Símbolo caligráfico de paciência em chinês |
O senhor Yong assediava diariamente a bela Fang, esposa do seu vizinho Liang. O homem saía para o trabalho e logo o assediador avançava. Queres partilhar comigo esta melancia? Posso oferecer-te um a tijela de arroz? Naquele tempo um grão do precioso cereal valia mais do que os activos recuperados pela Dona Eduarda, a dez por cento de comissão, cada peça.
Um dia a bela assediada disse ao marido que não aguentava mais. E contou-lhe o seu calvário. Dia após dia, mês após mês. Ano atrás de ano, Yong declarava a Fang os seus apetites carnais. Queria partilhar a cama com ela.
O senhor Liang pediu à esposa paciência. Calma. Vamos resolver isso. O assediador continuou a fazer avanços à bela Fang. Cinco anos, cinco, de assédio implacável! Então o senhor Liang perdeu a paciência e combinou um estratagema: Amanhã, depois de sair para o trabalho, regresso rapidamente, entro pela porta dos fundos e escondo-me debaixo da nossa cama. Quando Yong te assediar, convida-o para o quarto. Deixa o resto comigo.
Assim foi. Yomg, mal viu o vizinho sair, preparou um ramo de peónias e bateu à porta da bela Fang. E ela, com um sorrido delicado, mandou-o entrar. O assediador abraçou-a desalmadamente. Sem boas maneiras, arrastou-a para o quarto. Atirou com aquele corpo divino para a cama. Saltou-lhe para cima sofregamente. Fang aguardava ansiosamente a intervenção do marido mas tal não aconteceu. O assediador levou a intervenção lasciva até ao fim e retirou-se saciado.
A bela Fang, desolada, espreitou para baixo da cama e lá estava o amado marido. Permitiste que aquele monstro me possuísse, meu amado marido Liang? Nada fizeste para proteger a minha honra! E Liang, com um sorriso malandro, respondeu: Fiz sim, urinei nos sapatos dele. Saiu daqui com os pés mijados! A paciência do chinês tem o seu quê de vingança desconcertante.
A China é uma civilização com 4.000 anos de História. Os primeiros documentos escritos chineses datam de 1250 antes de Cristo, Dinastia Shang. O povo chinês nasceu no vale do rio Amarelo (Huang He). O Homo Erectus já vivia nos arredores de Pequim há 460 mil anos (Sinanthropus Pekinensis).
A vingança do chinês não tem limites. O Presidente Xi Jinping foi a Partis e ouviu, com infinita paciência, os desaforos de Macron e da nazi Úrsula von der Leyen. Até lhe deram ordens! Os brancos estão mesmo malucos, coitados. Não há remédio para tanta loucura. A supremacia branca chegou ao fim. Inventaram sistemas de dominação desde o esclavagismo ao colonialismo. Aliviaram a maldade com a Revolução Francesa. Venderam ao aquilo e a metro, Liberdade, Fraternidade e Igualdade. Mas os lucros são para eles. Os cristãos só amam o próximo. Os longínquos que se lixem e vão chamar pai ao outro. Afastem de mim esse cálice!
O Presidente Xi Jinping deixou Paris. Úrsula e Macron comemoraram e nem se aperceberam que o líder chinês lhes urinou nos sapatos. Hoje o Presidente Putin tomou posse e nos próximos seis anos vai desmantelar o que resta do sistema unipolar. Venha o que vier, pior não fica. Já ninguém aguenta a arrogância e crueldade dos supremacistas brancos, desde Helsínquia a Paris, de Washington a Berlim, de Lisboa ao Polo Norte. Sabem que mais? Portugal não se fez representar na tomada de posse do Presidente da Federação Russa. Aquele matraquilho que faz de ministro dos negócios com o estrangeiro até cresceu mais dois centímetros. Já é um matraquilho destacado.
Antes da cimeira entre os EUA e África, ao nível empresarial, o Presidente João Lourenço recebeu em audiência o patrão da empresa Brilhante Co Inc que está no ramo do comércio a retalho de artigos esportivos, equipamentos para o desporto, bicicletas, mais suas peças e acessórios. Não sei quem presta assessoria a sua excelência nesta área, mas no caso de estar acamado com paludismo ou ressaca de uma bebedeira, informo que na área da “Brilhante” os chineses são imbatíveis. Se temos de importar bicicletas e sapatilhas, pelo menos que inundemos o mercado a preços rastejantes e em yuan (Renminbi).
Ontem assistimos em Auschwitz-Birkenau, à35ª Marcha dos Vivos para homenagear as vítimas do Holocausto. Sabem quem libertou os seres humanos que estavam enjaulados nos campos de extermínio nazis? O Exército Vermelho, da União Soviética. Mas ontem o que vimos foi uma manifestação a favor do regime nazi de Telavive.
No momento em que os vivos marchavam, peritos da ONU encontraram uma vala comum na Faixa de Gaza com palestinos que foram enterrados vivos. Pelo menos os nazis matavam nas câmaras de gás. Um pouco de crueldade a menos. Joe Biden, Blinken e Austin comemoraram quando se soube dos enterrados vivos. Os nazis de Telavive estão a trabalhar como previsto. Agora puseram a fugir quase dois milhões de seres humanos que se refugiaram na cidade de Rafah. Tirando os estudantes, pelos vistos nenhum governo do ocidente alargado protesta. Pelo contrário, apoiam o Genocídio na Palestina. Na Marcha dos Vivos, o mesmo apoio!
O Porta-Voz do Presidente da República, jornalista Luís Fernando, emitiu este comunicado: “Vêm circulando, nos últimos dias, na página de avatar Joana Clementina, textos apócrifos cuja autoria é, abusivamente, atribuída ao porta-voz do Presidente da República, Luís Fernando.
Esta atitude de indivíduos com motivações que ferem a ética, a decência moral e indiciam insanidade mental dos seus autores, não só não corresponde à verdade, como demonstra como alguns círculos da nossa sociedade estão determinados em ridicularizar instituições republicanas e destruir a reputação de servidores públicos.
Luís Fernando não precisa recorrer a vocabulário de nível rasteiro nem ao assassinato de carácter para rebater ideias ou contrariar condutas reprováveis. Fazem-no os cobardes, os desprovidos de princípios e os que perseguem fama sem causa”. Luanda, 5 de Maio de 2024.
Eu também fui vítima de um texto apócrifo que serviu de ataque à minha honra profissional, assinado pelo coronel reformado e médico nefrologista, Matadi Daniel. São testemunhas de acusação, um senhor que vive em Alfornelos e um bêbado da valeta. Os sicários da UNITA, numa santa aliança com a Irmandade Africâner, a turma do chefe Miala e os golpistas de 27 de Maio der 1977 andam a morder-me a planta dos pés. Já não conseguem viver de outra forma. Sempre rastejantes, sempre com a cara encostada ao chão.
Mas não me calam. Jamais em tempo algum. Cá nos encontramos todos os dias.
* Jornalista
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