sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

PELA VIDA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA TODO O POVO ANGOLANO!...

Martinho Júnior, Luanda 

Com a seca, os desertos estão a avançar para norte, inclusive no planalto, pelo que é premente uma geoestratégia para um desenvolvimento sustentável que controle e faça a gestão certa da região central das grandes nascentes, cujo centro é o marco geodésico de Camacupa!...

Há anos que venho propondo isso, com implicações nos sistemas da defesa, segurança e inteligência!...

Quando se vai começar a fazer a segurança geoestratégica vital em benefício das presentes e futuras gerações, numa profundidade de séculos?...

#Mapas #ArcGis #Secas #Agricultura #MonitoramentoVegetação #LAOT:

A Imagem de satélite do NDVI (Indíce de Vegetação por Diferença Normalizada) semanal atualiza áreas mais secas em Angola.

O mapa semanal da cobertura vegetal, elaborado pelo LAOT, mostra as áreas afetadas pela seca, nas diferentes regiões de Angola.

Como vimos na publicação anterior sobre o NDVI, a imagem de satélite é elaborada com base no índice padronizado de vegetação (NDVI) e corresponde a um dos mais importantes indicadores indiretos da situação de seca, em grandes escalas regionais. No caso, o mapa abaixo é de cobertura de todo o território angolano, com dados do satélite Terra/Aqua, do sensor MODIS.

As áreas vermelhas do mapa destacam a intensidade da seca no Sul-sudoeste de Angola abrangendo até ao corredor sub-litoral sudoeste. As províncias da Huíla, Cunene e Namibe, além do sudoeste da província de Benguela, enfrentam situação crítica de estresse hídrica, com vegetação completamente seca.

As áreas com tons próximo ao amarelo, no mapa, correspondem a registos de estiagem moderada, atingindo áreas da faixa central e sul do país.

A imagem de satélite, mostra também áreas verdes, que correspondem aos locais onde a vegetação se mantém vigorosa, isto é, nas regiões centrais e norte de Angola, que apresentam maior retenção de acúmulo de água no solo suficiente para o seu desnvolvimento.

https://www.facebook.com/LaboratorioAngolanodeObservacaodaTerra/posts/112411794119633/

Angola | O mistério dos 2 mil apartamentos abandonados no Bengo

Mais de 2 mil apartamentos estão há cinco anos abandonados na centralidade do Capari. Autoridades explicam que questões técnicas estão a impedir que imóveis sejam habitados. Populares falam em "aproveitamento eleitoral".

Os munícipes que falaram à DW dizem não entendem as razões que fazem com que, volvidos mais de cinco anos, não se coloque à disposição da população a maioria das residências na centralidade de Capari, a pouco mais de 40 quilómetros de Luanda.

Mateus Mbaxi é de opinião que se entregue os apartamentos à população e fala em falta de vontade política e coragem. 

“Fala-se que uma boa parte destes apartamentos se encontra em estado de degradação, é só vermos o bloco oito que tinha sido vandalizado. Levaram janelas, portas, loiças sanitárias... Depois de algum tempo as pessoas ocuparam e o Estado as removeu à força”, lembra.

Numa altura em que está cada vez mais difícil a realização do sonho da casa própria e que Angola vive um expressivo défice habitacional, alguns cidadãos não compreendem por quê até agora o Governo não colocou os apartamentos à disposição. 

O gestor de empresa Marcelino Silva já não está interessado em viver numa das centralidades do país e justifica. “Não é atraente pela qualidade das obras. Também, por questões pessoais, eu prefiro não viver nestes locais que chamam de centralidade, eu prefiro um ambiente mais ambulante ao ambiente da centralidade”, explica.

Ocupação ilegal

Passados cerca de sete anos desde a inauguração da centralidade, quase três mil habitações continuam desocupadas.

A morosidade na cedência destes apartamentos terá motivado centenas de famílias a ocupar de forma ilegal alguns edifícios centralidade do Capari. A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), por meio do seu secretário provincial, Armando Ndengue Mbuale, condena tal prática, mas pede celeridade ao Governo. 

Mbuale esperava que o processo de cedência de casas fosse um pouco mais célere, mas está, na sua opinião, esta a levar muito tempo. “Diante de pessoas desoladas, pessoas sem casa, pessoas a passar mal, apanhar chuvas e tudo, e ao lado, casas ali, que custaram muito dinheiro aos cofres do Estado. Esse dinheiro investido ali é dos cidadãos”, lamenta.

Em nota enviada à DW, o diretor Nacional de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Adérito Carlos Mohamed, avançou que o atraso na entrega dos apartamentos tem a ver com a “inexistência de infraestruturas externas”, como vias de acesso, estação de tratamento de águas residuais, subestações elétricas, entre outros itens.

Problemas de comunicação?

Por falta de informação oficial, nos últimos dias, os populares da província do Bengo levantaram a hipótese de que o Governo estaria a guardar os apartamentos para o período eleitoral. O politólogo Malunda Ntchima entende que o Governo angolano continua a comunicar mal.

“Tudo indica que esteja a esperar um momento para depois começar em massa essa chuva de maravilhas, o que é bastante negativo. Porque há projetos que devem ser disponibilizados, precisamente, para resolver os problemas do povo e não muito para colher objetivos políticos”, analisa Ntchima. 

Em resposta a estes comentários, o Governo por meio do Ministério de Tutela reagiu dizendo que “o Estado não tem necessidade de fazer aproveitamento eleitoral com as restantes moradias e, se assim fosse, não se procederia a inauguração e comercialização de centralidades” em outras províncias, como: Zango 5 em Luanda, Faustino Muteka no Huambo, Quilemba, na Huila, Andulo no Bié.

Segundo Governo angolano escreve no comunicado, prevê retomar a comercialização das moradias da centralidade do Capari até março do presente ano, o dossiê das vendas de apartamentos neste projeto poderá estar concluído até ao fim do presente ano.

António Ambrósio (Caxito) | Deutsche Welle

ONU garante "estar a acompanhar" situação em Cafunfo

A coordenadora das Nações Unidas em Angola diz que acompanha "atentamente" os incidentes em Cafunfo, na Lunda Norte, que resultaram em várias mortes. E aguarda "com expectativa" o resultado das investigações.

Em comunicado enviado à DW, esta sexta-feira (12.02), o gabinete da coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, garante "estar a acompanhar atentamente" os recentes acontecimentos em Cafunfo, na província da Lunda Norte, dos quais teve conhecimento "através dos meios de comunicação social", aguardando agora "com expectativa" o resultado das investigações atualmente em curso.

O gabinete da representante máxima da ONU em Angola reitera ainda que está "sempre alerta a todas as situações onde haja perda de vidas humanas e que possam pôr em risco os ganhos que o país tem alcançado no que toca à defesa dos direitos humanos e dos valores democráticos."

As Nações Unidas também "apelam à calma e ao diálogo" e enfatizam "o valioso papel e a experiência de Angola no que toca à estabilidade da região, o que demonstra a capacidade do país na resolução pacifíca de conflitos."

UNITA quer ouvir Governo

O grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) quer ouvir o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e os responsáveis dos canais televisivos TPA e TV Zimbo, por causa da cobertura noticiosa dada por estes meios aos incidentes de Cafunfo.

O pedido de audição já foi entregue ao gabinete do presidente da Assembleia Nacional. "Entre outros factos, omitiram a posição da UNITA sobre o massacre de Cafunfo apresentada em comunicação do presidente Adalberto Costa Júnior e em conferências de imprensa do grupo parlamentar, além da visita dos deputados à vila mineira de Cafunfo, onde estiveram retidos por três dias sem uma referência nos órgãos em causa", critica o grupo parlamentar em comunicado.

Em causa está a garantia constitucional relativa à igualdade de tratamento pela imprensa e oposição democrática, que a UNITA entende ter sido violada por estes canais.

A localidade de Cafunfo foi palco de incidentes entre a polícia e populares no dia 30 de janeiro.

As autoridades angolanas afirmam que seis pessoas morreram. No entanto, na terça-feira (09.02), deputados da UNITA, da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) e do Partido da Renovação Social (PRS) anunciaram que os incidentes resultaram em 23 mortos, 21 feridos e 10 pessoas desaparecidas, referindo que as forças policiais "dispararam indiscriminadamente contra os cidadãos".

Um dia depois (10.02), a UNITA reviu estes números, ao divulgar um relatório dos cinco deputados que se deslocaram a Cafunfo, mas foram impedidos de entrar pelas autoridades, informando que pelo menos 28 pessoas morreram de forma "bárbara, hedionda e fria" e 18 ficaram feridas.

Madalena Sampaio, Agência Lusa | em Deutsche Welle

Dívidas ocultas: Até quando o silêncio de Nyusi, o "empregado do povo"?

Há um "silêncio ensurdecedor" por parte do Presidente Filipe Nyusi sobre o seu suposto envolvimento no maior escândalo de corrupção de Moçambique.

No caso das dívidas ocultas, Filipe Nyusi não se tem comportado como "empregado do povo", como ele próprio se autointitulou no início do primeiro mandato como Presidente de Moçambique.

Recentemente, a Privinvest e o seu proprietário Iskandar Safa alegaram ter pago a Filipe Nyusi um milhão de dólares e comprado um carro para a sua campanha eleitoral de 2014. As alegações foram feitas no contexto da ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) moçambicana no Tribunal Comercial do Tribunal Superior de Londres. Mas foi com silêncio que o estadista respondeu ao seu "patrão".

"O Presidente devia esclarecer isso imediatamente", comenta João Mosca.

Segundo o economista, isso implicaria, "levando as coisas às últimas consequências, a sua demissão imediata para efeitos de facilitarem e criarem condições para que todos os processos judiciais decorressem normalmente e sem a sua defesa e imunidade enquanto Presidente da República".

Não é a primeira vez que Nyusi opta pela mudez, num gesto de desconsideração para com o seu eleitorado. Em 2019, quando o negociador da Privinvest, Jean Boustani, revelou no julgamento ligado às dívidas ocultas, nos EUA, que o estadista tinha recebido dinheiro para a sua campanha, Nyusi também não deu satisfações, o que era esperado de si por uma questão de moral e ética.

Silêncio em nome da salvaguarda?

Há quem considere que o seu silêncio visa não se comprometer. O sociólogo Moisés Mabunda diz que, sendo esta uma matéria que está nos tribunais, esse poderá ser "um ato de prudência para evitar qualquer outra interpretação, mais do que aquela que está a correr nos tribunais."

O sociólogo sublinha que "ainda não tivemos a sentença do tribunal que diga o que aconteceu. O caso ainda não foi julgado. Penso que é uma questão de salvaguarda de si próprio ou da posição [que ocupa], porque não basta dizer se está ou não envolvido, teria de fornecer mais dados."

Povo espera respostas

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) garantiu esta semana a inocência de Nyusi, mas há alegações contra o mais alto representante do Estado moçambicano a que ele não poderá fazer ouvidos de mercador.

No entender de João Mosca, logo que começaram a haver evidências de corrupção sólidas sobre as dívidas ocultas, todo o Governo na altura devia ter sido demitido. Mas o analista lembra que é impossível tal acontecer pela natureza do poder em Moçambique.

"Esse é um principio ético e de comportamento político que jamais existirá num partido [FRELIMO] conhecido pelas mais diferentes formas de repressão violenta. E queremos que haja um pronunciamento do Presidente da República sobre isso", pede.

Nádia Issufo | Deutsche Welle

AS "VAGAS" COVID DÃO JEITO... A ALGUNS

Bom dia. Estamos a voltar às publicações no PG, a regressar devagarinho. Depois de quase dois meses de ausência de publicações no Página Global por motivos já revelados, consideramos que pode ser tempo de aqui trazer um matinal Expresso Curto. Vamos nessa. 

O autor de hoje é Martim Silva, do burgo de Francisco Balsemão, o mastodonte da comunicação social (CC), com bons e maus resultados para os comuns mortais que consomem os produtos que vêm daquelas bandas. Mas será que não é assim quase toda a CC? Principalmente dos grandes grupos que não nos largam a labita com as descaradas "lavagens cerebrais"? Pis. Então assim é. O resultado está à vista. Os "carneirinhos" da plebe papam tudo o que é "palha" e que nem por um níquel interessa aos seus reais interesses... Assim é. Está à vista o resultado de choldras que muitos bem sabem quem são e ao que vêm e vão. Adiante.

Por título a abordagem do medo da quarta vaga de covid... E depois a quinta vaga e a sexta... Dizemos nós. Podem chamar-nos aves de maus agoiros mas a realidade vai ser essa, pior da que temos na atualidade. Assim será, para mal dos povos e para bem dos que cada vez têm mais lucros - os grandes grupos empresariais. Mas que não. Dizem eles. E estão sempre a solicitar as tetas do Estado, dos governos, que lhes dá o que querem, mais coisa menos coisa, porque não param de ganir em alcateia. O resultado... Já sabemos onde isto tudo vai descambar: ricos mais ricos, pobres mais pobres. Cada vez mais pobres, explorados e oprimidos - agora também com os atropelos às Constituições por via de existir o covid que faz o grande favor de matar mais idosos que uma guerra decarada com bombardas. Aos governos (mainatos do grande-capital) e aos grande grupos económicos e outros poderes instituídos à margem dos interesses das populações, o covid está a dar um jeito enorme. Sabemos. Quem não sabe? Quem não vê?

Cuidado com as estirpes que parece que não vão mais parar de nos surpreender, confinar, oprimir, matar a democracia, a liberdade e matar velhos, fragilizados, e...

Adiante, porque a "conversa" dava pano para mangas. O Expresso Curto já a seguir. Depois de deixarmos aqui bem declarado que aquilo que os governos na UE e arredores o que andam a praticar é "punhetas" ao covid... Porque dá jeito? Sim. Pois. É o que se vê.

Bom dia e um queijinho de cabra... Papem o Curto, a seguir, e pensem. Ele serve para isso. Não dói nada.

MM | Redação PG

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