 e que progrida 1,6% este ano.
Brexit. Lei do orçamento alterada por deputados contra saída sem acordo.
Emenda à
legislação foi promovida pela deputada trabalhista Yvette Cooper e pela
conservadora Nicky Morgan, e contou com o apoio de parlamentares de vários
partidos.
O produtor cinematográfico Harvey Weinstein vai começar a ser
julgado pelos
cinco crimes sexuais de que é acusado no próximo dia 6 de maio,
em Nova Iorque.
Itália. Salvini insiste na recusa em acolher
imigrantes bloqueados no Mediterrâneo.
Iémen. Quatro anos de guerra, um
acordo de cessar-fogo, mas Hodeida ainda não é livre. O prazo para a retirada
dos combatentes houthis da cidade e do porto de Hodeida, no Iémen, por onde
passa grande parte das importações e da assistência ao Iémen, terminava esta
terça-feira mas eles continuam lá
Julian Assange não colaborou com a Rússia, não cheira mal, não dorme num
armário... De que se trata? A organização fundada pelo australiano que se
encontra refugiado numa embaixada enviou aos media uma lista de
"falsidades" que eles não devem repetir.
Governo de Bolsonaro
confirma saída do Brasil do pacto de migração da ONU. O documento, que a
BBC News Brasil teve acesso, refere que o Brasil não deverá "participar em
qualquer atividade relacionada com o pacto ou a sua implementação".
Resgatados no México dois irmãos raptados por uma seita
judaica ultraortodoxa.
A missão da NASA que anda em busca de novos planetas fora do sistema
solar já
descobriu três
planetas e seis supernovas.
FRASES
"Duvido que Miguel Macedo se queira meter outra vez na política. É pena,
porque era (é) um ótimo quadro. E vai ter trabalho em meter-se na advocacia a
sério e com o retorno a que já esteve habituado", Ricardo Costa, no
Expresso Diário, sobre o desfecho do caso dos Vistos Gold
"A guerra de audiências é uma guerra de audiências. Assim, o crime maior
de Goucha foi ter feito uma escolha patética, tendo evidenciado que, nesta
guerra, não há limites. Banalizar um criminoso em nome de uma estratégia
publicitária é vergonhoso", Francisco Louçã, no Expresso Diário
"Sérgio Figueiredo está-se
nas tintas para a censura política do Presidente. Já um telefonema que põe a
concorrência no meio desta polémica incomoda-o bastante", Daniel
Oliveira, Expresso Diário
O QUE ANDO A LER
Neste início de ano, regresso a um dos nomes grandes da literatura inglesa, com
"Autor, Autor", de David Lodge, a biografia romanceada de Henry James.
No Expresso, e mesmo estando já a meio da semana, regresso a alguns dos temas
principais da Revista do último sábado. Como a
entrevista a
Jonathan Littell, o autor das "Benevolentes" que agora regressou com
um novo romance. Ou a
reportagem com
a equipa que no Hospital Amadora Sintra cuida dos bebés que nascem prematuros.
Tenha boas leituras. E um excelente dia. Agasalhado.