Timor-Leste
celebrou aniversário do Massacre de Santa Cruz e o Dia Nacional da Juventude
13 de Novembro de
2012, 14:06
O dia 12 de
Novembro foi marcado pelo dia nacional da juventude e o aniversário do Massacre
de Santa Cruz, em várias partes da cidade de Dili, relembrando os cerca de 270
jovens que perderam a vida nesse dia, em 1991.
O dia começou com uma missa na igreja de Motael, seguindo-se depois a inauguração dum monumento frente à igreja com uma imagem que ficou para a história de um, dos muitos rapazes, que tinha sido atingido por uma bala, apesar de a obra não estar ainda concluída.
Seguiu-se uma marcha até ao cemitério de Santa Cruz a fim de colocar uma coroa de flores.
Segundo a CJITL, quase 3 mil pessoas participaram na comemoração do dia do massacre, incluindo membros do Governo e deputados.
Durante a noite, os jovens juntaram-se no Ginágio Matahari Terbit (GMT) em Díli para assistirem ao teatro colossal alusivo à história de Timor-Leste, a sua luta pela independência.
Após o teatro, o vice-primeiro ministro timorense Fernando de Araújo
SAPO TL com CJITL
MNE Timor-Leste
satisfeito com apoio a saída da agenda do Conselho Segurança
13 de Novembro de
2012, 09:06
Nova Iorque, 13 nov
(Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste congratulou-se
segunda-feira à noite com o apoio recebido no Conselho de Segurança à retirada
do país da agenda do organismo da ONU para manutenção da paz internacional.
"Não queremos
mais estar na agenda do Conselho Segurança e os países [membros] disseram
claramente que aceitam a nossa posição", afirmou à agência Lusa José Luis
Guterres após o debate, provavelmente o último, no órgão da ONU, em Nova Iorque.
Ao longo da tarde
de segunda-feira, o chefe da diplomacia timorense foi ouvindo elogios à
manutenção da estabilidade e condução do processo eleitoral de 2012 e à relação
mantida com a missão da ONU do país.
Obteve também apoio
à proposta de uma "relação inovadora" entre a ONU e Timor-Leste após
o fim do mandato da UNMIT, sem componente de segurança ou política e centrada
no reforço das capacidades institucionais e ajuda ao desenvolvimento.
O Reino Unido
alertou para a necessidade de "vigilância sobre os progressos
timorenses", ao nível da ONU, e que as "quedas em conflito podem ser
súbitas".
Philip Parham,
representante adjunto britânico na ONU, sugeriu mesmo que o secretariado
mantenha o Conselho de Segurança informado sobre "sinais de aviso" ao
nível da segurança, através de relatórios de um enviado especial ou sessões de
avaliação de risco futuro pelo Departamento de Assuntos Políticos.
Guterres admite que
alguns países sigam "individualmente" Timor-Leste a este nível, mas
rejeita qualquer envolvimento do Conselho.
"A nossa
posição é clara: Timor-Leste não deve ser mais inscrito na agenda", disse
José Luis Guterres à Lusa.
Admite apenas
regressar ao Conselho para uma última reunião, com o fim de discutir algum
assunto pendente ou "estudar bem a experiência de sucesso da missão da ONU
em Timor e como se pode aplicar criativamente noutras operações manutenção de
paz".
"Se é precisa
[uma reunião] para nós darmos a nossa contribuição, partilhando experiências
positivas e negativas, o sucesso que tivemos estes anos, estaremos sempre
dispostos", acrescentou.
Guterres manifesta
ainda a intenção de contribuir para operações de manutenção de paz da ONU e
mesmo de "dar um contributo modesto para o desenvolvimento dos países
menos desenvolvidos", dando como exemplo um donativo de um milhão de
dólares prometido ao Haiti pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
Após o fim da
UNMIT, a ONU deverá manter um "escritório-país" em Dili, responsável
pela coordenação da ajuda ao desenvolvimento e projetos de capacitação
institucional, conforme pretendem as autoridades timorenses.
O presidente em
exercício do Conselho de Segurança, o diplomata indiano Hardeep Puri, sublinhou
a consonância em relação aos progressos alcançados por Timor-Leste e à
capacidade do país para garantir a sua própria segurança.
Na reunião
estiveram presentes alguns dos principais parceiros timorenses, como o Brasil,
cuja embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti considerou "um marco
histórico" para Timor-Leste a realização de eleições e transição de poder,
a par de "progressos sustentados na segurança", crescimento
económico, desenvolvimento e infraestruturas.
"Nesta nova
fase na vida Timor-Leste, é essencial que a comunidade internacional e a ONU
continuem a cooperar com os timorenses para consolidar os resultados positivos
obtidos na segurança e construção de capacidade institucional.", disse
Viotti.
O Brasil
"continuará a aprofundar laços históricos" com o país, nomeadamente
na agricultura, educação, justiça e segurança, adiantou.
PDF // ARA.
Portugal apela a
apoio a Timor-Leste após redução da presença da ONU
13 de Novembro de
2012, 07:25
Nova Iorque, 12 nov
(Lusa) - O embaixador de Portugal nas Nações Unidas, Moraes Cabral, apelou hoje
no Conselho de Segurança da ONU à manutenção do apoio internacional ao
desenvolvimento de Timor-Leste, após a redução da presença da organização no
país.
Num debate sobre a
situação em Timor-Leste, o diplomata português defendeu que o país é "um
caso de sucesso do seu povo, das autoridades, da Democracia e dos Direitos
Humanos" e também ao nível da ONU e da cooperação internacional .
Moraes Cabral
sublinhou também as eleições bem sucedidas no verão passado e o plano conjunto
de transição do Governo e da missão da ONU (UNMIT).
As principais
tarefas da UNMIT serão no futuro assumidas pelas autoridades timorenses,
isoladamente ou em articulação com parceiros internacionais, e o país tem
demonstrado capacidade neste processo, disse.
"Concentrar
esforços e recursos numa equipa-país e no Plano das Nações Unidas para o
Desenvolvimento não pode diminuir envolvimento da comunidade
internacional", defendeu Moraes Cabral.
Portugal, adiantou,
continuará "a fazer tudo ao seu alcance" para continuar a apoiar
Timor-Leste no caminho do progresso da paz, estabilidade e Democracia".
O Governo timorense
pretende uma "relação de trabalho inovadora com a ONU após o fim da UNMIT,
centrada na capacitação das instituições estatais e ajuda ao desenvolvimento e
recolheu apoio unânime do Conselho.
O representante da
ONU em Díli, Finn Reske-Nielsen, disse, na reunião de hoje, que Timor
"ainda enfrenta muitos desafios", mas que não precisa de uma missão
de manutenção de paz.
"O fim da
operação de manutenção de paz é justificado pelo sucesso do cumprimento das
metas críticas", que passaram pela manutenção da estabilidade, cumprimento
do programa de transição, realização de eleições e formação de novo Governo,
disse Nielsen.
Baso Sangqu,
embaixador sul-africano que preside à comissão para a consolidação da paz em
Timor-Leste e esteve recentemente no país, defendeu que Timor-Leste é uma
"história de sucesso" e defendeu que deve ser retirado da agenda do
Conselho de Segurança.
"O Governo não
quer estar na agenda do Conselho de Segurança, quer uma parceria inovadora com
a ONU, focada no desenvolvimento e fortalecimento institucional", disse o
diplomata.
O representante de
Timor-Leste, José Luís Guterres, afirmou que o país está na agenda do Conselho
desde dezembro de 1975 e que, muitas reuniões e resoluções depois, é
"possível dizer que o augusto organismo da ONU cumpriu com sucesso a sua
obrigação e mandato".
PDF // ARA.
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