O secretário-geral do PS acusou o Governo de fazer um «assalto violento» às funções sociais do Estado, considerando «inaceitável» as últimas medidas anunciadas para o sector.
«O mais grave de toda esta situação é este assalto violento que está a ser feito às funções sociais do Estado. Isto é intolerável e é inaceitável. Estão a dar cabo da classe média em Portugal», disse.
António José Seguro falava aos jornalistas em Campo Maior, Portalegre, à margem de uma visita às Festas do Povo que decorrem naquela vila alentejana até domingo.
«Quando se pedem sacrifícios aos portugueses, os sacrifícios têm que ser repartidos de forma equitativa, isto é, quem tem mais, quem ganha mais, deve contribuir mais para esta situação de emergência nacional. Não é isso que o Governo está a fazer», sublinhou.
Para o líder do PS, o Governo, ao criar um imposto sobre o subsídio de Natal, «está apenas a ir buscar dinheiro» aos pensionistas, aos reformados e às pessoas que vivem do rendimento do seu trabalho.
«Porque é que uma pessoa que ganha 600 euros perde 50 por cento do seu subsídio de Natal e uma pessoa que recebe juros ou que joga na bolsa ou que recebe lucros não contribui com nada para este esforço nacional? Isto não é aceitável».
António José Seguro condenou os cortes anunciados em áreas como a Saúde e Educação, considerando que essas medidas não passam de cortes cegos.
«A brutalidade destas novas medidas nas áreas da Saúde e da Educação são inaceitáveis. É altura de o Governo parar, não fazer cortes cegos e pensar nas pessoas», opinou.
O líder do PS exige que o Governo de coligação «cumpra aquilo que prometeu aos portugueses», considerando ainda um «exagero» as medidas anunciadas recentemente.
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