Artur Queiroz*, Luanda
Aristóteles, fundador dos liceus, pai da lógica e mestre de políticos na arte de governar com Justiça, conta que um cavalinho se atirou ao abismo quando soube que tinha acasalado com a égua sua mãe. Mais de dois mil anos depois, asnos da dimensão de Joe Biden, Blinken e Austin querem atirar-se ao abismo da guerra nuclear e ninguém os trava. Pelo contrário, o lulu Macron, o buldogue Sholtz, os répteis que governam a Polónia e os países bálticos querem estatelar-se no abismo da guerra nuclear.
Em plena campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, a esmagadora maioria de candidatos a deputados também quer a guerra na Ucrânia, bem sabendo que pode descambar para o abismo da guerra nuclear. Úrsula von der Leyen quer continuar à frente do cartel europeu, agora aliada abertamente à extrema-direita. O cavalinho de Aristóteles que se suicidou tem alguma desculpa. Mas os políticos do ocidente alargado não. Alguém os convenceu de que se fizerem implodir o planeta Terra, têm um condomínio de luxo à espera nos céus. E não foi o Papa Francisco que lhes meteu isso na cabeça.
Os meus antepassados eram judeus
sefarditas. Compraram ao rei D. Manuel o Couto de Ervededo, na fronteira entre
Portugal e a Galiza. Lá criaram um porto de abrigo para outros perseguidos
pelos reis católicos
Os sucessivos governos de Israel,
particularmente depois dos Acordos de Oslo, decidiram imitar o cavalinho de
Aristóteles. De loucura em loucura aprovaram leis de “apartheid”. Fizeram de um
Estado Democrático e de Direito o “Estado Judeu”. Mesmo sabendo que uma boa
parte dos israelitas não são judeus. Logo aprovaram legislação para meterem os
não judeus
Em Outubro passado, os nazis de Telavive entraram na reta final do suicídio iniciando um genocídio na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Sete meses depois conseguiram o pleno. Assembleia-Geral da ONU condenou Israel. Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de captura contra o primeiro-ministro e o ministro da defesa de Israel. O Tribunal Internacional de Justiça condenou Israel. E os nazis de Telavive correm vertiginosamente para o abismo, como o cavalinho de Aristóteles. Empurrados pelo trio assassino Biden, Blinken e Austin.
O governo de Israel conseguiu o impensável, acabou com o Estado de Israel. Genocídio na Faixa de Gaza, massacres na Cisjordânia, as atrocidades cometidas sobre os milhares de reféns palestinos acabaram com Israel. As leis de apartheid criaram o Estado Judeu. A Humanidade não pode permitir. Mesmo que no Médio Oriente não haja povos com a coragem do Povo Angolano, um país que tem leis de apartheid não pode existir como tal. Os racistas de Pretória foram esmagados. Os de Telavive têm de ser esmagados igualmente.
Ao apostarem todas as fichas no genocídio na Palestina os sionistas liquidaram o Estado de Israel. Já só os loucos defendem a existência de dois estados. Defendem o impossível. A Humanidade não pode aceitar o apartheid na forma de “Estado Judeu”. Não pode aceitar o ódio racial. Israel acabou, ainda que o ocidente alargado e particularmente EUA, Reino Unido e Alemanha façam tudo para ressuscitar o morto. Tarefa impossível.
O Agualusa, com os pezinhos inchados por ter acabado de escrever um parágrafo, deu uma entrevista à agência noticiosa Lusa. Para picar o ponto e justificar os tostões, disse que em Angola e Moçambique, “os partidos que fizeram as independências nunca mais deixaram o poder”. Reparem, “fizeram”. Não diz, conquistaram de armas na mão! O mártir da gramática espera que MPLA e FRELIMO entreguem o poder de novo aos colonialistas. Ou aos dois partidos que andaram a matar civis indefesos ao serviço dos racistas sul-africanos!
O moço do recado ainda não sabe
mas eu hoje estou numa de escuteiro e vou explicar-lhe. A UNITA foi um pelotão
da PIDE. Jonas Savimbi colocou os seus homens armados ao serviço das tropas
portuguesas de ocupação. Lutaram contra a Independência Nacional ao lado dos
colonialistas. Depois do 25 de Abril de
Agualusa, cm os pés sangrando depois de escrever polícia com “u” e burrice com “o”, disse do alto da sua sabedoria: “Era benéfico para o MPLA passar para a oposição”. Já está! Nas eleições de 2027, o partido vai concorrer a líder da oposição. Nada de campanha eleitoral, Nada de propaganda. Os dirigentes e candidatos do “EME” vão usar os tempos de antena para implorarem aos seus eleitores que não vão votar. Por favor, deixem-nos ir para a oposição porque o Agualusa diz que nos faz bem. A nossa Evita Peron vai andar de terra em terra implorando que os eleitores a deixem ser da oposição, único posto que falta no seu currículo.
O problema é que ganha a UNITA e aí não há alternância nenhuma. O Galo Negro ressuscita os colonialistas e os racistas de Pretória. Coloca os antigos donos no poder. A sorte dos angolanos é que um pensador como o Agualusa está sempre pronto a enterrá-los desde que chova dinheiro. Recordem. Este também foi distinguido pelo nosso Peron. Quem tem um Presidente assim não precisa de inimigos. Fica tudo localizado e concentrado no Palácio da Cidade Alta.
Divirtam-se com esta tirada do Agualusa, com os pés martirizados depois de escrever Cultura com um “o” e as mãos sagrando depois de dar lustro ao prémio cultural que João Lourenço mandou entregar ao genial amanuense: “Se o MPLA passasse para a oposição era oportunidade de se purificar, rejuvenescer e renovar. Acredito que uma alternância do poder seria positiva para Angola”. Alternância em Portugal: PS com “D” e PS sem “D”. Alternância nos EUA: Republicanos com D e Democratas com R. Mas todos genocidas. Alternância em Londres: Conservadores Trabalhistas e Trabalhistas Conservadores. Querem mais?
Os restos dos golpistas de 27 de
Maio de 1977 puseram a circular fotos de João Lourenço, José Eduardo dos
Santos, Iko Carreira e Manuel Pedro Pacavira com a legenda “Eu Também Matei no
27 de Maio de
* Jornalista
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