Eduardo dos Santos declara-se"feliz" por ter sido escolhido pelo povo angolano
03 de Setembro de 2012, 11:36
Luanda, 03 set (Lusa) - O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, mostrou-se no domingo à noite "feliz" pela vitória do seu partido nas eleições gerais em Angola, que lhe garante a eleição automática para a Presidência da República.
"Estou feliz por ter sido escolhido pelo povo angolano", disse José Eduardo dos Santos, citado pela agência Angop, num encontro no jardim da Cidade Alta, em Luanda, junto à Presidência angolana, com o Movimento Nacional Espontâneo, ligado ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência do país.
No encontro, marcado para celebrar os 70 anos do Presidente angolano, assinalados no dia 28 de agosto, José Eduardo dos Santos prometeu "fazer e usar todas as forças" para executar o programa que o seu partido apresentou ao eleitorado para os próximos cinco anos.
PRS duvida dos resultados divulgados pela CNE
03 de Setembro de 2012, 13:31
Luanda, 03 set (Lusa) - O Partido de Renovação Social (PRS), quarta força mais votada nas eleições gerais angolanas de sexta-feira, duvida dos resultados provisórios divulgados até agora pela Comissão Nacional, que lhe atribui 1,72 por cento, quase metade do alcançado há quatro anos.
A posição do PRS, que em 2008 foi a terceira força mais votada, com 204.746 votos, tendo elegido oito deputados, foi apresentada em conferência de imprensa pelo secretário-geral, Benedito Daniel.
O PRS está a efetuar uma contagem paralela dos resultados a partir das atas e relatórios dos seus representantes nas mesas de voto.
"O nosso resultado em termos de percentagem ultrapassa, de longe, os resultados que a CNE divulgou até agora", disse Benedito Daniel, remetendo uma posição final desta formação política, depois da divulgação final dos resultados.
Segundo os mais recentes resultados provisórios das eleições, divulgados pela CNE às 19:36 de domingo, o PRS totaliza até agora 90.277 votos, correspondentes a apenas 1,72 por cento.
Benedito Daniel considerou que o processo que conduziu às eleições gerais de 31 de agosto "esteve muito minado".
"Tudo indicava para aquilo que todos vimos no dia 31 de agosto: prazos não observados, cadernos errados, insuficientes, delegados não credenciados, eleitores deslocados para votar muito longe das suas áreas de residência, votação sem cadernos eleitorais, enfim, um conjunto de irregularidades propositadas", apontou.
"Há, portanto, razões substanciais para colocar em dúvida os resultados eleitorais", concluiu.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, ganhou as eleições gerais em Angola com 72,24 por cento dos votos, segundo dados provisórios divulgados no domingo pela CNE, quando faltavam contabilizar pouco mais de cinco por cento dos votos.
A União Nacional Para a Independência Total de Angola (UNITA) conseguia 18,47 dos votos, enquanto a Convergência Ampla para a Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) concentrava 5,91 por cento.
NME.
Escrutínio foi "o possível dentro do padrão das experiências das democracias africanas" -- FNLA
03 de Setembro de 2012, 13:35
Luanda, 03 set (Lusa) - As eleições gerais de 31 de agosto em Angola foram um "plebiscito" e "as possíveis dentro do padrão das experiências das democracias africanas", disse hoje em Luanda o líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA).
Lucas Benghy Ngonda, que leu uma declaração à imprensa sobre o resultado do escrutínio, considerou ainda que, à semelhança de 2008, as eleições de 31 de agosto "foram revestidas de um caráter plebiscitário ao sistema vigente e para a consolidação de um estado democrático e de direito".
"Para a consolidação de uma verdadeira democracia em Angola", todas as forças políticas "têm de lutar contra a cristalização de uma democracia plebiscitária, cujos vencedores são sempre aqueles que detém o poder, porque têm todos os instrumentos de manipulação nas mãos", declarou.
Todavia, Lucas Ngonda aceita a vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência, em 1975, considerando representar a "escolha soberana" dos angolanos.
"Embora não estejamos satisfeitos com a natureza destes resultados, aceitamo-los para continuarmos com a reconstrução de Angola na paz e na harmonia nacional", frisou.
Nesse sentido, e considerando ser "um dever como patriotas e angolanos", Lucas Ngonda e a FNLA felicitam o MPLA e José Eduardo dos Santos pela vitória eleitoral, concluindo esperar que essa vitória "sirva para repensar Angola como pátria de todos os angolanos".
Não houve direito a perguntas após a leitura da declaração.
A FNLA, partido histórico fundado por Holden Roberto, que iniciou a luta armada de libertação nacional, tem vindo progressivamente a perder representatividade junto do eleitorado por via de conflitos internos e o aparecimento de outras formações partidárias.
Em 2008, a FNLA totalizou 71.416 votos, correspondendo a 1,11 por cento elegendo três deputados.
Segundo os últimos resultados provisórios, divulgados às 19:36 de domingo pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a FNLA totaliza 56.083 votos (1,07 por cento), quando faltam apurar cerca de 2.300 das 25.359 mesas de voto.
O MPLA, no poder desde a independência, ganhou as eleições gerais em Angola com 72,24 por cento dos votos, segundo os dados provisórios da CNE.
A União Nacional Para a Independência Total de Angola (UNITA) conseguia 18,47 dos votos, enquanto a Convergência Ampla para a Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) concentrava 5,91 por cento.
EL.
UNITA está a fazer contagem paralela dos votos e anuncia declaração final para breve
03 de Setembro de 2012, 13:57
Luanda, 03 set (Lusa) - A UNITA, segundo partido mais votado nas eleições gerais de sexta-feira em Angola, anunciou hoje que está a proceder a uma contagem paralela dos votos e que vai fazer uma declaração final sobre o escrutínio, em data a marcar.
"A UNITA está a acompanhar atentamente a divulgação dos resultados provisórios pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e a seu tempo fará um pronunciamento sobre os mesmos", lê-se num comunicado divulgado hoje.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acrescenta que está a proceder a uma "contagem paralela", com base em cópias de atas das operações eleitorais assinadas pelos representantes dos partidos nas mesas de voto.
O objetivo é comparar os dados obtidos com os dados da CNE.
"No geral, a UNITA manifesta a sua preocupação com a discrepância notória entre o número de eleitores registados e o número de votantes confirmados, até a presente data da divulgação dos resultados provisórios, que não podem caber na única designação de abstenção", salientou.
Nas legislativas de 2008, a UNITA elegeu 16 deputados, tendo então obtido 670.363 votos (10,39 por cento).
Segundo os últimos resultados provisórios, divulgados às 19:36 de domingo pela CNE, a UNITA totaliza até ao momento 967.278 votos (18,47 por cento).
Os mesmos dados indicam que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, ganhou as eleições com 72,24 por cento dos votos, enquanto a Convergência Ampla para a Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) concentrava 5,91 por cento, em terceiro lugar.
EL.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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