Jornalistas de Cabo
Verde pedem explicações ao MAI sobre detenção de fotojornalista
06 de Janeiro de
2013, 13:39
Cidade da Praia, 06
jan (Lusa) - A Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) vai enviar uma
carta ao Ministério da Administração Interna (MAI) para medidas para defender a
liberdade de imprensa, depois da detenção, quinta-feira, do fotojornalista
Paulo Cabral, durante uma reportagem.
Em declarações à
agência Lusa, a presidente da AJOC e jornalista da Rádio Nacional de Cabo Verde
(RNCV), Carla Lima, lembrou que a detenção, por 24 horas, do fotojornalista
freelance cabo-verdiano Paulo Cabral constitui uma ameaça à liberdade de imprensa.
Quinta-feira, o
realizador e repórter de imagem Paulo Cabral foi detido por agentes da Polícia
Nacional quando fotografava uma demolição de uma casa na Achada Grande Frente,
ordenada pela Câmara Municipal da Praia.
Segundo a imprensa
local, a polícia proibiu o fotojornalista de registar imagens, tendo, depois,
exigido a máquina fotográfica, o que foi recusado por Paulo Cabral, antigo
operador de câmara da RTP África e fotojornalista do semanário A Nação, entre
outros órgãos de comunicação social locais.
Segundo a Televisão
de Cabo Verde (TCV), Paulo Cabral foi também agredido pela polícia, mesmo
depois de ter apresentado a sua carteira profissional.
"Vamos
apresentar uma queixa contra os agentes da polícia que estão envolvidos e vamos
enviar também uma carta para dar conhecimento à ministra da Administração
Interna (Marisa Morais) para explicar a situação e pedir que se tomem medidas
para que tal não volte a acontecer", afirmou.
Carla Lima lembrou
os episódios registados em 2012, quando jornalistas residentes na Assomada
(Santa Catarina de Santiago) e de São Filipe (ilha do Fogo) foram alvo de
intimidações por parte da polícia.
"Há ainda
outros casos e já são demais", sublinhou a presidente da AJOC, indicando
que Paulo Cabral vai ser ouvido a 15 deste mês no Tribunal de Comarca da Cidade
da Praia e que a associação sindical vai prestar todo o apoio legal ao
fotojornalista, disponibilizando também um advogado para o defender
JSD // PJA
Diminuição do preço
dos combustíveis em Cabo Verde contrabalançada com aumento do IVA
06 de Janeiro de
2013, 15:43
Cidade da Praia, 06
jan (Lusa) - A descida significativa do preço dos combustíveis em Cabo Verde
foi "compensada", a 01 deste mês, com o aumento do IVA de 6 para 15
por cento nos restantes produtos e serviços.
O litro da gasolina
foi o preço que mais desceu, 19,91 por cento, passando de 180,30 para 144,40
escudos (de 1,63 para 1,30 euros), fruto da diminuição de 45 para 15 por cento
no IVA, enquanto o do gasóleo baixou 2,47 por cento - de 129,60 para 126,40
escudos (de 1,17 para 1,14 euros).
Os preços serão
novamente revistos pela Agência de Regulação Económica (ARE) cabo-verdiana a 07
de fevereiro próximo.
A adequação à nova
taxa do IVA surge na sequência da aprovação do Orçamento do Estado (OE) 2013,
que, ao nivelar o IVA para os 15 por cento, levou ao aumento de todos os outros
produtos e serviços cujo imposto era taxado a 6 por cento.
Desde o primeiro
dia do novo ano subiram os preços dos transportes públicos coletivos e energia
e água, onde o IVA vai acabar por incidir nas faturas.
O agravamento do
tarifário não será o último, pois novas subidas de preços estão para vir quando
o aumento da incidência do IVA sobre o fuel 180 e 380, utilizado pela empresa
produtora e abastecedora de energia e água Electra nas suas centrais, se
repercutir nos custos.
Em novembro de
2012, numa entrevista, a ministra das Finanças cabo-verdiana, Cristina Duarte,
admitiu a subida dupla dos preços desses produtos, primeiro devido à incidência
do IVA e depois devido ao agravamento dos preços do fuel 180 e 380 anunciados
agora pela ARE.
"As projeções
indicam que, com a aplicação destas medidas, a eletricidade deverá aumentar em
torno dos 5 por cento e a água à volta de 8 por cento", afirmou a ministra
na ocasião.
Em relação aos
transportes urbanos coletivos, com a adequação do tarifário dos autocarros
públicos à nova taxa do IVA aprovada pelo OGE 2013, os utentes passam a desembolsar
mais nas viagens nos centros urbanos.
JSD // PJA
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