domingo, 13 de janeiro de 2013

TRÊS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS PROMETEM APOIAR A GUINÉ-BISSAU




FP – MSF - Lusa, com foto

Bissau, 13 jan (Lusa) - Três organizações internacionais prometeram hoje em Bissau apoiar o país e o processo de transição, quer em termos de assistência institucional quer na construção de infraestruturas, água potável e alimentação.

A promessa foi deixada numa conferência de imprensa no dia da chegada a Bissau das três organizações, a Comissão Internacional dos Direitos Humanos (do Paquistão), a Organização Internacional dos Direitos Humanos (com sede na Índia) e a Cooperação Diplomática para um Mundo mais Seguro (Interdipco, com sede em Itália).

Muhammad Sahid Amin Khan, presidente da Comissão Internacional dos Direitos Humanos, explicou aos jornalistas que os responsáveis pelas três organizações já se encontraram hoje com o primeiro-ministro de transição e que pretendem também encontrar-se com o Presidente de transição, devendo a delegação deixar o país na próxima quinta-feira.

Além de prometerem apoios para a produção e distribuição de água potável, os responsáveis disseram também que fariam chegar ao país 200 mil toneladas de arroz, garantindo que os apoios à Guiné-Bissau são para começar de imediato, sem esperar pelo fim do período de transição.

A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado, levado a cabo pelos militares, que depuseram os governantes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece as autoridades de transição.

Segundo Amin Khan, caso seja assinado com as autoridades de transição um memorando de entendimento, as três organizações em conjunto estão dispostas a apoiar "a construção de instituições democráticas, para que as pessoas tenham empregos e melhores condições a nível de Saúde e Educação".

Os apoios à Guiné-Bissau, disse, serão na área da Saúde e Educação, mas também na área da reforma do setor de Defesa e Segurança e na preparação de eleições gerais, inicialmente previstas para abril, uma data ultimamente posta em causa por vários políticos, que dizem ser impossível realizar eleições em tão curto espaço de tempo.

"Estou convencido de que se assinarmos um acordo a Guiné-Bissau pode ser em pouco tempo um exemplo para todo o continente africano", disse Amin Khan, que frisou que as três organizações não esperam contrapartidas da Guiné-Bissau.

"Estamos aqui para dar assistência económica, política e institucional", disse Hassam Bou-Said, da representação da Comissão no Líbano, acrescentando que com o primeiro ministro de transição foram discutidos temas como as relações económicas entre a Guiné-Bissau a Itália, o Paquistão e o Líbano, encorajando os empresários desses países a investirem na Guiné-Bissau.

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