quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Currículo de Franquelim Alves coloca-o a trabalhar na Ernst&Young aos 16 anos




RCR – VC - Lusa

O currículo oficial do novo secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, coloca o governante como tendo iniciado a sua vida profissional aos 16 anos na consultora internacional Ernst&Young, contrariando outras duas versões disponíveis na Internet.

O ‘curriculum vitae’ (CV) do secretário de Estado disponível no portal do Governo já tinha suscitado polémica porque não referia a sua passagem pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a sociedade que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), mas também refere que o agora governante nasceu a 16 de novembro de 1954 e “iniciou a sua carreira, em 1970, como auditor e consultor da empresa internacional Ernst&Young”.

Já o currículo que entregou à Faculdade de Direito da Universidade Católica, onde ainda consta como docente do Mestrado de Direito e Gestão, aponta o ano de 1970 como o do primeiro emprego (nas Fábricas Mendes Godinho de Tomar), tendo começado a carreira na Ernst &Young Portugal no ano seguinte, aos 17 anos.

Numa outra versão, a do portal Infopedia, da Porto Editora, Franquelim Alves, licenciou-se primeiro em Economia, em 1979, pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa e só dois anos mais tarde se tornou no associado responsável pela área de Management Consulting Services da Ernst & Young Portugal.

Mas existem outras discrepâncias entre estes currículos.

A Infopédia, indica, por exemplo, que Franquelim Alves só se terá tornado diretor financeiro do grupo de distribuição Jerónimo Martins dois anos depois de concluir um MBA em Finanças na Católica (1995), mas nos outros dois CV, teve esta função entre 1996 e 2000.

Certo é que depois de sair da Jerónimo Martins, assumiu a presidência da ‘holding’ estatal responsável pela gestão dos mercados abastecedores do país (SIMAB), um cargo que terá desempenhado em 2003, segundo a biografia oficial e da Universidade Católica, ou entre 2002 e 2003, segundo a versão da Infopedia.

Em 2003, Franquelim Alves, estreou-se na vida polícia como secretário de Estado Adjunto do então ministro da Economia, Carlos Tavares, num governo liderado por Durão Barroso, mantendo-se até à demissão deste, na altura em que foi designado para a Comissão Europeia.

A partir dessa data, o percurso de Franquelim Alves passa por organismos públicos como o Instituto de Gestão da Dívida Pública, e empresas como a Cinveste, Portugal Telecom e a SLN onde foi “administrador” da área não financeira, segundo o CV oficial.

Quando foi novamente chamado para o governo, desempenhava funções de gestor no Compete, o programa de incentivos e apoios comunitários direcionado para empresas.

A Agência Lusa contactou o ministério da Economia para esclarecer as diferenças entre currículos, o que não foi possível até ao momento.

Contactada pela Lusa, a Ernst&Young não quis fazer comentários.

MALFEITORES DE COLARINHO BRANCO – opinião PG

Perante tanta incongruência, tanto “drama”, tanta mentira, o que se deve concluir é que Portugal está na posse de uma seita mafiosa que se apoderou da política e a manuseia descaradamente segundo seus interesses e em prejuízo do país e dos portugueses. Decerto por se sentir comprometido nos cambalachos do BPN - e sabe-se lá o que mais - o PR Cavaco Silva limita-se a fazer de conta que tudo vai bem, que a crise está prestes a passar e que vem por aí a recuperação e o futuro risonho. Será decerto risonho mas só para os que fizerem parte das máfias que se apoderaram dos vários poderes que têm conduzido Portugal ao descalabro. Sob o jugo destes malfeitores de colarinho branco sobrevive-se miseravelmente na quietude de um povo temeroso, cobarde, que optou pelo salve-se quem puder e enferma de fome à espera de um milagre de Fátima ou de cantar as suas desventuras num fado da desgraça… Assim não, para onde vamos Portugal? (Redação PG)

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