Família oferece
recompensa pela localização de pilotos sul-africanos desaparecidos em
Moçambique
12 de Novembro de
2012, 13:04
Maputo 12 nov
(Lusa) - A família de dois pilotos sul-africanos, pai e filho, desaparecidos no
final de outubro em Moçambique está a oferecer uma recompensa pela sua
localização, após os meios de busca oficiais terem abandonado as operações, foi
hoje anunciado.
O avião em que
viajavam os dois homens, Bryan Simms, e o seu filho, Robert, desapareceu no dia
28 de outubro quando fazia a rota Maláui-Joanesburgo e depois de comunicar
problemas com um motor.
A avioneta, do tipo
Baron 58, poderá ter tentado uma aterragem de emergência na região da
Gorongosa, província de Sofala, mas uma operação de busca aérea, com meios
moçambicanos e sul-africanos, não a conseguiu localizar e foi suspensa no dia
03 de novembro.
Agora, a família
dirigiu um apelo aos camponeses da região para estarem atentos a eventuais
destroços e sinais dos dois ocupantes, oferecendo uma recompensa de cinco mil
dólares (3,9 mil euros) por qualquer informação credível.
A avioneta
regressava à África do Sul depois de ter estado ao serviço da Cruz Vermelha e
de outras organizações humanitárias no Sudão.
LAS // HB
Novos preços de
"chapas" vigoram a partir de quinta-feira em Maputo e Matola
12 de Novembro de
2012, 13:14
Maputo, 12 nov
(Lusa) - Os municípios de Maputo e da Matola, no sul de Moçambique, anunciaram
hoje a entrada em vigor de novos preços de viagem no transporte rodoviário, a
partir de quinta-feira, declarando-se preparados para "qualquer
perturbação da ordem".
Em conferência de
imprensa realizada hoje em Maputo, os vereadores dos Transportes de Maputo,
João Matlombe, e da Matola, Lucas Nhaca, anunciaram a subida de cinco meticais
(0,13 cêntimos de euro) para sete meticais (0,18 cêntimos de euro) o preço de
viagem nos autocarros do Estado e de 7,5 (0,2 cêntimos de euro) para nove
meticais (0,24 cêntimos de euro) no transporte público dos operadores privados.
"A situação de
transporte em Maputo e Matola é crítica. Era necessário encontrar uma solução
que garantisse a sustentabilidade financeira dos transportadores, mas tendo em
conta a estrutura dos salários que se pagam no país", afirmou João
Matlombe, esclarecendo as razões por detrás do aumento.
Governo moçambicano
convida brasileiros a dinamizarem agricultura
12 de Novembro de
2012, 14:16
Maputo, 12 nov
(Lusa) - O Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique (CPI) convidou
hoje em Maputo os empresários brasileiros a apostarem na industrialização da
agricultura moçambicana.
O diretor do CPI,
Lourenço Sambo, destacou o enorme potencial agro-ecológico de Moçambique,
durante um encontro com 12 empresários brasileiros, representantes de 60
empresas, que se encontram no país, para uma missão de prospeção de negócios.
"Temos zonas
agro-ecológicas bem definidas e temos que produzir para reduzir o défice de
alimentos no país, que não faz sentido com as potencialidades existentes",
enfatizou Lourenço Sambo.
O diretor do CPI
assinalou que os investidores estrangeiros, incluindo os brasileiros, podem
ajudar a aumentar a participação do setor comercial na produção global da
agricultura, atualmente dependente do setor familiar.
"Neste
momento, o setor agrícola é dominado por produtores familiares, que detêm 97
por cento da produção, enquanto apenas três por cento pertencem ao setor
comercial", afirmou Lourenço Sambo.
Segundo o diretor
do CPI, Moçambique tem potencial de investimento agrícola no Vale do Limpopo, província
de Gaza, e no Corredor de Maputo, sul de Moçambique, bem como nos corredores da
Beira, centro, e Nacala, Lichinga e Pemba, no norte.
Moçambique dispõe
de cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, dos quais apenas cinco
milhões são explorados, indicou Lourenço Sambo.
Por seu turno, o
ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Moçambique, Paulo Jopperth,
considerou que a cooperação com Moçambique tem sido marcada por um maior fluxo
nos últimos anos, principalmente no campo económico.
"Os dois
países, que já têm muitos laços históricos, vêm encontrando a cada dia novos
interesses comuns e oportunidades de cooperação, trabalho conjunto e
desenvolvimento integrado, sendo o começo dos investimentos parte essencial
desta nova etapa das nossas relações", afirmou Paulo Jopperth.
PMA //JMR.
Governo incentiva
consumo e venda de gado para compensar fome no centro de Moçambique
12 de Novembro de
2012, 14:29
Chimoio,
Moçambique, 12 nov (Lusa) - Responsáveis da agricultura em Tete, centro de
Moçambique, estão a incentivar a população a consumir e vender gado para suprir
o défice de cereais onde há bolsas de fome, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Américo Conceição,
diretor provincial da Agricultura de Tete, disse que as condições ecológicas e
climatéricas favorecem a produção pecuária nos distritos a sul de Tete, pelo
que se incentiva a venda do gado, para preencher a fraca produção de cereais em
Changara, Mutarara e Cahora Bassa.
"O sul (da
província de Tete) tem potencial pecuário, e estamos a incentivar as pessoas a
venderem o gado (bovino e caprino) para a compra de cereais, que são trazidos
por comerciantes das zonas com excedentes", disse Lusa Américo Conceição,
sem indicar o número de pessoas em crise.
Para facilitar a
venda do gado, o setor da agricultura em Tete potenciou a abertura, ano
passado, de duas feiras pecuárias, em Marara e Mágoè, onde os criadores expõem
os produtos para uma venda mais equilibrada e justa.
Entretanto persiste
o dogma entre a população de não vender e consumir a carne do gado, cujo
consumo é popularmente associado a problemas sexuais.
Através do Fundo de
Desenvolvimento Distrital, alocado pelo Governo, as autoridades estão a
financiar a comercialização agrícola, para que os "comerciantes importem
cereais de zonas com excedentes" agrícolas. Também estão a promover
culturas alternativas e resistentes à seca nas zonas afetadas.
"Promovemos
culturas de curto ciclo, incluindo um tipo de milho adaptado, além da mandioca
e inhame. Mas estamos a incentivar que as famílias construam represas, para
conservação da água para irrigação. A outra política é incentivar a segunda
época agrícola", disse Américo Conceição.
Em 2011, sete
distritos da província de Tete, nomeadamente Changara, Mutarara, Magoe, Cahora
Bassa, Chiúta, Moatize e a cidade de Tete, enfrentaram um grave problema de
défice alimentar, resultante da perda de vários hectares de culturas diversas
na sequência da falta de chuvas, naquela colheita agrícola.
Estatísticas das
autoridades agrícolas indicam que a produção de cereais na província supera as
necessidades de consumo em cerca de 100.743 toneladas, ou seja, a província
consome 333.499 toneladas de cereais contra uma da produção estimada em 434.242
toneladas, faltando uma política da cadeia de produção, que facilite o
"escoamento para zonas famintas".
Dados do
Departamento de Economia da Direcção Provincial da Agricultura indicam que 90%
de terra arável, constituída por de 9.805.481 milhões de hectares do potencial
agrícola de Tete, encontram-se concessionados às empresas envolvidas na
pesquisa e exploração de vários recursos minerais.
AYAC // HB
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