segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Portugal-Mundo: Além disso existem os atentos, que não alinham em manipulações. Sim, sim

Bom dia. Este talvez seja o último Curto do Expresso deste ano de 2024 que aqui trazemos ao Página Global. A autora é Mafalda Ganhão, jornalista da chafarica do tio Pinto Balsemão. Desejamos Bom Ano de 2025 (mas como? a todos daquela chafarica e sempre gratos por andarmos a bisbilhotar-vos. Avante Camaradas simpáticos e não néscios. Essa é uma particularidade penosa-gravosa das outras paragens de certos e incertos órgãos de comunicação social. É o que temos. São esses tais órgãos falados que arrasam a língua de Camões atualmente. Há nojentos e nojentas que dizem 'Tamem' em vez de Também, 'Comeque' em vez de Como é que... E a língua de Camões, de Pessoa e de tantos outros portugueses eruditos vai sendo assassinada, destruída, vilipendiada incessantemente quando nos dispomos a ligar a Televisão e ou a Rádio. Esses tais, oportunistas, ditos mui capacitados mas aparentados de calhaus são os criminosos que arrasam a língua portuguesa falada e também escrita. Um nojo que cresce impune e lamentavelmente. Adiante.

A seguir o Curto. Ali trata-se por referência sobre a derrota do Benfica e vitória do Sporting. E mais. Também acerca de Recomeços (isso tem muito que se lhe diga no vocabulário das 'tretas'). Mas sim. Ainda existem bem intencionados que acreditam e exultam o faz-de-conta. E etc. Felicidades? Hem!? Quase todos os natais caem aviões em barda. O mal acontece também na passagem de ano. Todos cheios de alegria e de ilusões... Coitados, morrem ou ficam paraplégicos e afins nas estradas. Mas que alegria. É, não é? Pois. Esta é a triste realidade para muitos portugueses e estrangeiros, milhões pelo mundo. A felicidade vai direitinha para os consumos exagerados e lucros de uns quantos empresários ou até vigaristas do Deus Mercado e da Desvida.

Vamos acabar com esta lenga-lenga realista por aqui. Viva a felicidade fictícia que nos andam há décadas e milénios a impingir. Nas igrejas, nos governos de todo o mundo, em quase todo o lado... 'Dótores'.

Bom dia e um queijo. Chega de vos andar a referir realidades. Mais cegos que os cegos são aqueles que não querem ver, sistematicamente.

Adeus.  Até ao primeiro de Janeiro e seguintes. Tudo igual ou pior iremos testemunhar. Queiramos ou não, devido a alinharem e ficarem amorfos.

O Curto já a seguir. Caprichemo-nos e aperaltemo-nos (como na figura em baixo) para o réveillon da felicidade fictícia que por aí vendem às carradas. Além disso existem os atentos, que não alinham em manipulações. Sim, sim.

António Veríssimo | Redação PG

SOBRE RECOMEÇOS

Mafalda Ganhão, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia,
E que seja boa a semana que hoje começa.

Adoramos recomeços. É da natureza humana, está-nos no sangue celebrar o que se reinventa, o que renasce ou o que traz consigo a promessa do que há-de vir. Adoramos recomeços, talvez por conterem o poder de nos dar força e esperança quando os finais nos parecem insuportáveis. Ou porque são vitórias pessoais, triunfos contra as adversidades, qualquer que seja a sua natureza. Recomeçar não é garantia de chegar a melhor porto, mas tem a dimensão galvanizante da viagem.

Somos felizes quando acreditamos e o entusiasmo pelos 'reveillon' não deve ser alheio a esta lógica, traduzida na chegada de um ano novinho em folha, cheio de sonhos e oportunidades. Com maior ou menor originalidade, damos por nós a fazer planos para passar a meia-noite, cheios de pressa de ver pelas costas os doze meses anteriores, na convicção cor-de-rosa de que os próximos doze vão ser melhores, ou disfarçando com taças de espumante e uvas passas o medo do que eles nos reservam.

E quando fomos realmente felizes? Quando ao despedirmo-nos do velho ano estivermos a dizer adeus à nossa mais recente memória de tempos bons, sem a certeza de haver repetição? Não devíamos ter a mesma capacidade de celebrar o que passou? De fazer um brinde ao que já vivemos, independentemente de termos à espera algo melhor?

2024 está a chegar ao fim e talvez este não tenha sido um ano bom. Fecha ainda com duas guerras, muitas incertezas e sofrimento humano, receio de transformações políticas que ponham em risco o que nos atrevemos a dar por garantido. No caso concreto da Europa, como escreve Henrique Burnay, são grandes os problemas a enfrentar nos próximos tempos: a paz e segurança, a economia e a viabilidade política. Tudo verdade. Mas sabemos de onde partimos, o que não é de desprezar na hora de traçar metas e fixar prioridades. Queremos um ano melhor? Trabalhemos para ele ao invés de apenas o sonhar. Celebremos os bons exemplos, onde possam assentar os recomeços que são necessários para a humanidade renascer. Jimmy Carter, que morreu este domingo, recebeu o Prémio Nobel da Paz “por décadas de esforço incansável para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, fazer progredir a democracia e os direitos humanos e promover o desenvolvimento económico e social”. Um lembrete de que, qualquer que seja a viagem, o que está para vir depende sempre (também) de nós.

Outras notícias

Acidente aéreo na Coreia do Sul. Depois do avião da Azerbaijan Airlines que, na quarta-feira, caiu no Cazaquistão, provavelmente atingido por um míssil russo (38 mortos), o ano encerra com outro acidente aéreo, com consequências ainda mais trágicas: 179 vítimas mortais. Um avião da operadora de baixo custo Jeju Air incendiou-se quando aterrava num aeroporto na Coreia do Sul. A aeronave, que voltava de Banguecoque, na Tailândia saiu da pista antes de colidir com um muro no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste do país. Apenas dois ocupantes sobreviveram. Entretanto, as caixas-negras do avião que caiu no Cazaquistão vão ser enviadas para o Brasil. Os dois acidentes vieram pesar nas estatísticas e fechar o ano com um saldo negativo, quando os números registados até este domingo não o faziam prever. “O ano acaba absolutamente negro.”

20 combatentes palestinianos mortos em assalto a hospital de Gaza. O exército israelita declarou ter matado cerca de 20 combatentes palestinianos durante o assalto a um hospital no norte da Faixa de Gazaque, segundo o exército, era utilizado como "centro de comando" pelo movimento Hamas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ação deixou inoperacional o hospital Kamal Adwan, a última unidade ainda em funcionamento no norte do território palestiniano.

Mais insegurança? A culpa será do primeiro-ministro. Pedro Nuno Santos diz que Luís Montenegro será o responsável no caso de a insegurança em Portugal aumentar. Assim escreveu num post na rede social X, onde o secretário-geral do Partido Socialista também se referiu à operação policial que ocorreu no Martim Moniz, em Lisboa, considerando-a “uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes”, mas que é vista pela direita como a “chave para a segurança dos portugueses”.

Amnistia. O bispo de Setúbal, Américo Aguiar, exortou este domingo os deputados a equacionarem uma amnistiano contexto do Jubileu de 2025 da Igreja Católica e do 50º aniversário do 25c de abril. Numa mensagem escrita com o título “Esperança e Misericórdia”, o bispo lembra a que ocorreu por ocasião das Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em 2023 com a presença do Papa Francisco.

Vitória verde. Estreia feliz para o treinador Rui Borges, com o Sporting a sair vencedor no dérbi contra o Benfica. Um golo chegou para selar a vitória (1-0), marcado por Geny Catamo.

Frases

“Se Portugal é um dos países mais seguros do mundo, é porque os diferentes governos do Partido Socialista o permitiram. Aliás, o PS sempre foi mais eficaz a garantir a segurança dos portugueses.”
Pedro Nuno Santos, líder do PS , na rede social X.

“Fez o PSD regressar ao poder e é hoje o político mais influente em Portugal. ”
Luís Marques Mendes, sobre Luís Montenegro, no habitual espaço decomentário na SIC .

O que ando a ler

“Surrender: 40 músicas, uma história”, Bono

“Nasci com um coração excêntrico.” Começa assim a autobiografia de Bono Vox, estrela maior dos U2, e a afirmação é mais literal do que possa parecer. Descreve a condição cardíaca que quase custou a vida ao cantor em 2016: duas válvulas em vez de três. O ponto de partida para o livro que - não tendo sido uma prenda de natal para mim - acabou na minha mesa de cabeceira.

Se gosto da banda? Sim, cresci com os seus êxitos e aprendi a conhecer-lhe os detalhes por influência conjugal, mas gosto ainda mais de autobiografias. Esta é uma leitura ainda no início, mas jé deu para perceber que é conduzida mais por Paul David Hewson (o verdadeiro nome de Bono) do que pelo vocalista da famosa banda irlandesa enquanto figura pública. Além disso, mistura a honestidade do relato com uma boa dose de sentido de humor.

Podcasts a ouvir

Os telemóveis com teclas estão de novo a ganhar adeptos. Serão básicos, quando comparados com a modernidade e funcionalidades dos smartphones, mas as suas vendas estão a crescer sobretudo entre os jovens. Paulo Baldaia conversou com a Joana Pereira Bastos, que escreveu sobre este regresso e este é o tema do podcast Expresso da Manhã desta segunda-feira.

As prestações da casa estão a baixar rapidamente, porque as taxas Euribor estão a baixar também mais do que o previsto, o que está a criar um "problema" a quem aderiu à taxa fixa em 2022 e 2023, quando as prestações atingiram um pico insustentável. O resultado é estarem agora "agarrados" a uma prestação muito mais alta do que quem se manteve na taxa variável. Há solução? Pedro Andersson explica no Contas Poupança de hoje.

Termina aqui este Expresso Curto. Vale a pena acompanhar os nossos Exclusivos e seguir as sugestões Boa Cama Boa Mesa. Quanto à atualidade, como é habitual encontra-a no Expresso e na SIC, ficando as notícias do desporto por conta da Tribuna e as novidades musicais (e não só) sob a batuta da Blitz.

Tenha uma boa segunda-feira, voltamos amanhã.

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