MMT – PJA - Lusa
Maputo, 16 jan
(Lusa) - Trinta e cinco pessoas morreram vítimas das chuvas em Moçambique, que
desde outubro afetaram cerca de 26 mil pessoas, refere o novo balanço do
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC)´, hoje divulgado.
Segundo Carmelita
Namashilua, ministra moçambicana da Admistração Estatal, que preside o comité
de gestão das calamidades naturais em Moçambique, os dados indicam uma situação
alarmante, mas controlável.
Em quatro meses, o
número de mortes registadas suplantam em mais de metade os óbitos registados
nos últimos dois anos, um período durante o qual as calamidades causaram 58
vítimas mortais.
Falando aos
jornalistas, a ministra da Administração Estatal de Moçambique disse que a
contínua queda de chuva nos países da região austral de África estão a
preocupar as autoridades. No país cerca de 26 mil pessoas foram afetadas,
segundo o novo balanço divulgado esta sexta-feira.
"Estando ainda
na época chuvosa, estamos a caminhar para o pico, porque a época termina em
março. É importante redobrarmos esforços por forma a que os comités de gestão
de risco continuem mais proativos, chamando atenção às populações que estão nas
zonas de risco para poder se retirar com maior brevidade possível", disse.
O Instituto
Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique prevê que até março deste ano
as zonas centro e norte registem chuvas normais com tendência para acima de
normais.
Para a dimensão das
cheias contribui também o volume de descargas das barragens dos países
vizinhos, uma situação que está a preocupar o governo de Maputo.
"A situação
ainda é alarmante, por um lado. Se não nos precavermos poderemos perder mais
gente, mas é controlável se nós continuarmos como temos agido, em prontidão,
por forma que menos gente possa ser afetada".
Informações recolhidas
pelo INGC dão conta de que as chuvas destruíram diversas infraestruturas,
nomeadamente escolas, afetando um universo de milhares de crianças.
O plano de
contingência das autoridades moçambicanas prevê a assistência de até 300 mil
pessoas que eventualmente serão afetadas pelas chuvas, estando para tal
disponíveis três milhões de euros.
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