Rui Rio deixa aviso à banca:
lucros avultados serão "uma vergonha e uma ingratidão"
Parlamento autorizou o estado de
emergência por mais duas semanas. Líder do PSD avisa a banca que "não pode
querer ganhar dinheiro com a crise". Seria "uma vergonha e uma
ingratidão"
Assembleia da República aprovou,
na manhã desta quinta-feira, a prorrogação por mais 15 dias do estado de emergência, uma
decisão que contou com o voto favorável do PS, PSD, Bloco de Esquerda e CDS.
O PCP, o PEV, o Chega e Joacine
Katar Moreira abstiveram-se. A Iniciativa Liberal votou contra.
Depois das reservas iniciais à
declaração do estado de emergência, António Costa foi hoje dizer aos deputados
que era "absolutamente imprescindível renovar" as medidas de exceção
para as próximas duas semanas. "Vamos viver períodos de risco muito
acrescido como o da Páscoa. Ainda é muito cedo para poder antever a luz ao
fundo do túnel. Seria uma mensagem errada não renovar o estado de
emergência", defendeu António Costa.
Já Rui Rio, líder do PSD, subiu
ao púlpito para afirmar que os sociais-democratas mantém o apoio à declaração
de estado de emergência, com base no mesmo prinjcípio com que o fizeram há duas
semanas - o da "eficácia no combate à epidemia". Sem as medidas
tomadas a evolução do contágio teria sido "um desastre", afirmou Rio,
sublinhando que o número de infetados estava a crescer 35% ao dia e recuou
agora para cerca de 21%" - "É muito elevada, mas muito distante da
que teríamos" sem as medidas previstas no estado de emergência.
No discurso, e depois de afirmar
que já lhe chegaram algumas queixas quanto ao comportamento da banca, Rio
deixou um aviso dirigido ao setor bancário. E não poupou nas palavras: "A
banca deve muito, mesmo muito a todos os portugueses, impõe-se que agora ajude.
A banca não pode querer ganhar dinheiro com a crise".
Para o líder social-democrata, o
"objetivo da banca tem de ser lucro zero no exercício de 2020 e
2021". "Se apresentar lucros avultados serão uma vergonha e uma
ingratidão para com os portugueses", concluiu.
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O prolongamento até dia 17 do
estado de emergência em Portugal foi aprovado no parlamento, onde o
primeiro-ministro, António Costa, disse que ainda "é muito cedo para
antever a luz ao fundo do túnel". Siga aqui os principais acontecimentos,
em Portugal e no mundo, no combate à pandemia do novo coronavírus.
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