segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Portugal | Música, cinema e teatro no Avante! sem plástico descartável às refeições


Música em 10 palcos, cinema, teatro, programação infantil e meia centena de debates compõem a 43.ª edição da Festa do Avante!, a rentrée comunista, na qual são abolidos talheres e pratos de plástico descartáveis.

O programa completo da festa do Avante!, foi hoje apresentado em conferência de imprensa na Quinta da Atalaia, no Seixal, onde os trabalhos de construção e montagem do espaço já decorrem, uma festa que acontece entre 6 e 8 de setembro, a um mês das eleições legislativas de 06 de outubro.

Alexandre Araújo, membro do Comité Central do PCP, lembrou que a Festa do Avante!, com um programa "amplo e diversificado, começa daqui a 18 dias e a proximidade às eleições legislativas vai estar presente naquela que é a rentrée política dos comunistas no plano da afirmação da CDU e das suas propostas, bem como da "necessidade do país avançar".

"Procuramos de ano para ano criar as melhores condições para receber todos os que ajudam na festa e aqueles que visitam e usufruem dos três dias. Este ano um cuidado particular às questões do acesso às pessoas com mobilidade reduzida, com medidas que fomos tomando", destacou.

Pablista Gilbert Achcar dá conselhos de contrainsurgência ao exército britânico


Thomas Scripps | WSWS* 

O Ministério da Defesa (MoD, na sigla em inglês) pagou pelo menos 400 mil libras à Escola de Estudos Orientais e Africanos (SOAS, na sigla em inglês) da Universidade de Londres desde 2016 com o objetivo de oferecer “consultoria cultural” para as suas operações estrangeiras. Palestras foram dadas por onze membros do quadro de pesquisadores da SOAS, incluindo Gilbert Achcar, um importante representante do Secretariado Unificado pablista.

De acordo com informações obtidas por estudantes da SOAS através da Lei de Liberdade de Informação, a universidade organizou “Semanas de Estudos Regionais” sobre a Europa do Leste e a Ásia Central, o Oriente Médio e a África do Norte, e a África Subsaariana. Membros da Unidade Cultural Especializada de Defesa (DCSU, na sigla em inglês) das forças armadas participaram das palestras organizadas pela SOAS.

A DCSU é uma organização secreta criada em 2010 “no espírito das operações de contrainsurgência” para oferecer apoio às tropas britânicas ao redor do mundo. Uma Carta de Doutrina de 2013 publicada pelo MoD explicou a “necessidade de desenvolver e explorar especialistas ... que tenham um profundo entendimento da linguagem, dos costumes, valores e narrativas daquela cultura” para “planejar e executar operações militares” e “identificar ameaças e oportunidades”.

Até 2016, a DCSU havia enviado 90 “Consultores Culturais” da ativa e da reserva para pelo menos 22 países, incluindo Chade, Nigéria, Somália, Uganda, Quênia, Mali, República Democrática do Congo, Afeganistão, Iraque, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita, Tunísia, Líbia, Argélia, Letônia, Estônia, Lituânia, Ucrânia, Chipre, Bósnia-Herzegovina e Chile. Os consultores treinados da unidade são descritos como tendo uma “posição única” com uma “contribuição central” para a influência militar britânica.

O tema de uma das palestras da SOAS em fevereiro foi “a guerra no Sahel”, a região da África ao sul do deserto do Saara. Em 2018, Sir Richard Ottaway, ex-presidente do Comitê para Assuntos Estrangeiros do Parlamento, escreveu que havia alertado em 2014 sobre “um ‘padrão preocupante de distração’ por parte do Reino Unido em relação aos acontecimentos na região do Sahel, e defendeu a expansão urgente de nossa presença e conhecimento sobre toda a região”. Ainda segundo ele, “Mais urgentemente na África, o Reino Unido precisa aumentar sua influência diplomática e de segurança na região”.

UE | Brexit sem acordo: tempos duros para britânicos, confirma relatório


Segundo documento do governo vazado para imprensa, Reino Unido estará sujeito a meses de caos de transportes e carência de artigos básicos, caso se separe da UE sem um acordo de transição, como propõe o primeiro-ministro Johnson.

Um no-deal Brexit (sem acordo de transição com a União Europeia) causará congestionamento dos portos britânicos, acarretando carestia de géneros alimentícios, medicamentos e combustíveis no Reino Unido, sugere um relatório governamental vazado para a imprensa.

Divulgado neste domingo (18/08) pelo jornal Sunday Times, o documento, de codinome "Yellowhammer", conjetura que 85% dos camiões usando os portais de ingresso entre a Inglaterra e a França "podem não estar prontos" para a aduana francesa.

O colapso dos portos poderá durar três meses, resultando numa redução dos suprimentos de alimentos frescos e eventualmente redundando em compras antecipadas pelo pânico.

Teerão adverte Washington que detenção de seu petroleiro terá graves consequências


O Ministério do Exterior do Irão advertiu que qualquer tentativa de deter o petroleiro Adrian Darya (que antes se chamava Grace 1) nas águas internacionais terá graves consequências.

O porta-voz da chancelaria iraniana, Abas Musavi, disse que tal tentativa poderia comprometer a segurança de navegação.

"Através dos canais oficiais, particularmente por via da Embaixada da Suíça em Teerão, o Irão avisou o governo dos EUA de que haveria consequências graves", destacou o porta-voz.

A Suíça representa os interesses diplomáticos dos EUA no Irão.

O petroleiro Grace 1 segue a sua viagem após mudar de nome para Adrian Darya e trocar de bandeira (para iraniana).

EUA perdem primazia militar no Indo-Pacífico


Washington perdeu a primazia militar no Indo-Pacífico, dizem os autores de um relatório publicado pelo Centro de Estudos sobre os Estados Unidos (USSC) da Universidade de Sydney, na Austrália.

As guerras em curso no Médio Oriente,  a austeridade orçamental, o subinvestimento em capacidades militares avançadas e outros fatores, na opinião dos autores do estudo, deixam as forças armadas dos EUA pouco preparadas para a competição das grandes potências no Indo-Pacífico.

"Os Estados Unidos possuem uma força em processo de atrofia que não está suficientemente preparada, equipada ou posicionada para uma grande competição por poder no Indo-Pacífico", escreveu o USSC.

Portugal | Só nos apetece é beber gasolina!


A greve que afetou o fornecimento de combustíveis terminou mas… pode seguir dentro de momentos se os patrões não largarem mais alguns euros para os trabalhadores/motoristas/escravos e por uma semana grevistas. O Curto de Expresso refere tudo isso e mais laudas sobre o mundo, sobre cultura e aquela coisa a que chamam futebol, entre outros rodriguinhos.

Rui Gustavo é quem pinta o Curto de hoje. Ele lembra que hoje é o Dia da Fotografia, não acrescenta se é coisa nacional ou mundial. Porque é o dia que é na efeméride está-se mesmo a ver o que o PR Marcelo vai fazer hoje durante umas quantas boas horas: fotografar-se, selfies em 'barda'. Topam? 

E lamenta-se o Cabé da Penha de França: “Andam uns pasmados a pagar para ele se fotografar ou fotografarem-se ao lado dele e a fazerem aquelas carantonhas e sorrisos ‘esgarosos’, somos mesmo parvos.” Coitado, o Cabé não percebe mesmo nada de política.

Quanto à greve terminada mas… Pois, é que os MMP (motoristas de matérias perigosas) podem surgir a pedir desculpa pela interrupção mas a greve segue dentro de momentos, se acaso não chegarem a acordo com os patrões ANTRAM.

Caso para o país exclamar: “Só nos apetece é beber gasolina!”

Redação PG

Robôs ameaçam um milhão de empregos em Portugal


As máquinas vão poder assegurar metade do atual tempo de trabalho. Uma fatia de 14% dos empregos poderá estar em causa, já alertou a OCDE. Os trabalhadores vão ser mais precários, mas também mais felizes.

A automatização do trabalho poderá levar Portugal a perder mais de um milhão de postos de trabalho até 2030, principalmente na indústria transformadora e no comércio. "Metade do tempo hoje dedicado ao trabalho pode ser automatizado", alerta Eduardo Castro Marques, membro da Law Academy, que vai organizar, de 19 a 20 de setembro, no Porto, a conferência Labour 2030, que juntará 150 oradores de 30 países para debater matérias como a robotização, a inteligência artificial e as aspirações dos trabalhadores neste novo mundo laboral.

A robotização da indústria e a digitalização da economia vão provocar a curto e médio prazo profundas alterações no mercado de trabalho. A própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) já previu uma redução na casa dos 14% no mercado do trabalho. E o país tem de estar preparado. Uma das preocupações é que "ninguém pode ser deixado para trás", mas a verdade é que "a maioria da população portuguesa (52,7%) tem apenas o ensino básico, contra 18,7% que concluíram o ensino superior", lembra Eduardo Castro Marques. Outra realidade incontornável é que a era da robotização e da inteligência artificial terá um impacto significativo em funções associadas a tarefas repetitivas, sem um elevado grau de complexidade intelectual e criativa.

Portugal | Gente ridícula


Rui Sá | Jornal de Notícias | opinião

Tratava Lino Lima, grande antifascista, advogado e deputado do PCP por "tio", apesar de, de facto, não o ser. Mas foi assim que nos habituámos a tratar os amigos dos meus pais com quem tínhamos mais familiaridade. Foi, para mim, na altura um adolescente, uma fonte de aprendizagem e um exemplo de coerência, guardando com respeito e alegria as memórias de conversas que tivemos e onde as gargalhadas (porque o seu sentido de humor era ímpar!) assentavam, sempre, arraial - leia-se o seu livro de memórias, "Romanceiro do Povo Miúdo", escrito sob o pseudónimo de José Ricardo, para apreender o quanto lutou contra a ditadura e o quanto sofreu na pele a coragem dessa luta. Mas há uma frase dele, já do final da sua vida, que recordo com particular emoção. Dizia ele (talvez não por estas exatas palavras): se por qualquer acaso, começar a dizer asneiras e a fazer coisas que ponham em causa o percurso da minha vida, metam-me vidro moído na sopa para não passar por essa vergonha!

É sempre esta frase de Lino Lima que me vem à cabeça quando assisto, até com alguma compaixão, ao percurso de algumas pessoas. Que terão, como todas as pessoas, os seus méritos e virtudes. Mas que não têm a mínima vergonha por tanta incoerência, por defenderem hoje com a mesma certeza absoluta que é amarelo aquilo que antes diziam que era azul.

Portugal | Greve dos motoristas MP foi desconvocada

Há 50 euros a separar patrões e motoristas 

Os motoristas de matérias perigosas ameaçaram secar as bombas de gasolina e parar o país com uma greve por tempo indeterminado para exigir aos patrões o cumprimento de um acordo de aumentos salariais para 2021 e 2022 e um novo contrato coletivo que assegurasse o cumprimento dos tempos de trabalho.

Sete dias depois do início da paralisação, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) aceitou abrir mão de quase todas as suas exigências para tentar chegar a um acordo. Desconvocada a greve, falta esperar pela reunião que na terça-feirairá sentar à mesa das negociações patrões e sindicatos.

O que exigiam

Depois de quase "duas décadas de não valorização salarial", os motoristas exigiam um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: dos atuais 630 euros para 700 euros em janeiro de 2020; 800 euros em janeiro de 2021 e para 900 euros em janeiro de 2022. Uma subida que, acrescida aos prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1400 euros em janeiro de 2020, 1550 euros em janeiro de 2021 e 1715 euros em janeiro de 2022. O aumento do próximo ano seria, assim, de 70 euros no salário-base, mais 55 euros nos prémios. A que somaria um novo subsídio de operações para os motoristas de matérias perigosas. O SNMMP reivindicava um novo contrato coletivo de trabalho com um prazo mais estendido. A proposta, adiantou Pardal Henriques, visa aumentar o salário-base para mil euros até 2025, com indexação ao crescimento do salário mínimo. Na lista de reivindicações estava ainda o cumprimento da legislação europeia em matéria de tempos de trabalho e descanso semanal, com uma limitação de horas e o seu pagamento integral. O aumento do valor dos seguros, exames médicos suportados pelo patronato e a atualização do valor das ajudas de custo eram outras das exigências.

Muralha sino-russa contra a intromissão dos EUA


M.K. Bhadrakumar [*]

A China acusou explicitamente os Estados Unidos e a Grã-Bretanha de fomentarem os protestos "pró-democracia" em Hong Kong. Pequim assumiu o assunto por meio do canal diplomático exigindo que a inteligência dos EUA pare de incitar e encorajar os manifestantes de Hong Kong. Na semana passada, evidências fotográficas apareceram nos media mostrando a conselheira política do consulado dos EUA em Hong Kong, Julie Eadeh, a confabular no átrio de um hotel de luxo local com os líderes estudantis envolvidos neste movimento "pró-democracia" de Hong Kong.

Washington ficou ressentida pelo facto de a cobertura de Julie ter sido explodida. Ela é aparentemente uma especialista que organizou "revoluções coloridas" em outros países e foi revelado que estava envolvida na trama de "atos subversivos" na região do Médio Oriente. O Global Times escreveu um editorial furioso . Dizia:

"O governo dos EUA desempenhou um papel vergonhoso nos distúrbios de Hong Kong. Washington apoia publicamente os protestos e nunca condena a violência que atinge a polícia. O consulado geral dos EUA em Hong Kong está a aumentar a sua interferência directa na situação de Hong Kong. A administração dos EUA está a instigar tumultos em Hong Kong, da mesma forma que alimentou "revoluções coloridas" em outros lugares do mundo.

A alegação chinesa será plausível? Escrevendo no Asia Times , o renomado académico, economista e autor canadiano Ken Moak comentou recentemente que os protestos são generosamente financiados e que a sua logística e organização são de uma escala de recursos financeiros a que "só governos estrangeiros ou indivíduos ricos que poderiam lucrar com eles se comprometeriam". Ele pormenorizou exemplos passados de tentativas anglo-americanas para desestabilizar a China.

Moak prevê futuras operações subversivas "mais intensas e violentas" contra a China por parte EUA. 

Enfraquecer países manipulando a democracia


Agora tornou-se sistemático: quando as pessoas, sejam quais forem, expressam oposição ao Poder no seu país (salvo nos dos «Cinco Olhos» [1]), seja ele qual for, grupos afiliados à NED tomam o controle dos manifestantes, sem o seu conhecimento.

Esta estratégia não tem nenhuma relação com as situações particulares dos países atingidos, nem com a legitimidade ou ilegitimidade das reivindicações.

-- Em Hong Kong, o Movimento pela Independência escolheu a bandeira da antiga potência colonial, o Império Britânico.

-- Na Rússia, Moscovo, as pessoas que usam o Google nos seus telefones portáteis (celulares-br) receberam mensagens não solicitadas convidando-os a participar em manifestações proibidas, detalhando-lhes os locais de encontro.

-- Em França, o Movimento dos Coletes Amarelos está infiltrado por um grupo afiliado à nebulosa de George Soros e a retomar a linha do chamado «Nuit debout !» («Noite em pé») ?: grupo dito «Cérebros não disponíveis».

Nem todos estes apoios devem ser aceites. Estes grupos não visam fazer triunfar as reivindicações desses manifestantes mas unicamente enfraquecer esses países.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

[1] Os "Cinco Olhos" são uma aliança militar, fundada em 1942 à volta da Carta do Atlântico. Compreendem a Austrália, o Canadá, os Estados Unidos, a Nova Zelândia e o Reino Unido. Esta aliança é sobretudo conhecida por gerir o sistema Echelon, dedicado à intercepção de satélites de comunicações telefónicas mundiais. A National Endowment for Democracy (NED), criada por Ronald Reagan em 1983, é uma agência cuja dotação é votada pelo Congresso na orçamentação do Departamento de Estado e que está organicamente ligada a agências similares em cada um dos países membros dos Cinco Olhos.

A Austrália poderá aderir à OTAN


A Aliança Atlântica vai instalar mísseis nucleares de médio alcance em redor da China. Foi este o sentido profundo da saída dos Estados Unidos do Tratado INF, o qual só fora assinado pela Rússia e não pela China.

O Secretário da Defesa dos EUA, Mark T. Esper, e o seu colega Secretário de Estado, Mike Pompeo, dirigiram-se, de 3 a 6 de Agosto, em visita à Austrália. Aí, juntou-se a eles o Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que lá permaneceu de 6 a 8 de Agosto.

Todos debateram em Camberra uma eventual adesão da Austrália à OTAN [1].

Desde os atentados de 11 de Setembro de 2001, a Aliança Atlântica não se limita mais apenas à segurança do espaço transatlântico face à Rússia, mas pretende impor a Pax Americana no mundo inteiro.

Protesto juntou mais de 1,7 milhões de manifestantes em Hong Kong, diz organização


Mais de 1,7 milhões de pessoas manifestaram-se hoje, em Hong Kong, informou o movimento pró-democracia que tem liderado os grandes protestos contra a lei da extradição.

Em conferência de imprensa, a Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH) sublinhou, contudo, que devido às restrições impostas da polícia, muitos acabaram por não conseguir chegar ao local da manifestação, que foi autorizada, apesar da marcha agendada ter sido proibida.

Este é o segundo maior protesto desde que as manifestações começaram em junho.

Em 09 de junho, a organização contabilizou um milhão de pessoas, em 12 de junho meio milhão e em 16 de junho dois milhões, praticamente um terço da população de Hong Kong.

A grande adesão lançou o caos no centro de Hong Kong, com estradas cortadas e os transportes na cidade seriamente afetados, em especial o metro e os autocarros.

Com o cair da noite alguns milhares de manifestantes ‘acamparam’ à porta do parlamento, muito perto do quartel general da polícia que tinha autorizado a manifestação, mas não a marcha.

Derradeiro objetivo dos protestos é sufrágio universal em Hong Kong -- porta-voz


Hong Kong, China, 18 ago 2019 (Lusa) -- A porta-voz do movimento que lidera os protestos pró-democracia em Hong Kong disse hoje à Lusa que o derradeiro objetivo dos manifestantes é garantir o sufrágio universal na Região Administrativa Especial chinesa.

Bonnie Leung, também vice-coordenadora da Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), explicou que os protestos que duram há nove semanas focaram-se inicialmente na rejeição das emendas propostas pelo governo local à lei da extradição, mas que as reivindicações dos manifestantes contemplam hoje a exigência do sufrágio universal, tanto para a eleição do chefe do Governo, como para o Conselho Legislativo.

Com o som de fundo de palavras de ordem como "Hong Kong livre" e "democracia agora" entoadas por manifestantes concentrados no parque Vitória, a ativista sublinhou que os problemas em Hong Kong não se resolverão enquanto não existir sufrágio universal na antiga colónia britânica que regressou à soberania chinesa em 1997 com o estatuto de Região Administrativa Especial, que formalmente garante um elevado grau de autonomia.

Desde 09 de junho que a lista de reivindicações tem sido alvo de ajustes. Primeiro somaram-se exigências, mas o habitual pedido de demissão da chefe do Governo, Carrie Lam, foi agora aparentemente substituído pela reivindicação do sufrágio universal.

Macau vai continuar relacionamento estreito com Portugal - candidato a chefe do Executivo


Macau, China, 17 ago 2019 (Lusa) - O único candidato a chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, garantiu hoje que vai continuar a manter relações "muito estreitas" com Portugal, mantendo as políticas definidas pela China.

"A China tem mantido as relações bastante estreitas com Portugal e, portanto, nós também", afirmou o antigo presidente da Assembleia Legislativa (AL), num encontro com jornalistas.

"Macau vai seguir esta tendência e estas políticas para manter as relações muito estreitas com Portugal", sublinhou o candidato, lembrando a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal e a deslocação do chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a Pequim.

Para Ho Iat Seng, Macau desenvolve "vários trabalhos no ensino da língua portuguesa", e também pode "fazer mais", no âmbito da iniciativa chinesa de construção de infraestruturas 'Uma Faixa, Uma Rota', na qual "Portugal já participa".

"Macau tem falta de terrenos, mas o Governo atribuiu um grande lote para a construção de um complexo exclusivamente destinado ao desenvolvimento de atividades para promover as relações entre Macau e os países de língua portuguesa", disse o candidato, que em 25 de agosto vai ser eleito por um colégio eleitoral de 400 membros representativos da sociedade local.

Este edifício é bastante importante para servir o relacionamento entre as duas partes, acrescentou.

"O novo Governo vai continuar a dar importância ao relacionamento com Portugal", garantiu.

Timor-Leste | Avaria deixou quase todo o país sem luz durante cerca de três horas


Díli, 18 ago 2019 (Lusa) -- Grande parte do território de Timor-Leste, com exceção do enclave de Oecusse, esteve hoje sem luz durante cerca de três horas devido a uma avaria na principal central elétrica do país, em Hera, a leste da capital.

O Ministério das Obras Públicas informou numa mensagem divulgada através do Facebook que o serviço elétrico foi suspenso entre as 19:50 e as 23:20 locais (menos oito horas em Lisboa), devido a um problema num "disjuntor de proteção do transformador" da central.

Técnicos da Eletricidade de Timor-Leste (EDTL) e da empresa Wartsila trabalharam para reparar o problema, tendo o ministro das Obras Públicas, Salvador Pires -- que visitou a central --, agradecido a "paciência de toda a comunidade".

Os técnicos estiveram a trabalhar "mais de cinco horas" para resolver todos os problemas existentes, explica a mesma mensagem.

A EDTL explica num dos seus 'posts' sobre a situação que houve um problema com o sistema de controlo eletrónico da central de Hera, afetando um dos disjuntores, o que levou ao corte de toda a energia para o país.

A única região que esteve sempre com a situação normalizada foi a do enclave de Oecusse Ambeno, que tem um gerador independente, em Sakato, na parte leste da região.

ASP // CSJ

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