TSF
A troika recebe
hoje os parceiros sociais, na véspera da greve geral. Sindicatos e patrões
admitem não ter grandes expectativas quanto ao resultado das propostas que
pretendem apresentar.
O secretário-geral
da CGTP, Arménio Carlos, afirma que vai voltar a apresentar alternativas aos
termos negociados entre Portugal e os credores. O dirigente sindical admite, no
entanto, que não tem grandes ilusões quanto ao resultado das propostas.
«Vamos transmitir-lhes
diretamente que nós temos alternativas e temos soluções que não passam pelo
memorando da troika, soluções que passam pelo futuro do país. (...) Não há
grandes expectativas a ter porque estes representantes da troika não vêm cá
propriamente para ouvir. Vêm cá para tentar continuar a impôr e, acima de tudo,
a terem um papel de subserviência da parte do Governo português», declara
Arménio Carlos.
Pela UGT, João
Proença também não tem ilusões. O secretário-geral da central sindical afirma
que não é dos parceiros sociais que depende uma mudança de atitude da troika.
«O que era
fundamental era que o Governo perante a troika assumisse uma atitude firme de
defesa dos interesses nacionais ew não uma atitude permanente de dizer sim ou
até apoiar-se na troika para ir mais além nas medidas de austeridade», sublinha
João Proença.
Pelo lado dos
patrões, João Vieira Lopes da Confederação do Comércio (CCP) diz que vai
sublinhar a necessidade de renegociar os termos do resgate, sabendo, no
entanto, que os interlocutores que nesta altura estão em lisboa não mais farão
que tomar nota.
«Estes
representantes da troika são funcionários de segunda ou terceira linha e não
têm grande margem de autonomia para tomar decisões a não ser em questões de
pormenor. O que iremos insistir é na visão que temos, neste momento, da
situação. Primeiro, que o plano de ajustamento falhou nos seus parâmetros
essenciais», «têm toda a lógica ser renegociado» e é preciso «tentar perceber
porque é que ele falhou», declara João Vieira Lopes.
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