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Nova Iorque, 12 nov
(Lusa) - O Brasil foi hoje eleito para um mandato de três anos no Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas, juntamente com Estados Unidos, Alemanha,
Venezuela, Paquistão, Costa do Marfim, Estónia, Japão, Quénia, Montenegro,
Coreia do Sul e Serra Leoa.
Na eleição na
Assembleia Geral das Nações Unidas, o Brasil foi o país mais votado para os
três lugares disponíveis no bloco sul-americano, com 184 votos, à frente da
Argentina e da Venezuela.
Os três países vão
substituir a partir de janeiro o México, Cuba e Uruguai.
Numa avaliação dos
países candidatos, a ONG "UN Watch" classificou o Brasil como
"apto" para o mandato no Conselho, baseado em Genebra, tendo em conta
diferentes "rankings" internacionais sobre o respeito dos Direitos
Humanos.
Isto apesar de o
seu histórico de votações na ONU sobre Direitos Humanos ser "misto",
a liberdade de imprensa ser limitada (ranking Freedom House) e de ser
qualificado como um "regime autoritário" pela revista The Economist.
Além da Venezuela,
causou polémica a eleição de países como o Paquistão, Cazaquistão, Costa do
Marfim, Etiópia, Gabão e Emirados Árabes Unidos, que segundo a UN Watch
"sistematicamente violam os Direitos Humanos dos seus cidadãos".
Estes países
"votam também de forma consistente em sentido oposto iniciativas da ONU
para proteger os Direitos Humanos de outros", afirmou o diretor executivo
da UN Watch, Hillel Neuer, que liderou uma coligação de 40 ONG que apelaram a
Washington e Bruxelas para se oporem às candidaturas da Venezuela e Paquistão.
Também eleitos
foram os Estados Unidos, Alemanha e Irlanda, ficando pelo caminho Grécia e
Suécia no bloco ocidental.
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