Artur Queiroz*, Luanda
O MPLA faz (9.12) hoje 68 anos de glória. Algumas dezenas de nacionalistas assinaram o manifesto do amplo movimento. Entre eles está o patriarca de quase todos os Queiroz, ramo angolano. Um dos seus filhos mestiços morreu em combate no 4 der Fevereiro de 1961. Os mestiços andam a combater pela Pátria Angolana desde a Redacção do Manifesto do MPA. Os “redactores principais” foram Mário Pinto de Andrade e Viriato da Cruz.
No final do Manifesto do MPLA, tornado público em 10 de Dezembro de 1956, são feitos apelos ao Povo Angolano:
“Lutemos pela coexistência e pela colaboração pacífica entre os povos!
Povo Angolano! Luta pela tua sagrada liberdade!
Povo negro de Angola! Luta pela tua sobrevivência! Pela sobrevivência da raça negra que os colonialistas querem assassinar!
Homens, Mulheres e Jovens de Angola! Lutai pela vossa liberdade! Por um futuro livre, feliz e progressivo para todos!
Viva a luta unida e invencível dos Povos de África e da Ásia contra a opressão colonial e racial!
Viva o invencível Movimento Popular de Libertação de Angola!”
O Invencível está aí, pronto para a luta que agora continua contra os que querem destruir o partido por dentro. Chegou até hoje, triunfante, em perigos e guerras esforçados. Vai viver mais mil anos. Contra João Lourenço, a Vitória É Certa.
O jornal O País pertence à empresa Medianova. Nasceu para ser a medida certa na Imprensa Angolana. Um exemplo de Jornalismo profissional e rigoroso. Hoje mostrou que a corrupção minou a sua Redacção e a sua Direcção.
João Lourenço estraga tudo em que
toca. Transforma outro
“O estado angolano acredita ter sido prejudicado em vários milhões de dólares através de um esquema de corrupção, em que intervieram algumas empresas. Para já, nos próximos dias, o caso deverá marcar as agendas e discussões da política e da sociedade”.
O jornal O País também refere que contra os dois Generais constam as seguintes acusações: Crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influência.
Sobre a Defesa nem uma palavra. Zero. Desde que João Lourenço tomou conta do bocado, já não há o outro lado. Não existe a posição de todas as partes atendíveis. Isso de imparcialidade é truque de branco.
Mais uma paulada mortal na credibilidade do Jornalismo Angolano. Os funcionários do jornal O País esqueceram rapidamente os princípios e valores, os critérios que suportam os conteúdos comunicacionais. Estão ajoelhados aos pés do chefe Miala e seus sequazes. Filho de enfermeiro tem mesmo muito poder!
O Procurador-Geral da República, Pita Grós, fez ontem uma declaração assustadora. Diz que o Ministério Público tem de preservar a sua autonomia. Mas associa esta “autonomia” face aos Juízes de Garantia. Como se os procuradores fossem magistrados judiciais tivessem o estatuto de juízes.
O ajudante do chefe Miala devia saber que os Juízes de Garantia são magistrados judiciais, titulares de órgãos de soberania. Os agentes do Ministério Público são funcionários públicos, nada mais do que isso.
Já lá vai o tempo em que os funcionários do Ministério Público prendiam, acusavam e julgavam. Espero que o chefe Pita Grós não esteja atacado do mal de Joe Biden, demência senil.
Hoje fico por aqui. Vou comemorar o aniversário do MPLA com dois sobreviventes dos tempos da Resistência Popular Generalizada. Muito obrigado ao Camarada Agostinho Neto muito obrigado ao MPLA.
Como diz o Manifesto, “lutemos sob a bandeira do MPLA por um futuro livre, feliz e progressivo para todos!”
* Jornalista
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