Antigo Presidente da República diz que é «urgente adotar novas medidas» ao nível do emprego
O ex-Presidente da República Mário Soares defendeu esta quinta-feira que a prioridade dos políticos europeus deve ser o combate ao desemprego e à recessão e só depois «as coisas que têm a ver com a troika e a austeridade».
As posições do fundador do PS foram assumidas em declarações à agência Lusa e à TSF à margem de uma sessão de apresentação de um livro na Fundação Mário Soares.
O também antigo primeiro-ministro disse concordar com as palavras do Presidente da República, Cavaco Silva, que no seu discurso do 10 de Junho defendeu que os níveis de desemprego em diversos países europeus irão tornar-se socialmente insustentáveis e que é urgente adotar novas medidas de emprego à escala nacional e à escala europeia.
«Concordo, isso é absolutamente verdade e realmente é preciso que haja da parte daqueles que são dirigentes perceber que o mais importante é lutar contra o desemprego, a seguir lutar contra a recessão e depois vêm as coisas que têm a ver com a troika e com a austeridade», disse Soares.
Já questionado sobre se a Grécia pode vir a abandonar a Zona Euro, o socialista deu uma resposta bem-humorada aos jornalistas.
«Não sei, não sou profeta, vai ter a paciência de esperar até domingo e vai saber», afirmou.
Empréstimo a Espanha vai levar a mais intervenções
Soares disse ainda que «a Europa está parada» e que o empréstimo à Espanha vai levar a intervenções noutros países, defendendo que as eleições gregas e francesas podem ser importantes para «mudar o sistema».
«Neste momento não é caso para dizer isso, vamos ver o que se vai passar nos sítios críticos, visto que esta semana vamos ter duas eleições no final desta semana que são muito importantes, a primeira é a eleição francesa [segunda volta das legislativas], a segunda é a eleição grega, estamos a ver o que se vai passar e eu acredito que se encontre uma solução, mas realmente a situação é muito difícil», afirmou.
Para Mário Soares, uma boa consequência destes dois atos eleitorais seria «mudar o sistema» de «capitalismo de casino em que os mercados é que mandam nos Estados».
«[Isto] é coisa que nunca pode levar a bom lugar, vai levar sempre a um desastre», atirou.
O antigo chefe de Estado disse que a Europa «está mesmo à beira de um precipício» e que «um pequeno empurrão» a faz «cair lá para baixo, o que é muito grave».
Soares considerou que a seguir ao «problema [empréstimo de 100 mil milhões de euros] de Espanha, que é o maior de todos», vai seguir-se «também o problema italiano».
Questionado sobre se acha que a linha de crédito à banca espanhola vai levar a outras intervenções, Mário Soares respondeu: «Está a levar, está já a levar, a Itália e todos os países, toda a Europa está parada perante o que está a acontecer».
As posições do fundador do PS foram assumidas em declarações à agência Lusa e à TSF à margem de uma sessão de apresentação de um livro na Fundação Mário Soares.
O também antigo primeiro-ministro disse concordar com as palavras do Presidente da República, Cavaco Silva, que no seu discurso do 10 de Junho defendeu que os níveis de desemprego em diversos países europeus irão tornar-se socialmente insustentáveis e que é urgente adotar novas medidas de emprego à escala nacional e à escala europeia.
«Concordo, isso é absolutamente verdade e realmente é preciso que haja da parte daqueles que são dirigentes perceber que o mais importante é lutar contra o desemprego, a seguir lutar contra a recessão e depois vêm as coisas que têm a ver com a troika e com a austeridade», disse Soares.
Já questionado sobre se a Grécia pode vir a abandonar a Zona Euro, o socialista deu uma resposta bem-humorada aos jornalistas.
«Não sei, não sou profeta, vai ter a paciência de esperar até domingo e vai saber», afirmou.
Empréstimo a Espanha vai levar a mais intervenções
Soares disse ainda que «a Europa está parada» e que o empréstimo à Espanha vai levar a intervenções noutros países, defendendo que as eleições gregas e francesas podem ser importantes para «mudar o sistema».
«Neste momento não é caso para dizer isso, vamos ver o que se vai passar nos sítios críticos, visto que esta semana vamos ter duas eleições no final desta semana que são muito importantes, a primeira é a eleição francesa [segunda volta das legislativas], a segunda é a eleição grega, estamos a ver o que se vai passar e eu acredito que se encontre uma solução, mas realmente a situação é muito difícil», afirmou.
Para Mário Soares, uma boa consequência destes dois atos eleitorais seria «mudar o sistema» de «capitalismo de casino em que os mercados é que mandam nos Estados».
«[Isto] é coisa que nunca pode levar a bom lugar, vai levar sempre a um desastre», atirou.
O antigo chefe de Estado disse que a Europa «está mesmo à beira de um precipício» e que «um pequeno empurrão» a faz «cair lá para baixo, o que é muito grave».
Soares considerou que a seguir ao «problema [empréstimo de 100 mil milhões de euros] de Espanha, que é o maior de todos», vai seguir-se «também o problema italiano».
Questionado sobre se acha que a linha de crédito à banca espanhola vai levar a outras intervenções, Mário Soares respondeu: «Está a levar, está já a levar, a Itália e todos os países, toda a Europa está parada perante o que está a acontecer».
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