terça-feira, 13 de novembro de 2012

Moçambique: DESAPARECIDOS, “CHAPAS” MAIS CAROS, BRASILEIROS CONVIDADOS, FOME

 


Família oferece recompensa pela localização de pilotos sul-africanos desaparecidos em Moçambique
 
12 de Novembro de 2012, 13:04
 
Maputo 12 nov (Lusa) - A família de dois pilotos sul-africanos, pai e filho, desaparecidos no final de outubro em Moçambique está a oferecer uma recompensa pela sua localização, após os meios de busca oficiais terem abandonado as operações, foi hoje anunciado.
 
O avião em que viajavam os dois homens, Bryan Simms, e o seu filho, Robert, desapareceu no dia 28 de outubro quando fazia a rota Maláui-Joanesburgo e depois de comunicar problemas com um motor.
 
A avioneta, do tipo Baron 58, poderá ter tentado uma aterragem de emergência na região da Gorongosa, província de Sofala, mas uma operação de busca aérea, com meios moçambicanos e sul-africanos, não a conseguiu localizar e foi suspensa no dia 03 de novembro.
 
Agora, a família dirigiu um apelo aos camponeses da região para estarem atentos a eventuais destroços e sinais dos dois ocupantes, oferecendo uma recompensa de cinco mil dólares (3,9 mil euros) por qualquer informação credível.
 
A avioneta regressava à África do Sul depois de ter estado ao serviço da Cruz Vermelha e de outras organizações humanitárias no Sudão.
 
LAS // HB
 
Novos preços de "chapas" vigoram a partir de quinta-feira em Maputo e Matola
 
12 de Novembro de 2012, 13:14
 
Maputo, 12 nov (Lusa) - Os municípios de Maputo e da Matola, no sul de Moçambique, anunciaram hoje a entrada em vigor de novos preços de viagem no transporte rodoviário, a partir de quinta-feira, declarando-se preparados para "qualquer perturbação da ordem".
 
Em conferência de imprensa realizada hoje em Maputo, os vereadores dos Transportes de Maputo, João Matlombe, e da Matola, Lucas Nhaca, anunciaram a subida de cinco meticais (0,13 cêntimos de euro) para sete meticais (0,18 cêntimos de euro) o preço de viagem nos autocarros do Estado e de 7,5 (0,2 cêntimos de euro) para nove meticais (0,24 cêntimos de euro) no transporte público dos operadores privados.
 
"A situação de transporte em Maputo e Matola é crítica. Era necessário encontrar uma solução que garantisse a sustentabilidade financeira dos transportadores, mas tendo em conta a estrutura dos salários que se pagam no país", afirmou João Matlombe, esclarecendo as razões por detrás do aumento.
 
Governo moçambicano convida brasileiros a dinamizarem agricultura
 
12 de Novembro de 2012, 14:16
 
Maputo, 12 nov (Lusa) - O Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique (CPI) convidou hoje em Maputo os empresários brasileiros a apostarem na industrialização da agricultura moçambicana.
 
O diretor do CPI, Lourenço Sambo, destacou o enorme potencial agro-ecológico de Moçambique, durante um encontro com 12 empresários brasileiros, representantes de 60 empresas, que se encontram no país, para uma missão de prospeção de negócios.
 
"Temos zonas agro-ecológicas bem definidas e temos que produzir para reduzir o défice de alimentos no país, que não faz sentido com as potencialidades existentes", enfatizou Lourenço Sambo.
 
O diretor do CPI assinalou que os investidores estrangeiros, incluindo os brasileiros, podem ajudar a aumentar a participação do setor comercial na produção global da agricultura, atualmente dependente do setor familiar.
 
"Neste momento, o setor agrícola é dominado por produtores familiares, que detêm 97 por cento da produção, enquanto apenas três por cento pertencem ao setor comercial", afirmou Lourenço Sambo.
 
Segundo o diretor do CPI, Moçambique tem potencial de investimento agrícola no Vale do Limpopo, província de Gaza, e no Corredor de Maputo, sul de Moçambique, bem como nos corredores da Beira, centro, e Nacala, Lichinga e Pemba, no norte.
 
Moçambique dispõe de cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, dos quais apenas cinco milhões são explorados, indicou Lourenço Sambo.
 
Por seu turno, o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Moçambique, Paulo Jopperth, considerou que a cooperação com Moçambique tem sido marcada por um maior fluxo nos últimos anos, principalmente no campo económico.
 
"Os dois países, que já têm muitos laços históricos, vêm encontrando a cada dia novos interesses comuns e oportunidades de cooperação, trabalho conjunto e desenvolvimento integrado, sendo o começo dos investimentos parte essencial desta nova etapa das nossas relações", afirmou Paulo Jopperth.
 
PMA //JMR.
 
Governo incentiva consumo e venda de gado para compensar fome no centro de Moçambique
 
12 de Novembro de 2012, 14:29
 
Chimoio, Moçambique, 12 nov (Lusa) - Responsáveis da agricultura em Tete, centro de Moçambique, estão a incentivar a população a consumir e vender gado para suprir o défice de cereais onde há bolsas de fome, disse hoje à Lusa fonte oficial.
 
Américo Conceição, diretor provincial da Agricultura de Tete, disse que as condições ecológicas e climatéricas favorecem a produção pecuária nos distritos a sul de Tete, pelo que se incentiva a venda do gado, para preencher a fraca produção de cereais em Changara, Mutarara e Cahora Bassa.
 
"O sul (da província de Tete) tem potencial pecuário, e estamos a incentivar as pessoas a venderem o gado (bovino e caprino) para a compra de cereais, que são trazidos por comerciantes das zonas com excedentes", disse Lusa Américo Conceição, sem indicar o número de pessoas em crise.
 
Para facilitar a venda do gado, o setor da agricultura em Tete potenciou a abertura, ano passado, de duas feiras pecuárias, em Marara e Mágoè, onde os criadores expõem os produtos para uma venda mais equilibrada e justa.
 
Entretanto persiste o dogma entre a população de não vender e consumir a carne do gado, cujo consumo é popularmente associado a problemas sexuais.
 
Através do Fundo de Desenvolvimento Distrital, alocado pelo Governo, as autoridades estão a financiar a comercialização agrícola, para que os "comerciantes importem cereais de zonas com excedentes" agrícolas. Também estão a promover culturas alternativas e resistentes à seca nas zonas afetadas.
 
"Promovemos culturas de curto ciclo, incluindo um tipo de milho adaptado, além da mandioca e inhame. Mas estamos a incentivar que as famílias construam represas, para conservação da água para irrigação. A outra política é incentivar a segunda época agrícola", disse Américo Conceição.
 
Em 2011, sete distritos da província de Tete, nomeadamente Changara, Mutarara, Magoe, Cahora Bassa, Chiúta, Moatize e a cidade de Tete, enfrentaram um grave problema de défice alimentar, resultante da perda de vários hectares de culturas diversas na sequência da falta de chuvas, naquela colheita agrícola.
 
Estatísticas das autoridades agrícolas indicam que a produção de cereais na província supera as necessidades de consumo em cerca de 100.743 toneladas, ou seja, a província consome 333.499 toneladas de cereais contra uma da produção estimada em 434.242 toneladas, faltando uma política da cadeia de produção, que facilite o "escoamento para zonas famintas".
 
Dados do Departamento de Economia da Direcção Provincial da Agricultura indicam que 90% de terra arável, constituída por de 9.805.481 milhões de hectares do potencial agrícola de Tete, encontram-se concessionados às empresas envolvidas na pesquisa e exploração de vários recursos minerais.
 
AYAC // HB
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana