terça-feira, 13 de novembro de 2012

Portugal: PARCEIROS SOCIAIS SEM ILUSÕES PARA REUNIÃO COM A TROIKA

 

TSF
 
A troika recebe hoje os parceiros sociais, na véspera da greve geral. Sindicatos e patrões admitem não ter grandes expectativas quanto ao resultado das propostas que pretendem apresentar.
 
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirma que vai voltar a apresentar alternativas aos termos negociados entre Portugal e os credores. O dirigente sindical admite, no entanto, que não tem grandes ilusões quanto ao resultado das propostas.
 
«Vamos transmitir-lhes diretamente que nós temos alternativas e temos soluções que não passam pelo memorando da troika, soluções que passam pelo futuro do país. (...) Não há grandes expectativas a ter porque estes representantes da troika não vêm cá propriamente para ouvir. Vêm cá para tentar continuar a impôr e, acima de tudo, a terem um papel de subserviência da parte do Governo português», declara Arménio Carlos.
 
Pela UGT, João Proença também não tem ilusões. O secretário-geral da central sindical afirma que não é dos parceiros sociais que depende uma mudança de atitude da troika.
 
«O que era fundamental era que o Governo perante a troika assumisse uma atitude firme de defesa dos interesses nacionais ew não uma atitude permanente de dizer sim ou até apoiar-se na troika para ir mais além nas medidas de austeridade», sublinha João Proença.
 
Pelo lado dos patrões, João Vieira Lopes da Confederação do Comércio (CCP) diz que vai sublinhar a necessidade de renegociar os termos do resgate, sabendo, no entanto, que os interlocutores que nesta altura estão em lisboa não mais farão que tomar nota.
 
«Estes representantes da troika são funcionários de segunda ou terceira linha e não têm grande margem de autonomia para tomar decisões a não ser em questões de pormenor. O que iremos insistir é na visão que temos, neste momento, da situação. Primeiro, que o plano de ajustamento falhou nos seus parâmetros essenciais», «têm toda a lógica ser renegociado» e é preciso «tentar perceber porque é que ele falhou», declara João Vieira Lopes.
 
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