segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Guiné-Bissau: EMPRESÁRIOS PORTUGUESES, DELEGADO RTP, MILITARES DA NIGÉRIA

 


Governo de transição da Guiné-Bissau diz que empresários portugueses são "parceiros preferenciais"
 
12 de Novembro de 2012, 13:30
 
Bissau, 12 nov (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau considera que os empresários portugueses "são os parceiros preferenciais" para o país e garante "todo o apoio" aos que quiserem investir localmente.
 
"Entendemos que são os parceiros preferenciais para a Guiné-Bissau, por uma questão da língua, porque falamos a mesma língua, e temos uma cultura similar. Há muitas coisas que nos unem e tornam tudo mais fácil", defendeu hoje o porta-voz do Governo e ministro da Presidência, Fernando Vaz.
 
Falando após uma reunião com um grupo de empresários portugueses que quer investir na Guiné-Bissau, Fernando Vaz disse que diariamente o Governo recebe pessoas interessadas em investir no país e acrescentou: "Aos portugueses particularmente, por serem nossos irmãos, nós abrimos as portas e daremos todo o apoio. Sem nenhuma hipocrisia, quando tivermos de dizer que fizeram mal continuaremos a dizer."
 
Governo de transição da Guiné-Bissau à espera de novo delegado da RTP
 
12 de Novembro de 2012, 15:50
 
Bissau, 12 nov (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau aguarda um novo delegado da RTP para o país e vai aceitá-lo "sem nenhum problema", depois de ter insistido para que o anterior jornalista da televisão pública portuguesa deixasse o país.
 
Fernando Gomes, até agora delegado da RTP em Bissau, deixou o país no fim de semana, depois de o Governo de transição ter enviado duas cartas à administração da televisão pública no sentido de que o jornalista abandonasse a Guiné-Bissau.
 
"O Governo tem um acordo com Portugal e o papel da RTP-África não é o papel de uma instituição política. É o de uma instituição para a divulgação e consolidação da língua portuguesa e de uma instituição de comunicação. Confundiu-se um bocadinho o que é a atividade preconizada para a abertura da RTP com a posição política do Governo português", justificou hoje o porta-voz do executivo de transição, Fernando Vaz.
 
Fernando Vaz, também ministro da Presidência do Conselho de Ministros no Governo de transição, assinou as duas cartas a pedir a saída de Fernando Gomes.
 
Hoje disse aos jornalistas que o Governo quer a continuidade da RTP, desde que "cumprindo os caminhos para os quais foi criada", que diga o que o Governo faz de bem e de mal e que "não invente e não crie cenários que não existem".
 
Fernando Gomes começou por ser criticado pelo chefe das Forças Armadas, António Indjai, que há cerca de dois meses disse que o delegado da RTP se devia ir embora.
 
Quer o chefe das Forças Armadas quer o atual Governo consideram que o delegado da RTP tem sido hostil ao novo regime saído do golpe de Estado de 12 de abril.
 
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
O primeiro-ministro e Presidente depostos partiram depois para Portugal.
 
Em maio foi criado um Governo de transição que não é reconhecido por grande parte da comunidade internacional, Portugal incluído.
 
FP // HB.
 
Nigéria vai enviar mais militares para a Guiné-Bissau, diz Presidente de transição
 
12 de Novembro de 2012, 19:00
 
Bissau, 12 nov (Lusa) - Um novo contingente de militares nigerianos vai reforçar a força da ECOMIB (missão da Comunidade dos Estados da África Ocidental) estacionada em Bissau na sequência do golpe de Estado de abril, declarou hoje o Presidente de transição guineense.
 
Serifo Nhamadjo, que não precisou a envergadura do novo contingente nem a data da chegada a Bissau, falava no aeroporto de Bissau para fazer o balanço da sua participação numa cimeira extraordinária da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) na Nigéria.
 
De acordo com Serifo Nhamadjo, a cimeira "deu orientações" para que o contingente nigeriano reforce os militares do Senegal, Togo e Burkina-Faso que integram a ECOMIB, estacionada em Bissau desde maio passado.
 
A cimeira, realizada na cidade nigeriana de Abuja, congratulou-se com os passos já dados no quadro do processo de transição na Guiné-Bissau, mas reiterou a necessidade de haver "mais inclusão das partes beligerantes", assinalou o Presidente guineense.
 
De acordo com Serifo Nhamadjo, a cimeira felicitou o facto de finalmente o Parlamento guineense ir reunir-se, já que desde o golpe de Estado nunca mais houve sessão plenária, devido a divergências entre os principais partidos.
 
"A CEDEAO congratulou-se com a convocação dos trabalhos do Parlamento. Informámos os parceiros que a sessão plenária está marcada para o dia 15, também informámos sobre o andamento do diálogo interno. É imperativo que todas as forças da Guiné-Bissau dialoguem e analisem o problema da Guiné-Bissau que não pode ser analisado apenas por um grupo, cada um deve dar a sua quota-parte", revelou Serifo Nhamadjo.
 
O Presidente de transição guineense admitiu que mesmo com o fim de vigência da atual legislatura, no dia 22, o mandato do Parlamento pode ser prorrogado à luz do Pacto de Transição firmado pela maioria de partidos políticos e pelos militares autores do golpe de Estado.
 
Nhamadjo disse também que a cimeira mandatou o presidente da comissão da CEDEAO, Desire Ouedragou, para iniciar diligências junto da União Africana para que aquela organização levante sanções contra a Guiné-Bissau.
 
"Convidaram-se outras organizações, nomeadamente a União Europeia e as Nações Unidas para que façam o mesmo", referiu ainda Nhamadjo.
 
MB //JMR.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
 

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