Estudo da Intrum revela realidade preocupante, sobretudo para quem arrenda casa e, naturalmente, para as famílias com rendimentos mais baixos.
É o resultado de um ano de inflação e dos magros apoios do Estado, que ficaram muito longe de lhe fazer frente. As famílias portuguesas estão a viver brutais dificuldades e metade delas admite já que não está a conseguir pagar pelo menos uma das contas regulares.
Os números são revelados no ECPR - European Consumer Payment Report 2022, o mais recente estudo da Intrum, e apontam as famílias que estão a arrendar casa como das mais afetadas (61%), logo após as que têm rendimentos mais baixos (74%). Na visão por faixas etárias, "a Geração X (45 aos 54 anos) é a que mais se identifica com esta afirmação, registando os 73%".
As conclusões vão no mesmo sentido das do estudo realizado pelo Banco de Portugal (BdP), que revelava já a tendência de endividamento a um ritmo preocupante, "devido ao aumento significativo da taxa de inflação, que está a afetar o poder de compra dos consumidores". Segundo o relatório da Intrum, a dívida das famílias aumentou 3,6% em dezembro, o maior crescimento anual desde 2008, quando rebentou a crise financeira que acabou por obrigar Portugal a chamar a troika para sair do buraco.
Diário de Notícias | Dinheiro Vivo
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