RCR – VC - Lusa
O currículo oficial
do novo secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, coloca o
governante como tendo iniciado a sua vida profissional aos 16 anos na
consultora internacional Ernst&Young, contrariando outras duas versões
disponíveis na Internet.
O ‘curriculum
vitae’ (CV) do secretário de Estado disponível no portal do Governo já tinha
suscitado polémica porque não referia a sua passagem pela Sociedade Lusa de
Negócios (SLN), a sociedade que detinha o Banco Português de Negócios (BPN),
mas também refere que o agora governante nasceu a 16 de novembro de 1954 e
“iniciou a sua carreira, em 1970, como auditor e consultor da empresa
internacional Ernst&Young”.
Já o currículo que
entregou à Faculdade de Direito da Universidade Católica, onde ainda consta como
docente do Mestrado de Direito e Gestão, aponta o ano de 1970 como o do
primeiro emprego (nas Fábricas Mendes Godinho de Tomar), tendo começado a
carreira na Ernst &Young Portugal no ano seguinte, aos 17 anos.
Numa outra versão,
a do portal Infopedia, da Porto Editora, Franquelim Alves, licenciou-se
primeiro em Economia, em 1979, pelo Instituto Superior de Economia da
Universidade Técnica de Lisboa e só dois anos mais tarde se tornou no associado
responsável pela área de Management Consulting Services da Ernst & Young
Portugal.
Mas existem outras
discrepâncias entre estes currículos.
A Infopédia,
indica, por exemplo, que Franquelim Alves só se terá tornado diretor financeiro
do grupo de distribuição Jerónimo Martins dois anos depois de concluir um MBA em
Finanças na Católica (1995), mas nos outros dois CV, teve esta função entre
1996 e 2000.
Certo é que depois
de sair da Jerónimo Martins, assumiu a presidência da ‘holding’ estatal
responsável pela gestão dos mercados abastecedores do país (SIMAB), um cargo
que terá desempenhado em 2003, segundo a biografia oficial e da Universidade
Católica, ou entre 2002 e 2003, segundo a versão da Infopedia.
Em 2003, Franquelim
Alves, estreou-se na vida polícia como secretário de Estado Adjunto do então
ministro da Economia, Carlos Tavares, num governo liderado por Durão Barroso,
mantendo-se até à demissão deste, na altura em que foi designado para a
Comissão Europeia.
A partir dessa
data, o percurso de Franquelim Alves passa por organismos públicos como o
Instituto de Gestão da Dívida Pública, e empresas como a Cinveste, Portugal
Telecom e a SLN onde foi “administrador” da área não financeira, segundo o CV
oficial.
Quando foi
novamente chamado para o governo, desempenhava funções de gestor no Compete, o
programa de incentivos e apoios comunitários direcionado para empresas.
A Agência Lusa
contactou o ministério da Economia para esclarecer as diferenças entre
currículos, o que não foi possível até ao momento.
Contactada pela
Lusa, a Ernst&Young não quis fazer comentários.
MALFEITORES DE
COLARINHO BRANCO – opinião PG
Perante tanta
incongruência, tanto “drama”, tanta mentira, o que se deve concluir é que
Portugal está na posse de uma seita mafiosa que se apoderou da política e a manuseia
descaradamente segundo seus interesses e em prejuízo do país e dos portugueses.
Decerto por se sentir comprometido nos cambalachos do BPN - e sabe-se lá o que
mais - o PR Cavaco Silva limita-se a fazer de conta que tudo vai bem, que a
crise está prestes a passar e que vem por aí a recuperação e o futuro risonho. Será
decerto risonho mas só para os que fizerem parte das máfias que se apoderaram
dos vários poderes que têm conduzido Portugal ao descalabro. Sob o jugo destes
malfeitores de colarinho branco sobrevive-se miseravelmente na quietude de um
povo temeroso, cobarde, que optou pelo salve-se quem puder e enferma de fome à espera de um milagre de Fátima ou de cantar as suas desventuras num fado da desgraça… Assim não, para
onde vamos Portugal? (Redação PG)
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