sábado, 9 de abril de 2022

OS MATADORES DA ONU E DO JORNALISMO

Artur Queiroz*, Luanda

A Federação Russa foi “suspensa” do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Para que a decisão fosse válida, tinha de ser votada por uma maioria de dois terços. Impossível. Não faz mal. O estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) deu ordens ao rato de sacristia e papa-hóstias António Guterres para criar uma nova operação aritmética, aliás muito simples até para ele realizar. 

É assim. Cinco votam a favor e um vota contra, mas o total de países é de mil. Está aprovada a resolução com uma maioria de dois terços. Porque todos os outros se abstiveram e a abstenção é como se não existisse. Hoje, 93 países votaram a favor e 24 contra. O total são 193 países. Está aprovado com pouco mais de metade dos votos. Os 58 países que se abstiveram são desprezíveis. O estado terrorista maios perigoso do mundo (EUA) está a fazer da ONU uma espécie de criada para todo o serviço e os secretários-gerais são tratados como os Baptista, Somoza, Videla, os generais golpistas do Brasil ou ainda pior. 

Washington decidiu roubar o petróleo do Iraque. Chamou uns criados às ordens e prometeu-lhes uns trocos em contratos para a “reconstrução” do país que ia destruir se o ajudassem na “operação”. O estado terrorista mais perigoso do mundo serviu-se da ONU para justificar a destruição do Iraque e o assassinato do Presidente Saddam Hussein. 

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apresentou na ONU “provas irrefutáveis e inegáveis” de que o Iraque de Saddam Hussein escondia armas de destruição em massa. Um tal Durão Barroso jurou aos portugueses que viu as provas. O seu ministro da Defesa Paulo Portas, na sua auréola de Catherine Deneuve viu tudo e só não foi para o Iraque animar as tropas de ocupação porque perdeu a peruca loira atrás de uma moita no Parque Eduardo VII, em Lisboa. O piadético Tony Blair também viu tudo mas primeiro meteu ao bolso os 30 dinheiros da ordem e contratos para explorar tachos até ao fim da vida.

As mentiras e falsidades contadas na ONU deram mais de um milhão de mortos. Mais de dois milhões de deslocados. A destruição do país mais próspero e progressista do Médio Oriente. A Universidade de Bagdade tinha uma mulher como reitora numa região em que as mulheres só podiam mostrar os olhos e não tinham o direito de conduzir automóveis. O parlamento iraquiano tinha mulheres deputadas. Nas cidades iraquianas todas as confissões religiosas eram respeitadas. A Comunidade Cristã tinha as suas igrejas abertas ao público. O primeiro-ministro iraquiano, Tariq Aziz, era católico numa região onde imperava e ainda impera o fundamentalismo islâmico.

Passaram 20 anos e no palco da ONU a Federação Russa foi vítima de invenções e mentiras. Repito: Invenções e mentiras, até prova em contrário. Os EUA, a OTAN (ou NATO) e a Ucrânia inventaram massacres nos arredores de Kiev e 93 países com assento nas Nações Unidas, capitaneados por Washington, consideraram que os “massacres” são verdadeiros e condenaram sem mais provas. Sem ouvirem a outra parte. Sem se preocuparem com a verdade dos factos. São criados às ordens do estado terrorista mais perigoso do mundo. O resultado era esperado. O problema é outro e muito mais grave.

Os países que votaram a favor da suspensão da Federação Russa viram as provas! E quais eram as provas? Todas as que foram divulgadas pelos Media! E o que fizeram os jornalistas? Limitaram-se a dar voz a pessoas que nunca viram e que falavam numa língua que não conhecem. Repetiram o discurso das autoridades ucranianas, sem qualquer filtro. Logo, fizeram da propaganda de uma parte, as suas notícias. Os jornalistas viram tudo. Mas não sabem se viram o que aconteceu ou o que foi preparado e montado para eles verem.

Portugal | UM DIA A CASA VEM ABAIXO

Henrique Monteiro | HenriCartoon

O TAPETE ROSA E UM MASSACRE

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

O regresso à política tem ementa. O Programa do Governo (PG), uma primeira moção de rejeição pela extrema-direita e o Orçamento de Estado (OE) a apresentar na próxima semana, ainda antes da Páscoa.

No contexto de uma maioria absoluta, a sensação que paira no ar é que será muito disto e muitas vezes. Com António Costa a ter de gerir humores apenas dentro do PS e com um tapete rosa entendido pelos resultados das últimas eleições, assistiremos a abundantes exercícios de estilo por parte daquela oposição que não quer fazer política, mas sim demagogia com marca registada. Esta primeira moção de rejeição pela extrema-direita dos "portugueses de bem" está mal para o debate e óptima para a celebração de coisa nenhuma. Armemo-nos com paciência. E que as outras forças partidárias sejam capazes de estar à altura do primado da política e não da sua absoluta negação.

A inadequação do PG e do OE ao novo contexto da guerra na Ucrânia que condiciona toda e qualquer perspectiva que hoje se tome como certa é gritante. Não sabendo o que virá, mandaria a razoabilidade (senão mesmo a prudência) viver com um plano assumido em adaptação, admitindo a prerrogativa de uma execução orçamental criativa. Mas é assustador que nada tenha mudado face a uma realidade completamente transtornada e que a previsão de aumento de salários e pensões seja de 1%, valor cinco vezes inferior à inflacção. O combate à pobreza terá mais a cara da distribuição de dividendos do que a da luta pela dignidade do trabalho e da manutenção de um patamar mínimo de poder de compra pelos mais desfavorecidos trabalhadores e pensionistas.

Portugal covidado | Aumento de mortes atrasa fim do uso de máscara

O aumento da mortalidade por covid-19 referente aos últimos 14 dias deixa mais longe a data em que vão ser levantadas as restrições em vigor, como o uso de máscara obrigatório em espaços fechados.

Nos últimos 14 dias, morreram 295 pessoas devido à covid-19 em Portugal. Este número representa uma incidência de 28,6 óbitos por milhão de habitantes, o que significa que se mantém "a tendência crescente observada a partir da segunda quinzena de março", confirma a DGS e o Instituto Ricardo Jorge, no relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica, divulgado esta sexta-feira.

A incidência da mortalidade afasta-se, assim, da meta de 20 mortes por milhão de habitantes a 14 dias que, juntamente com a meta de menos de 170 camas ocupadas em Unidades Cuidados Intensivos (UCI), serve de referência ao Governo para levantar as restrições que ainda permanecem em vigor. Isto, apesar de o número de mortes ter descido de 150 para 145 na última semana. Tal como o Ministério da Saúde confirmou ao JN, o "levantamento das restrições" só acontece quando o país registar "menos de 20 mortes por milhão de habitantes em 14 dias" e "menos de 170 camas em UCI ocupadas por doentes infetados".

O número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos foi, em média, de 60 pessoas na última semana, o que representa uma redução de 2% face à semana anterior e já cumpre a meta definida pelo Governo. Na parte dos óbitos é que Portugal está aquém. A covid-19 continua a ser mais fatal entre as faixas etárias mais elevadas, dado que nos últimos sete dias não houve qualquer morte em cidadãos com menos de 40 anos e, do total de óbitos, cerca de dois terços foram registados entre a população com 80 ou mais anos.

Entre os 145 falecimentos registados nos últimos sete dias, mais de um terço (52) foi em Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se a região Centro (34), Norte (22), Alentejo (12), Madeira (nove), Algarve (oito) e Açores (seis). A boa notícia é que quase todos os outros indicadores demonstram um decréscimo da presença do vírus em Portugal.

Massacres | Precisamos de um padrão uniforme de justiça da Ucrânia ao Afeganistão

# Traduzido em português do Brasil

Amy Goodman & Denis Moynihan | Democracy Now

No início de abril, um vídeo chocante veio à tona revelando o assassinato brutal de civis por um exército de ocupação. O ano era 2010, no entanto, não 2022, no Iraque, não na Ucrânia, e os soldados eram americanos, não russos. Em 5 de abril de 2010, o Wikileaks, o site de denúncias, divulgou um vídeo militar secreto dos EUA chamado “Assassinato Colateral”. O vídeo foi gravado em 12 de julho de 2007 a bordo de um helicóptero Apache do Exército dos EUA enquanto atirava contra uma multidão em Bagdá. Dois funcionários da Reuters morreram, juntamente com pelo menos outros oito, e duas crianças ficaram gravemente feridas. O vídeo inclui áudio de soldados americanos rindo e xingando enquanto matam, bem como transmissões de rádio autorizando os ataques de sua cadeia de comando. Em última análise, apenas um soldado dos EUA foi processado: o soldado do exército Chelsea Manning foi submetido à corte marcial, foi ele quem divulgou a chacina.

“Assassinato Colateral” e a coleção de documentos que Manning carregou no Wikileaks, os Registros da Guerra do Iraque e os Registros da Guerra do Afeganistão, documentaram inúmeras atrocidades cometidas pelos EUA, em um jargão militar frio.

Nos doze anos desde que o vídeo foi lançado, os conflitos militares e os crimes inevitáveis ​​que os acompanham ocorreram em todo o mundo, do Congo ao Sudão, da Etiópia e Tigray à Líbia, do Iêmen à Birmânia e Papua Ocidental, para citar apenas alguns. Na Ucrânia, o nível de documentação em vídeo e fotográfica, imagens de satélite e filmagens de drones publicados instantaneamente e compartilhados globalmente é sem precedentes.

Ursula von der Leyen | UE continua a consolidar a integração do neozismo na Europa

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na sua visita de ontem a Zelensky, formalizou o convite à Ucrânia - com preponderância de organizações nazis - para ingressar nas suas fileiras alegadamente democráticas. A nazificação avança na Europa, os povos europeus calam a sua indignação. Até quando? Até que seja tarde demais? A ocultação e branqueamento da situação na Ucrânia relativamente à sua nazificação tem vindo a ser oculta e branqueada na mídia Ocidental, a manipulação dos mídia ocidentais sobre a realidade ucraniana nesse aspeto tem sido flagrante. A chamada comunicação social livre do Ocidente está a ser cumplice dos percursos e dos caminhos nefastos em que a nazificação e o racismo avança na Europa, nos EUA, no Canadá, etc. O "adormecimento dos povos é flagrante. Os poderes instituidos estão a ser claramente pró-nazis e, consequentemente, antidemocráticos. Até quando? Sendo verdade, para quem preza a liberdade e a democracia, que aquilo que decidiu Putin ao cair nas provocações e rasteiras que os EUA prepararam envolvendo a Ucrânia, muito menos certo e desejável é o avanço nazi na Europa. Urge aos povos europeus atentarem nesse aspeto e não andarem a reboque das vontades, interesses e agendas dos EUA. (PG)

“Democratização” e antissemitismo na Ucrânia: quando os símbolos neonazistas se tornam “o novo normal”

Este artigo incisivo de Julie Lévesque foi publicado pela primeira vez em 6 de março de 2014, na esteira da “mudança de regime” do EuroMaidan.

Podemos ver na imagem acima Dmitry Yarosh (centro), líder dos Maidan Brown Shirts, em uma lista internacional de procurados e acusado de incitar o terrorismo.

# Traduzido em português do Brasil

Julie Lévesque* | Global Research

Sob o novo governo, Yarosh é o líder da delegação neonazista do Setor Direita ao Parlamento da Ucrânia. Seu amigo íntimo e parceiro político Andriy Parubiy cofundador do Partido Nacional Social-Nazista Neo-Nazista da Ucrânia (posteriormente renomeado Svoboda) foi nomeado pelo novo governo para o cargo de Secretário do Comitê de Segurança Nacional e Defesa Nacional (RNBOU), um cargo-chave que supervisiona o Ministério da Defesa, as Forças Armadas, a Aplicação da Lei, a Segurança Nacional e a Inteligência. Líderes do Sektor Direita Yarosh foi nomeado para a posição número 2 na RNBOU.  Os neonazis encurralaram a agenda de segurança nacional da Ucrânia?

Bem-vindo ao “Novo Normal”

No vídeo a seguir filmado no Parlamento ucraniano e postado no final de dezembro de 2013, podemos ver claramente nos pilares duas bandeiras que estão listadas no “Banco de Dados Visual de Símbolos Extremistas, Logos e Tatuagens” da Liga Anti-Difamação (ADL): o Bandeira do poder branco e a bandeira confederada.

VER VÍDEO YOUTUBE 

A bandeira confederada também é descrita como um “símbolo racista geral” representando o “orgulho branco” e usado pela supremacia branca.

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