FP – MSF - Lusa, com foto
Bissau, 13 jan
(Lusa) - Três organizações internacionais prometeram hoje em Bissau apoiar o
país e o processo de transição, quer em termos de assistência institucional
quer na construção de infraestruturas, água potável e alimentação.
A promessa foi
deixada numa conferência de imprensa no dia da chegada a Bissau das três
organizações, a Comissão Internacional dos Direitos Humanos (do Paquistão), a
Organização Internacional dos Direitos Humanos (com sede na Índia) e a
Cooperação Diplomática para um Mundo mais Seguro (Interdipco, com sede em
Itália).
Muhammad Sahid Amin
Khan, presidente da Comissão Internacional dos Direitos Humanos, explicou aos
jornalistas que os responsáveis pelas três organizações já se encontraram hoje
com o primeiro-ministro de transição e que pretendem também encontrar-se com o
Presidente de transição, devendo a delegação deixar o país na próxima
quinta-feira.
Além de prometerem
apoios para a produção e distribuição de água potável, os responsáveis disseram
também que fariam chegar ao país 200 mil toneladas de arroz, garantindo que os
apoios à Guiné-Bissau são para começar de imediato, sem esperar pelo fim do
período de transição.
A Guiné-Bissau está
a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado a
12 de abril do ano passado, levado a cabo pelos militares, que depuseram os
governantes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece as
autoridades de transição.
Segundo Amin Khan,
caso seja assinado com as autoridades de transição um memorando de
entendimento, as três organizações em conjunto estão dispostas a apoiar "a
construção de instituições democráticas, para que as pessoas tenham empregos e
melhores condições a nível de Saúde e Educação".
Os apoios à
Guiné-Bissau, disse, serão na área da Saúde e Educação, mas também na área da
reforma do setor de Defesa e Segurança e na preparação de eleições gerais,
inicialmente previstas para abril, uma data ultimamente posta em causa por
vários políticos, que dizem ser impossível realizar eleições em tão curto
espaço de tempo.
"Estou
convencido de que se assinarmos um acordo a Guiné-Bissau pode ser em pouco
tempo um exemplo para todo o continente africano", disse Amin Khan, que
frisou que as três organizações não esperam contrapartidas da Guiné-Bissau.
"Estamos aqui
para dar assistência económica, política e institucional", disse Hassam
Bou-Said, da representação da Comissão no Líbano, acrescentando que com o
primeiro ministro de transição foram discutidos temas como as relações
económicas entre a Guiné-Bissau a Itália, o Paquistão e o Líbano, encorajando
os empresários desses países a investirem na Guiné-Bissau.
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