domingo, 26 de novembro de 2023

AGORA: REFÉNS ENTREGUES À CRUZ VERMELHA. ISRAEL LIBERTA 39 PALESTINOS

Cruz Vermelha já está a receber 13 reféns israelitas e cinco estrangeiros

A Reuters está a avançar que a Cruz Vermelha já está a receber 13 reféns israelitas e cinco estrangeiros, citando informações do canal egípcio Al Qahera Al.

“A trégua está a decorrer sem bloqueios”. Egipto já tem as listas de 13 israelitas e 39 palestinianos que também serão ser libertados hoje conforme o acordado.

Em desenvolvimento

Relatados assassinatos no campo de refugiados de Gaza no terceiro dia de trégua

Crescente Vermelho Palestino afirma que agricultor foi morto pelas forças israelenses no campo de refugiados de Gaza

Não ficou claro se isso teria impacto na última fase dos planos de troca de 50 reféns detidos pelo Hamas por 150 prisioneiros nas prisões israelenses durante um período de quatro dias.

Arab News | # Traduzido em português do Brasil

GAZA/JERUSALÉM: Um agricultor palestino foi morto e outro ferido no domingo depois de ser alvo de forças israelenses no campo de refugiados de Maghazi, no centro de Gaza, disse o Crescente Vermelho Palestino, no momento em que uma trégua entre Israel e os combatentes do Hamas entrava no terceiro dia.

Não houve comentários imediatos de Israel sobre o relatório e não ficou claro se ele teria impacto na última fase dos planos de troca de 50 reféns detidos pelo grupo militante palestino por 150 prisioneiros em prisões israelenses durante um período de quatro dias.

Treze israelenses e quatro cidadãos tailandeses chegaram a Israel na manhã de domingo, após uma segunda libertação de reféns detidos pelo Hamas, após um atraso inicial causado por uma disputa sobre a entrega de ajuda a Gaza.

Embora a questão tenha sido resolvida através da mediação do Egipto e do Qatar, sublinhou a fragilidade da trégua, a primeira interrupção dos combates desde que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de Outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 240 reféns.

Em resposta a esse ataque, Israel prometeu destruir os militantes do Hamas que governam Gaza, bombardeando o enclave e montando uma ofensiva terrestre no norte. Cerca de 14.800 pessoas, cerca de 40 por cento delas crianças, foram mortas, disseram autoridades de saúde palestinas no sábado.

Israel disse que o cessar-fogo poderia ser prorrogado se o Hamas continuasse a libertar pelo menos 10 reféns por dia. Uma fonte palestina disse que até 100 reféns poderiam ser libertados.

O braço armado do Hamas anunciou no domingo o assassinato de quatro dos seus comandantes militares na Faixa de Gaza, incluindo o comandante da brigada do Norte de Gaza, Ahmad Al Ghandour. No entanto, não ficou claro quando eles foram mortos.

O Hamas faz parte do tecido político e social palestino: oficial do Fatah

Durante um discurso no Kuwait, Jibril Rajoub, secretário-geral do Comité Central da Fatah, atribui a causa do 7 de Outubro à “agressão de Israel em todas as terras palestinas”.

Al Mayadeen* | # Traduzido em português do Brasil

Jibril Rajoub, secretário-geral do Comité Central da Fatah, classificou a Operação Al-Aqsa Flood   como uma acção "dentro do contexto da guerra defensiva que o nosso povo está a travar".

Durante um discurso no Kuwait, Rajoub atribui a causa do 7 de Outubro à “agressão de Israel a todas as terras palestinas”. Ele afirma que a operação do Hamas frustrou o objectivo israelita de integrar “Israel” na região sem resolver a questão palestiniana, citando os acordos de normalização e as conversações de normalização em curso com outros países do Médio Oriente, incluindo a Arábia Saudita.

“O Hamas faz parte do nosso tecido político e social e da nossa luta, e o seu envolvimento é importante”, sublinhou Rajoub.

Presidência palestina pede aos EUA que parem com o genocídio

Numa nota semelhante, a Presidência Palestiniana anunciou, em 18 de Novembro, que renovou as suas exigências para que os EUA cumpram as suas responsabilidades e intervenham para travar o genocídio de “Israel” contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada.

Expressando surpresa pela obstrução contínua por parte da administração dos EUA aos esforços internacionais para travar a agressão israelita, a presidência palestiniana advertiu que tal guerra não traria nenhum benefício para nenhuma das partes envolvidas. 

“Apesar da agressão sangrenta diária em Gaza e na Cisjordânia, acompanhada pela evacuação e destruição dos hospitais de Gaza, estamos surpresos que a administração americana ainda esteja obstruindo os esforços internacionais para parar a agressão israelense”, disse o porta-voz oficial da Palestina. Presidência, Nabil Abu Rudeineh.

"Renovamos o nosso pedido à administração americana para que assuma as suas responsabilidades e pare o genocídio contra o povo palestiniano, que custou a vida a milhares de mártires e feridos, e pare os massacres e crimes de guerra que a ocupação israelita insiste em cometer na íntegra. visão do mundo em flagrante violação do direito internacional e do direito humanitário internacional", disse ele.

Abu Rudeineh enfatizou que “Israel” e a administração dos EUA não têm outra alternativa senão cessar a agressão e pôr fim à ocupação. Afirmou que a intensa campanha em todos os territórios palestinianos, com o objectivo de semear o caos e arrastar a região para conflitos perpétuos, terá consequências destrutivas para todos os envolvidos, sem que ninguém saia ileso.

“Mais uma vez alertamos que esta agressão não trará paz e segurança a ninguém, mas sim criará uma situação que será impossível de conter em toda a região. As soluções militares e de segurança provaram o seu fracasso, e a única solução é acabar com a ocupação e reconhecer o direito do povo palestino à liberdade e à independência, de acordo com a legitimidade internacional e o direito internacional", acrescentou o funcionário.

O direito internacional e a “tempestade de Al Aqsa”

O direito internacional pouca eficácia tem sem uma autoridade que o imponha.   Diante de um regime de apartheid que comete crimes de guerra e se recusa sistematicamente a cumprir Resoluções da ONU ou diante de uma potência imperial que defende um mundo baseado nas "regras" que ela própria cria, os povos do mundo estão inermes diante da arbitrariedade – só podem contar com os (fracos) meios que conseguem por si mesmos.   Em todo o caso, para que conste, aqui estão regras do direito incumpridas pelo estado nazi-sionista e pela potência imperial.

Henrique Júdice [*]

A tomada de reféns é severamente condenada no chamado direito internacional humanitário, que define padrões mínimos de conduta a observar em contextos de guerra.

As quatro convenções de Genebra vindas à luz em 1949 proíbem-na em seu art. 3º em comum no tocante a quem não participe diretamente das hostilidades armadas nos conflitos internos. O Estatuto de Roma, que institui o Tribunal Penal Internacional, declara-a crime de guerra em seu art. 8º, seja o refém quem for, tanto em conflitos internos como nos internacionais.

Além desses dois instrumentos de caráter geral, há uma convenção específica e detalhada contra a tomada de reféns, celebrada no âmbito da ONU em 1979. Nesse documento – incorporado ao direito brasileiro mediante o Decreto 3.517 de 2000 [3] e ao português pela Resolução da Assembleia da República n.º 3 de 1984 [4] – , ela é definida como ato de terrorismo, impondo-se a todo país signatário a obrigação de punir e/ou extraditar quem a promova.

Tudo isso, com uma única ressalva.

PAZ NO MÉDIO ORIENTE - PALESTINA INDEPENDENTE - Manifestações em Portugal

EM PORTUGAL A SOLIDARIEDADE COM O POVO PALESTINO ESTÁ MUITO ATIVA. PARTICIPEM!

CONCENTRAÇÃO NO PORTO, 26/NOV

Em Évora, 28/Nov, 19h00, Largo Camões

Em Lisboa, 29/Nov, 18h00. Concentração na Pr. Martim Moniz

Palestina | O que exatamente queremos dizer com do rio ao mar?

Proibir a expressão “do rio ao mar” por ser genocida, para dizer o mínimo, levanta uma série de suposições.

Alain Alameddine* | The Palestine Chronic | opinião

Não é difícil fazer essa afirmação quando Bezalel Smotrich usa a expressão, uma vez que se identifica como fascista. Mas seria um exagero presumir que todos os que usam a mesma expressão estão igualmente afetados.

Ainda assim, nós – palestinianos e aliados – precisamos de perceber que, uma vez que do rio ao mar se refere a uma área geográfica, e não a uma visão política, é nossa responsabilidade esclarecer o que exatamente queremos que aconteça ali.

Um Estado Democrático: Uma Visão de 100 Anos

Os palestinianos que viviam sob a ocupação britânica queriam o que todas as outras sociedades colonizadas do mundo queriam: o seu próprio estado independente, sobre todas as suas terras – do rio ao mar.

Contudo, a situação da Palestina era excepcional, na medida em que o Reino Unido efectuou ali, sem mandato político da população indígena, uma migração em massa de estrangeiros.

O seu propósito era explícito: era “algo colonial”, para citar Herzl, que imaginava o estabelecimento de um “Estado judeu” sobre uma terra cujos nativos seriam enviados “ através da fronteira”.

Por outras palavras, genocídio na pior das hipóteses, limpeza étnica na melhor das hipóteses, do rio ao mar. 

Como reagiram os palestinos então?

É claro que recusaram a colonização – mas o que isso implicava para os estrangeiros que agora lá se encontravam?

Notavelmente, e em linha com a tradição árabe palestiniana de acolher refugiados arménios, circassianos, judeus, curdos e outros, o que a liderança palestiniana propôs à Comissão King-Crane em 1919 foi “um Estado para todos os seus cidadãos”.

As resoluções dos sete Congressos Árabes Palestinos entre 1919 e 1928, petições ao Mandatário Britânico e à Liga das Nações na década de 1930, posições na Mesa Redonda de St James de 1939, na Comissão Anglo-Americana em 1946 e no Comitê Especial da ONU sobre a Palestina, em 1947, propuseram variações da mesma visão para um Estado palestiniano democrático, do rio ao mar. 

Ainda mais notável é que a Nakba não mudou isso.

Terceiro dia de trégua: operação militar israelita na Cisjordânia faz sete mortos

O Qatar espera que "impulso gerado a partir das libertações" permita prolongar duração do acordo entre o Hamas e Israel. Siga aqui.

Israel confirma libertação de 39 prisioneiros palestinianos

A autoridade prisional de Israel confirmou esta madrugada a libertação de 39 prisioneiros palestinianos, depois do movimento islamita Hamas ter libertado 13 reféns israelitas e quatro estrangeiros, no âmbito do cessar-fogo.

Na Cisjordânia ocupada, caravanas de carros com bandeiras dos vários movimentos palestinianos desfilaram pelas ruas, escoltando um autocarro da Cruz Vermelha que transportava os prisioneiros libertados.

Em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, a libertação dos prisioneiros, todos eles mulheres e jovens com menos de 19 anos, foi celebrada de forma discreta perante um destacamento da polícia israelita.


Forças israelitas abatem sete palestinianos em rusgas e incidentes na Cisjordânia

As forças israelitas mataram sete palestinianos em ataques e incidentes na Cisjordânia ocupada nas últimas horas, cinco dos quais na cidade de Jenin, enquanto prosseguem os seus ataques intensivos no território, informaram fontes palestinianas.

Segundo o Ministério da Saúde, cinco palestinianos "foram mortos na sequência do assalto a Jenin pela ocupação (Israel)", e um outro foi morto por balas disparadas pelas forças israelitas na aldeia de Yatma, perto de Nablus, no norte da Cisjordânia.

LER MAIS em TSF

Qatar confia que trégua entre o Hamas e Israel será prolongada

O porta-voz dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al Ansari, afirmou esperar que o Hamas e Israel estendam para além de quatro dias a trégua que permitiu a primeira troca de reféns.

"O que esperamos é que o impulso gerado a partir das libertações destes dois dias e deste acordo de quatro dias nos permita prolongar ainda mais a trégua e, assim, iniciar conversações mais sérias sobre o resto dos reféns", declarou o porta-voz em declarações à CNN.

LER MAIS em TSF

Imagens: Destruição da operação militar israelita na Cisjordânia © Zain Jaafar/AFP | AFP

GAZA

Saad Almuhannadi, Qatar | Cartoon Movement

Ucranianos fogem de Avdeevka, russos assumem o controle da área industrial (vídeos)

Na noite de 25 de novembro, fontes russas e ucranianas da frente confirmaram que o exército russo assumiu o controle da área industrial na parte oriental de Avdeevka. 

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Esta zona industrial tem sido preenchida com fortificações de concreto, profundas e constantemente modificadas desde 2014. A perda desta área é um sério dano à defesa ucraniana na cidade. A área está localizada no morro. As forças ucranianas estão a recuar para outra linha de defesa, onde assumem posições que foram preparadas antecipadamente. A perda de altitude na área industrial também ameaçará as forças ucranianas na periferia sul de Avdeevka, porque ficaram sob o controle do fogo russo.

As forças ucranianas estão fugindo de Avdeevka:

“Somos combatentes da 110ª Brigada. Ontem vimos que a 53ª Brigada ia abandonar posições no flanco em Severnoe. Declaramos que queremos continuar a defender Avdeevka, mas com tais cobardes nos flancos, somos forçados a retirar-nos também das nossas posições antes de sermos capturados sob a mira de uma arma.”

VER IMAGENS NO ORIGINAL South Front

Ler/Ver em South Front:

South Front apresenta banco de dados exclusivo de prisioneiros de guerra ucranianos

Situação militar em Avdeevka, DPR, em 23 de novembro de 2023 (atualização do mapa)

Em vídeo: Russos usam túneis subterrâneos para atacar fortalezas ucranianas em Avdeevka

Em vídeo: ganhos e perdas russos em Avdeevka

Explosões em toda a Ucrânia: O ataque mais massivo de drones teve como alvo Kiev

Na noite de 25 de Novembro, as forças russas lançaram “o ataque mais massivo de drones” à capital ucraniana desde o início da operação militar especial. De acordo com o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, 74 dos 75 drones foram alegadamente abatidos pelas forças da valente defesa aérea ucraniana na região de Kiev.

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os residentes de Kiev reclamaram de uma noite sem dormir. Explosões trovejaram por toda a cidade e em outras áreas da região. O ataque durou cerca de seis horas. Foram várias ondas até de madrugada.

Como resultado dos ataques massivos de drones, uma central elétrica na cidade teria sido danificada. Ukrenergo e as autoridades de Kiev alertaram sobre graves cortes de energia na capital e na região. As obras do metrô também foram interrompidas. Tais danos não poderiam ser resultado de algum dano a uma única estação. Estas alegações oficiais das autoridades ucranianas refutaram as alegações dos militares ucranianos de que alegadamente apenas um drone russo não foi abatido. Além disso, imagens da cidade confirmaram incêndios na cidade.

Drones russos foram avistados nas regiões de Brovary, Zhuliany e Troyeshchyna, perto de Kiev. De acordo com relatórios preliminares, os ataques tiveram como alvo sistemas de defesa aérea perto do aeroporto de Boryspil e depósitos de munições ucranianos, onde foi relatada detonação.

Na manhã de 25 de novembro, as imagens de satélite mostraram posições do sistema de defesa aérea Patriot, fabricado nos EUA, no aeroporto de Zhuliany, em Kiev. Nenhum dano foi detectado na área, porém, a maioria dos lançadores Patriot estavam desaparecidos em suas posições no aeroporto.

Fontes ucranianas compartilharam fotos dos destroços de um UAV russo Geran que teria sido abatido perto da cidade. Os drones foram pintados de preto. Tornou-se muito mais difícil detectar drones negros no céu noturno. Especialmente porque há um esquadrão especial de militares ucranianos destacados pela capital, que recebem ordens de patrulhar o céu, procurar drones e abatê-los com metralhadoras.

De acordo com o relatório do Ministério da Defesa russo de 24 de novembro, as forças russas realizaram 31 ataques em grupo na semana passada. Numa semana, visaram infra-estruturas ucranianas, arsenais, depósitos de combustível, bases militares, instalações utilizadas por formações nacionalistas e pela Legião Estrangeira.

VER IMAGENS NO ORIGINAL South Front

Ucrânia | MAIDAN DEZ ANOS DEPOIS...

O golpe apoiado pelo Ocidente desencadeou o nazismo, a guerra e a destruição que, em última análise, expõe o fascismo ocidental

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

A Ucrânia e Gaza são testemunhos da criminalidade dos regimes ocidentais disfarçados de democracias.

Dez anos depois da revolta de Maidan em Kiev, o país da Ucrânia mergulhou no caos total, na corrupção, no fascismo, na destruição e no sofrimento. E, no entanto, o regime de Kiev e os seus apoiantes estatais ocidentais têm a audácia de chamar ao trágico e sangrento pântano “uma década de dignidade”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, declarou esta semana: “Dez anos de dignidade. Dez anos de orgulho. Dez anos de luta pela liberdade. As noites frias de Novembro de Euromaidan mudaram a Europa para sempre. Todo o país saiu às ruas e falou a uma só voz… O futuro pelo qual Maidan lutou finalmente começou. Glória à Ucrânia! Viva a Europa!”

É nauseante ouvir mentiras e distorções tão descaradas. “O país inteiro saiu às ruas”? Foi uma minoria de ideólogos nazistas financiados pelas potências ocidentais. “Falando a uma só voz”? Os líderes do golpe de Maidan assassinaram e queimaram opositores até à morte, como no pogrom de Odessa, em 2 de Maio de 2014, ou no ataque aéreo mortal contra civis insuspeitos de Lugansk, em 2 de Junho de 2014.

Amargamente divertido, porém, Von Der Leyen inadvertidamente fala a verdade quando disse que o evento de Maidan “mudou a Europa para sempre”. Certamente fez isso, mas de uma forma oposta e terrível à sua visão ridícula e otimista.

Como este excelente documentário deixa claro, quando as potências transatlânticas ocidentais não conseguiram convencer a Ucrânia a aderir ao eixo UE-NATO, o passo seguinte foi orquestrar um golpe de Estado violento em Kiev.

Mais lidas da semana