terça-feira, 13 de novembro de 2012

Timor-Leste: MASSACRE 21, SAÍDA DO CS DA ONU, PORTUGAL PEDE POR TIMOR

 


Timor-Leste celebrou aniversário do Massacre de Santa Cruz e o Dia Nacional da Juventude
 
13 de Novembro de 2012, 14:06
 
O dia 12 de Novembro foi marcado pelo dia nacional da juventude e o aniversário do Massacre de Santa Cruz, em várias partes da cidade de Dili, relembrando os cerca de 270 jovens que perderam a vida nesse dia, em 1991.


O dia começou com uma missa na igreja de Motael, seguindo-se depois a inauguração dum monumento frente à igreja com uma imagem que ficou para a história de um, dos muitos rapazes, que tinha sido atingido por uma bala, apesar de a obra não estar ainda concluída.

Seguiu-se uma marcha até ao cemitério de Santa Cruz a fim de colocar uma coroa de flores.

Segundo a CJITL, quase 3 mil pessoas participaram na comemoração do dia do massacre, incluindo membros do Governo e deputados.

Durante a noite, os jovens juntaram-se no Ginágio Matahari Terbit (GMT) em Díli para assistirem ao teatro colossal alusivo à história de Timor-Leste, a sua luta pela independência.

Após o teatro, o vice-primeiro ministro timorense Fernando de Araújo La Sama disse que o futuro da nação estará nas mãos dos jovens e que deverão continuar a viver com o espírito nacionalista.

SAPO TL com CJITL

 
MNE Timor-Leste satisfeito com apoio a saída da agenda do Conselho Segurança
 
13 de Novembro de 2012, 09:06
 
Nova Iorque, 13 nov (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste congratulou-se segunda-feira à noite com o apoio recebido no Conselho de Segurança à retirada do país da agenda do organismo da ONU para manutenção da paz internacional.
 
"Não queremos mais estar na agenda do Conselho Segurança e os países [membros] disseram claramente que aceitam a nossa posição", afirmou à agência Lusa José Luis Guterres após o debate, provavelmente o último, no órgão da ONU, em Nova Iorque.
 
Ao longo da tarde de segunda-feira, o chefe da diplomacia timorense foi ouvindo elogios à manutenção da estabilidade e condução do processo eleitoral de 2012 e à relação mantida com a missão da ONU do país.
 
Obteve também apoio à proposta de uma "relação inovadora" entre a ONU e Timor-Leste após o fim do mandato da UNMIT, sem componente de segurança ou política e centrada no reforço das capacidades institucionais e ajuda ao desenvolvimento.
 
O Reino Unido alertou para a necessidade de "vigilância sobre os progressos timorenses", ao nível da ONU, e que as "quedas em conflito podem ser súbitas".
 
Philip Parham, representante adjunto britânico na ONU, sugeriu mesmo que o secretariado mantenha o Conselho de Segurança informado sobre "sinais de aviso" ao nível da segurança, através de relatórios de um enviado especial ou sessões de avaliação de risco futuro pelo Departamento de Assuntos Políticos.
 
Guterres admite que alguns países sigam "individualmente" Timor-Leste a este nível, mas rejeita qualquer envolvimento do Conselho.
 
"A nossa posição é clara: Timor-Leste não deve ser mais inscrito na agenda", disse José Luis Guterres à Lusa.
 
Admite apenas regressar ao Conselho para uma última reunião, com o fim de discutir algum assunto pendente ou "estudar bem a experiência de sucesso da missão da ONU em Timor e como se pode aplicar criativamente noutras operações manutenção de paz".
 
"Se é precisa [uma reunião] para nós darmos a nossa contribuição, partilhando experiências positivas e negativas, o sucesso que tivemos estes anos, estaremos sempre dispostos", acrescentou.
 
Guterres manifesta ainda a intenção de contribuir para operações de manutenção de paz da ONU e mesmo de "dar um contributo modesto para o desenvolvimento dos países menos desenvolvidos", dando como exemplo um donativo de um milhão de dólares prometido ao Haiti pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
 
Após o fim da UNMIT, a ONU deverá manter um "escritório-país" em Dili, responsável pela coordenação da ajuda ao desenvolvimento e projetos de capacitação institucional, conforme pretendem as autoridades timorenses.
 
O presidente em exercício do Conselho de Segurança, o diplomata indiano Hardeep Puri, sublinhou a consonância em relação aos progressos alcançados por Timor-Leste e à capacidade do país para garantir a sua própria segurança.
 
Na reunião estiveram presentes alguns dos principais parceiros timorenses, como o Brasil, cuja embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti considerou "um marco histórico" para Timor-Leste a realização de eleições e transição de poder, a par de "progressos sustentados na segurança", crescimento económico, desenvolvimento e infraestruturas.
 
"Nesta nova fase na vida Timor-Leste, é essencial que a comunidade internacional e a ONU continuem a cooperar com os timorenses para consolidar os resultados positivos obtidos na segurança e construção de capacidade institucional.", disse Viotti.
 
O Brasil "continuará a aprofundar laços históricos" com o país, nomeadamente na agricultura, educação, justiça e segurança, adiantou.
 
PDF // ARA.
 
Portugal apela a apoio a Timor-Leste após redução da presença da ONU
 
13 de Novembro de 2012, 07:25
 
Nova Iorque, 12 nov (Lusa) - O embaixador de Portugal nas Nações Unidas, Moraes Cabral, apelou hoje no Conselho de Segurança da ONU à manutenção do apoio internacional ao desenvolvimento de Timor-Leste, após a redução da presença da organização no país.
 
Num debate sobre a situação em Timor-Leste, o diplomata português defendeu que o país é "um caso de sucesso do seu povo, das autoridades, da Democracia e dos Direitos Humanos" e também ao nível da ONU e da cooperação internacional .
 
Moraes Cabral sublinhou também as eleições bem sucedidas no verão passado e o plano conjunto de transição do Governo e da missão da ONU (UNMIT).
 
As principais tarefas da UNMIT serão no futuro assumidas pelas autoridades timorenses, isoladamente ou em articulação com parceiros internacionais, e o país tem demonstrado capacidade neste processo, disse.
 
"Concentrar esforços e recursos numa equipa-país e no Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento não pode diminuir envolvimento da comunidade internacional", defendeu Moraes Cabral.
 
Portugal, adiantou, continuará "a fazer tudo ao seu alcance" para continuar a apoiar Timor-Leste no caminho do progresso da paz, estabilidade e Democracia".
 
O Governo timorense pretende uma "relação de trabalho inovadora com a ONU após o fim da UNMIT, centrada na capacitação das instituições estatais e ajuda ao desenvolvimento e recolheu apoio unânime do Conselho.
 
O representante da ONU em Díli, Finn Reske-Nielsen, disse, na reunião de hoje, que Timor "ainda enfrenta muitos desafios", mas que não precisa de uma missão de manutenção de paz.
 
"O fim da operação de manutenção de paz é justificado pelo sucesso do cumprimento das metas críticas", que passaram pela manutenção da estabilidade, cumprimento do programa de transição, realização de eleições e formação de novo Governo, disse Nielsen.
 
Baso Sangqu, embaixador sul-africano que preside à comissão para a consolidação da paz em Timor-Leste e esteve recentemente no país, defendeu que Timor-Leste é uma "história de sucesso" e defendeu que deve ser retirado da agenda do Conselho de Segurança.
 
"O Governo não quer estar na agenda do Conselho de Segurança, quer uma parceria inovadora com a ONU, focada no desenvolvimento e fortalecimento institucional", disse o diplomata.
 
O representante de Timor-Leste, José Luís Guterres, afirmou que o país está na agenda do Conselho desde dezembro de 1975 e que, muitas reuniões e resoluções depois, é "possível dizer que o augusto organismo da ONU cumpriu com sucesso a sua obrigação e mandato".
 
PDF // ARA.
 

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