População da
província de Luanda levanta dificuldades a preparativos de recenseamento geral
17 de Janeiro de
2013, 14:54
Luanda, 17 jan
(Lusa) - Residentes na província de Luanda estão a dificultar a organização do
recenseamento previsto para 2014, ao confundir os agentes recenseadores com
fiscais, agredindo-os, disse hoje em Luanda o supervisor do Recenseamento Geral
da População e da Habitação (RGPH).
Segundo Osvaldo
Mendonça, que falava à imprensa sobre o ponto em que se encontra a organização
do censo, as dificuldades são sobretudo sentidas no atual processo de
ordenamento cartográfico, com inacessibilidade nalgumas ruas de Luanda,
particularmente nos condomínios.
As dificuldades são
especialmente sentidas nas áreas do Kikuxi, Zango e Belas. Segundo aquele
responsável, a população não está inteirada do que é o censo populacional, pelo
que dificultam o trabalho dos agentes do RGPH, "partindo às vezes para a
agressão".
"Muitas
pessoas pensam que aparecemos na sua residência para demolir e tornam-se
agressivos", frisou.
O processo de
atualização cartográfica iniciou-se em maio de 2012 deverá estar concluído em
fevereiro.
Nesta primeira
contagem de pessoas e casas após a independência, o momento exato do censo será
a 16 de maio de 2014.
A última contagem
de pessoas e casas em Angola é do período colonial e foi feita em 1970, tendo
apurado 5,6 milhões de habitantes, contra os poucos mais de 3,7 milhões
recenseados no penúltimo recenseamento, realizado em 1940.
A guerra civil
angolana impediu a realização de operações deste tipo e as tentativas levadas a
cabo entre 1983 e 1987 não foram consideradas, por não terem abrangido todo o território
nacional nem obedecido aos princípios e recomendações internacionais para este
tipo de contagem, estabelecidos pelas Nações Unidas.
Relativamente aos
resultados do Censo de 2013, as autoridades angolanas preveem recensear cerca
de 21 milhões de pessoas.
EL // PJA
Províncias
angolanas do Cunene, Uíge e Malange estão a ser as mais assoladas com surto de
cólera
17 de Janeiro de
2013, 15:35
Luanda, 17 jan
(Lusa) - As províncias angolanas do Cunene (sul), Uíge e Malange (norte), são
atualmente as que apresentam mais casos de cólera, potenciados pela época de
chuvas em curso, com 213 casos desde o início do ano, disse hoje à Lusa fonte
sanitária.
Segundo o
epidemiologista Eusébio Manuel, de entre aqueles 213 casos, foram registados
três óbitos, todos na província de Malange.
A província de
Luanda registou nas duas primeiras semanas deste ano apenas quatro casos.
A cólera em Angola
tem vindo progressivamente a diminuir desde a epidemia de 2006, que então
provocou 2.773 mortos entre os 69.476 casos registados.
A queda acentuou-se
no período 2007-2010, quando passou dos 18.390 casos para 1955, com o número de
óbitos a decair dos 515, registados em 2007, para 45, em 2010.
Em 2011, o número
de vítimas voltou a aumentar e os óbitos dispararam: 183 mortos em 2.296 casos,
tendo-se registado uma ligeira descida em 2012, que apresentou 135 óbitos entre
os 2.198 casos confirmados.
A taxa de
mortalidade da cólera em 2012 foi de 6 por cento, inferior à do ano anterior,
que foi de 8 por cento.
EL // PJA
Mali e
acontecimentos na Argélia fora da agenda de encontro Presidente Comissão
Africana e José Eduardo dos Santos
18 de Janeiro de
2013, 11:15
Luanda, 18 jan
(Lusa) - A situação no Mali e os acontecimentos de quinta-feira na Argélia não
foram abordados especificamente no encontro de hoje em Luanda entre a
presidente da Comissão Africana e o chefe de Estado angolano.
Segundo Nkosazana
Dlamini-Zuma, que efetuou hoje uma visita de trabalho de horas a Luanda, no
encontro foi debatida a situação no continente e a próxima cimeira da União
Africana (UA), que decorrerá entre os próximos dias 21 e 28, em Adis Abeba.
"Era
importante vir a Angola, um país importante no continente e na UA, e foi bom
partilhar algumas ideias com o Presidente José Eduardo dos Santos", limitou-se
a dizer Nkosazana Dlamini-Zuma aos jornalistas, no final do encontro, que
decorreu na Cidade Alta.
Na sequência da
intervenção francesa no Mali, islamitas atacaram um campo de gás na Argélia,
onde fizeram vários reféns, e que resultou, na quinta-feira, numa tentativa de
resgate por parte das forças armadas argelinas.
Segundo a
presidente da Comissão Africana, os dois concluíram ser necessário analisar o
estado atual da organização, missão que será desempenhada pelos chefes das
diplomacias dos países membros.
"Posteriormente,
os Chefes de Estado deverão fazer uma reflexão mais profunda da situação atual
do continente, por ocasião da celebração do 50.º aniversário da União Africana,
que se celebra a 25 de Maio, para ver de onde viemos, onde estamos e para onde
pretendemos chegar", disse.
Nkosazana
Dlamini-Zuma acrescentou que os desafios do continente devem ser analisados a
partir dos próprios países e depois das organizações económicas regionais, e
destacou a estabilidade e a segurança como fatores inerentes ao desenvolvimento
de África.
EL // MLL.
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