Marta Cerqueira – i
online, com Lusa
No dia de greve
geral, marcada para a próxima quarta-feira, o sector dos transportes parece ser
um dos mais afectados.
Em Lisboa, o metro
vai estar fechado e vão estar a circular 11 carreiras de autocarro da Carris, a
funcionar a 50% do horário de Verão e assegurados por trabalhadores não
aderentes à greve, se os houver. Esta foi uma decisão do tribunal, já
contestada pela Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Quanto às ligações
fluviais, o tribunal arbitral decidiu ainda definir uma lista de 40 circulações
obrigatórias, que ligam o Cais do Sodré ao Montijo, ao Seixal, a Cacilhas e ao
Barreiro.
Várias companhias
aéreas anunciaram já que vão cancelar voos que estavam previstos para
quarta-feira. A ANA, empresa que gere os aeroportos portugueses, recomenda aos
passageiros que confirmem todos os voos marcados para 14 de Novembro.
Ao contrário do que
tem acontecido nas últimas greves gerais, não estará aberta uma estação de
correios aberta em cada município do país, estando a trabalhar com serviços
mínimos muito reduzidos. No dia 14, vai apenas funcionar a distribuição de
telegramas, de vales postais da Segurança Social e de correspondência que
“titule prestações por encargos familiares ou substitutivas de rendimentos de
trabalho”, desde que devidamente identificada.
Concentrações
promovidas pela CGTP
A greve geral de
quarta-feira, convocada pela CGTP, terá impacto em pelo menos 12 distritos do
país nos quais estão agendadas 39 concentrações, algumas das quais vão culminar
em desfiles de protesto.
Aveiro, Beja,
Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Viana do Castelo, Vila Real,
Viseu, Açores e Madeira são, de acordo com a informação facultada à Lusa pela
CGTP, distritos onde trabalhadores, desempregados e pensionistas poderão
mostrar nas ruas o protesto que levou à marcação da grevegeral. Em Lisboa, está
marcada uma concentração para as 14:30, na praça do Rossio.
A greve geral, a
segunda desde que Arménio Carlos assumiu a liderança da Intersindical, tem como
lema "Contra a Exploração e o Empobrecimento, Mudar de Política - Por um
Portugal com Futuro".
"Esta não é
uma grevesó de protesto, é sobretudo uma grevede propostas alternativas para o
país", disse Arménio Carlos na altura, lembrando que a central sindical
apresentou recentemente um conjunto de propostas alternativas às medidas de
austeridade que o Governo tem vindo a apresentar.
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