segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Angola: PARTIDOS NOVA DEMOCRACIA E CPO EM EXTINÇÃO

 


Bernardino Manje – Jornal de Angola – foto Paulo Mulaza
 
Se a tendência se mantiver na contagem dos votos das eleições gerais de 31 de Agosto, as coligações CPO, FUMA e ND-UE e o partido PAPOD correm o risco de extinção, por imperativos legais.

A legislação eleitoral angolana estabelece que todo o partido ou coligação de partido concorrente às eleições que não conseguir alcançar pelo menos 0,5 por cento do total dos votos é extinto. Esta é a situação em que, até ao momento, se encontram as formações políticas atrás referidas.

Até à tarde de ontem, tinham sido escrutinadas 85,30 por cento do total de mesas de voto e o CPO tinha alcançado apenas 0,08 por cento, abaixo da FUMA e do PAPOD com 0,12 por cento. Quem também parece não estar livre da extinção é a ND-UE, que alcançou apenas 0,19 por cento do total de votos. A coligação de Quintino de Moreira está muito longe de repetir a proeza das eleições legislativas de 2008 quando conseguiu eleger dois deputados.

Quem já está livre da extinção é o PRS e a FNLA, que têm 1,74 e 1,04 por cento, respectivamente. No entanto, quer o partido de Eduardo Kuangana quer o de Lucas Ngonda devem ver reduzido o número de deputado no próximo Parlamento, a favor da coligação CASA-CE, de Abel Chivukuvuku, que se encontra na terceira posição, com 5,60 por cento.

MPLA com maioria

O MPLA continuava a liderar os resultados provisórios actualizados na tarde de ontem. O partido no poder tinha alcançado 72,85 correspondentes a 3.553.656 de votos. A UNITA vinha logo a seguir com 18,22 por cento e a CASA-CE com 5,60%. As posições seguintes foram ocupadas pelo PRS com 1,74, FNLA (1,04), ND-UE (0,19), (PAPOD (0,12), FUMA (0,12) e CPO (0,08).

O MPLA vencia em todas as províncias, incluindo em Luanda, a maior praça eleitoral, onde obteve 58,24 por cento do total de votos, seguido da UNITA, com 25,41 por cento e da CASA-CE com 13,66 por cento. Com excepção da FNLA (1,01 por cento), nenhuma outra das cinco formações políticas conseguiu pelo menos um por cento dos votos.

Na Huíla, segunda maior praça eleitoral, o MPLA teve 84,23 por cento, a UNITA 9,03 e a CASA-CE 4,70 por cento. Em Benguela, terceira maior praça, o posicionamento é o mesmo, estando o MPLA com 73,72 por cento dos votos, seguido da UNITA e a CASA-CE com 20,05 e 4, 57 por cento, respectivamente.

O MPLA foi arrasador na província do Cunene, onde com 96,80 por cento das mesas escrutinadas, conseguiu 92,37 por cento do total de votos. A UNITA obteve apenas 4,92 por cento e a CASA-CE 1,52 por cento. O Kwanza-Norte é a única província onde a coligação CASA-CE conseguiu a segunda posição. O MPLA obteve 88,31 por cento, a coligação de Abel Chivukuvuku teve 4,98 por cento e a UNITA ficou com 3,66 por cento dos votos.

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