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Mário Soares entende que Portugal não tem de estar «sempre de chapéu na mão e ser subserviente em relação à «troika"» e frisa que há muita coisa para além da dívida.
Na universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, esta sexta-feira, o histórico socialista começou por dizer que não pretendia dar lições sobre o passado, porque o que interessa é o futuro.
«Portugal, com a ajuda de uma nova União Europeia que seja solidária e mais igualitária, vai sair da crise sem que seja necessário chegarmos aos extremismos que preconiza essa "troika" que veio para cá», disse, mostrando uma visão optimista.
O fundador do maior partido da oposição sublinhou que o país não pode estar subserviente em relação à "troika" sem ter em conta que as realidades político-sociais e que as realidades económico-financeiras estão mutáveis».
Disse ainda que Portugal não tem de estar «sempre de chapéu na mão» perante a "troika", que «afinal são os tipos dos mercados».
O ex-Presidente da República criticou também as privatizações, precisamente numa iniciativa do partido que defende essa solução.
«Portugal tem condições humanas e naturais para crescer e vai consegui-lo, sem alienar - como alguns querem - o seu património, vendendo-o por "tuta e meia", até a empresas nacionalizadas no estrangeiro», considerou.
A plateia social-democrata não se sentiu ofendida, ouviu as histórias e opiniões do fundador do PS e, no final, Duarte marques, presidente da JSD, comentou: «Hoje percebemos porque é que durante tantos anos houve muita gente que dizia que "Soares é fixe"».
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