A Semana (cv), com foto
Carlos Veiga,
presidente do MpD, criticou o orçamento para 2013 durante a sua mensagem do 13
de Janeiro, que se assinala neste domingo. O líder ventoinha focou ainda que
este feriado "não é de nenhum partido" no texto que o asemanaonline
deixa aqui na íntegra.
Caros
cabo-verdianos e cabo-verdianas
O povo
cabo-verdiano celebra este Domingo mais um aniversário do 13 de Janeiro, dia da
liberdade e da democracia.
Há 22 anos, o povo
cabo-verdiano fez história na sua luta pela liberdade. Já o tinha feito a 5 de
Julho de 1975 quando da independência. Voltou a fazê-lo a 13 de Janeiro de 1991
para derrotar o partido único e começar a implantar a democracia.
Não se trata de um
dia qualquer. É, tem de ser, uma data memorável para Cabo Verde. Não porque o
MpD nesse dia ganhou as eleições ao PAICV. Mas porque foi o dia em que se
realizaram as primeiras eleições livres e democráticas na nossa história e
depois de 15 anos do regime de partido único. Porque nesse dia se realizaram as
eleições fundadoras da democracia.
O 13 Janeiro é
também importante porque permitiu eleger um parlamento plural, que resultou,
pela primeira vez, da livre vontade dos cidadãos e não da imposição de um
partido.
É ainda importante
porque permitiu lançar as bases para a criação em Cabo Verde de um ambiente de
democracia e de liberdade, num ambiente de paz e de tranquilidade.
Por isso, o 13 de
Janeiro não é pertença de nenhum partido, é do povo de Cabo Verde, é de todos
os cabo-verdianos e cabo-verdianas.
Há 22 anos que o
povo de Cabo Verde foi às urnas, livre e democraticamente, para fazer uma
escolha fundamental: entre a ditadura e a liberdade.
A escolha foi
clara: o povo votou na democracia e na liberdade. A opção foi inteligente: o
povo votou na esperança.
Caros
cabo-verdianos e cabo-verdianas
O povo cabo-verdiano
celebra o 13 de Janeiro no momento em que o país atravessa graves dificuldades
por culpa das políticas erradas do governo: a economia não cresce, o custo de
vida aumenta, o desemprego e a pobreza também e a dívida pública elevou-se
tanto que, na prática, se tornou no ministério que mais gasta em Cabo Verde.
Cabo Verde não vai
bem. E os cabo-verdianos sentem-no na pele. Mas temos um Governo que só se
preocupa em manter o PAICV no poder e para quem as pessoas e os seus problemas
concretos estão em plano secundário, não são a prioridade.
É necessário um
novo 13 de Janeiro para recolocar o país no caminho certo e para devolver a
alegria, a esperança e a felicidade aos jovens, às mulheres e a todos os
cabo-verdianos que, com o seu esforço, diariamente constroem Cabo Verde.
Há muito tempo que
o MpD vem chamando a atenção do Governo para os problemas que agora se estão a
verificar e para o erro das suas políticas. Mas o Governo e o Sr.
Primeiro-Ministro fingem que não ouvem. O país vai viver dias complicados e
muito difíceis. Por culpa de políticas erradas do governo.
Todos os alertas e
avisos que o MpD vem fazendo sobre os riscos para o país das políticas do
Governo do PAICV foram agora confirmados pelo Fundo Monetário Internacional.
Mais uma vez, ficou
claro que o Governo não diz a verdade aos cabo-verdianos sobre a real situação
económica e financeira do país e sobre os riscos que as políticas
governamentais fazem recair sobre nós.
Ao contrário do
PAICV e do seu governo, o MpD diz sempre a verdade aos cabo-verdianos.
Por isso, reafirmo
que é necessário um novo 13 de Janeiro para recolocar o país no caminho certo e
para devolver a alegria, a esperança e a felicidade aos jovens, às mulheres e a
todos os cabo-verdianos que, com o seu esforço, diariamente constroem Cabo
Verde.
Caros
cabo-verdianos e cabo-verdianas
Vamos viver dias
muito complicados e difíceis por culpa de orçamento do Estado para 2013,
aprovado recentemente pela Assembleia Nacional.
O MpD insiste em
dizer que é um orçamento largamente fictício. É um orçamento de faz de conta,
que vai piorar a vida dos cabo-verdianos em vez de a melhorar.
É um orçamento
claramente irrealista e inexequível. Longe de corrigir os males da economia,
vai piorá-los.
É esta a forma de
governar do PAICV: esconder a realidade, vender ilusões, gerir expectativas, em
vez de preparar o país para enfrentar os inevitáveis choques externos e as
exigências da competitividade mundial.
Quero aproveitar
esta oportunidade para vos dizer que não estamos perante uma fatalidade, um destino.
Está nas nossas mãos, de todos nós, Nação cabo-verdiana, exigir mais do
Governo. Mais transparência, mais responsabilidade e mais respeito pelo sistema
democrático.
Quero também
aproveitar esta oportunidade para apelar ao povo cabo-verdiano, nas ilhas e na
diáspora, para que não desista de lutar. No passado, os cabo-verdianos provaram
que os desafios, por mais difíceis que sejam, podem ser vencidos.
Vencemos na
independência; vencemos na democracia. Venceremos novamente.
Precisamos de um
novo 13 de Janeiro para recolocar o país no caminho certo e para devolver a
alegria, a esperança e a felicidade aos jovens, às mulheres e a todos os
cabo-verdianos que, com o seu esforço, diariamente constroem Cabo Verde.
Desejo a todos um
bom 13 de Janeiro.
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