Artur Queiroz*, Luanda
Eugénio Quintas (Man Gena) é o novo herói de Luzia Moniz, a espantosa escritora (escreve com os dois pés) que foi a Moçambique lançar a sua “obra” e ninguém desmaiou com o cheiro a chulé que se liberta do livro em ondas suaves. A azougada pezuda diz que o traficante de droga foi perseguido pelo regime angolano e agora é exilado político em Maputo, cidade que já foi um lugar bem frequentado. A Luzia e o Man Gena ao mesmo tempo na capital moçambicana é carga a mais de banditismo! Deve ter caído aquele letreiro onde está escrito“reservado o direito de admissão”. Acontece.
O Novo Jornal faz hoje manchete
com uma “notícia” bombástica segundo a qual o “Projecto de Rui Falcão foi
reprovado pela cúpula do BP”.O título é mais preciso: “João Lourenço chumba
estratégia ultrapassada de comunicação do MPLA”. Reparem bem. No antetítulo o
projecto foi reprovado pelo Bureau Político. No título já foi João Lourenço. Intrigalhada
à moda da UNITA ou coisa pior? Há momentos
Um aviso. Os membros do Bureau Político do MPLA foram eleitos pelos militantes delegados ao congresso. Não podem ser afastados com uma carta do líder partidário sugerindo-lhes a sua demissão. Por enquanto, o partido ainda é um colectivo e todos os dirigentes respondem exclusivamente às estruturas partidárias e não ao Presidente da República, que só está no cargo enquanto tiver a confiança da direcção do MPLA que o escolheu para cabeça de lista.
Nada de confusões. Acontece que o presidente do MPLA não tem poderes sobrenaturais. De qualquer forma alguém abriu a caça a Rui Falcão. Mau sinal. O mobutismo de Kinkuzu conseguiu colocar um embaixador em Madrid que nem para porteiro serve. Devem querer mudar a direcção do MPLA no mesmo sentido. O mal dos oportunistas é que não têm a noção dos limites e um dia acabam por bater estrondosamente contra o muro da realidade.
Quem sabe umas coisinhas de comunicação tem uma certeza. O Bureau Político do MPLA faz autênticos milagres a apagar fogos ateados pelos órgãos de Soberania eleitos e aos quais tem o dever de dar todo o apoio. É muito tiroteio nos pés, muito fogo amigo, muito estilo Miala. Tratem bem Rui Falcão. Não devem ter outro com a sua capacidade e o seu nível. João Lourenço sabe isso melhor que ninguém.
Abílio Camalata Numa anda
nervoso. Este mês de Março deixa-o
Pedi a um antigo oficial da UNITA que me explicasse como Abílio Camalata Numa trepou na estrutura militar do Galo Negro. A resposta foi lapidar: Era o assassino sempre pronto a matar. Mas só matava presos desarmados ou civis, sobretudo mulheres. Cobardia e deserção da luta são as suas qualidades de militar”. Não é altura de lhe tirar a honrosa patente de general? Ontem já era tarde.
Hoje o criminoso de guerra (comprovadamente) escreve isto no portal da Irmandade Africâner: “O MPLA está a movimentar-se nos meandros do poder de quadrilhas corrompidas”.
O cobarde e assassino Abílio Camalata Numa sabe o que escreve. Andou no seminário a estudar para padre e nessa escola ensinavam a escrever. Portanto, tem de ser responsabilizado pelo que escreveu. Mesmo com a existência da UNITA, na política não pode valer tudo.
O desertor e assassino Numa escreve que as eleições foram o “golpe politico-eleitoral de 2022 que ilegitimamente ajudaram o MPLA a capturar o exercício do poder político e derrubar a FPU e Adalberto Costa Júnior seus verdadeiros vencedores”.
A FPU é coisa que não existe. Nem concorreu às eleições que o porta-voz de Adalberto da Costa Júnior diz terem sido golpe eleitoral e político!
O falso general e verdadeiro assassino (não me esqueço de uma família inteira, com crianças, que ele fuzilou na Coutada do Ambriz) escreve mais isto: “O mínimo que o MPLA pode fazer, se lhe restar algum pudor, é devolver o poder ao verdadeiro Soberano do Estado de Angola para em eleições livres e justas poder escolher seus reais representantes autárquicos e nacionais já”.
Opinião e liberdade de expressão jamais podem ser confundidas com insultos. Não podem ser confundidas com baixeza humana. Não podem ser capa de crimes. A questão não é calar Abílio Camalata Numa. É proteger as suas vítimas.
Um órgão de comunicação social jamais pode servir de instrumento de agressão seja a quem for, muito menos se o agressor é um criminoso de guerra que carrega às costas milhares de homicídios. Alguém que lutou de armas na mão contra a soberania nacional. Fez tudo para retalhar Angola e colocar o país sob a pata do regime racista da África do Sul. Quando Abílio Numa aparece nos Media temos crime grave contra o Jornalismo e os Jornalistas. Para além das vítimas directas da sua fúria criminosa.
*Jornalista
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