quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Grécia arrisca novas medidas de austeridade devido à queda de 7% nas receitas em Janeiro




MC - MBA – Lusa -  foto ALKIS KONSTANTINIDIS/ANA-MPA

Atenas está alarmada porque a quebra de 7% das receitas com impostos verificada em janeiro face ao previsto provocará, caso o desvio não seja corrigido até março, a aprovação automática de novas medidas de austeridade.

A aprovação automática de medidas de austeridade para compensar o desvio da quebra de impostos arrecadados face ao montante previsto pelo governo está incluída no memorando que Atenas assinou com os credores internacionais.

Fontes do ministério das Finanças citadas hoje por vários jornais gregos informaram que as receitas com impostos foram de 4.050 milhões de euros e que a estimativa do governo era de 4.360 milhões.

A quebra das receitas foi fundamentalmente provocada pela contração do consumo, que fez recuar em 15% as receitas do IVA.

O acordo do governo grego com a 'troika' formada pelo Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que se no final de um trimestre não se cumprirem os objetivos previstos para o défice, se cortem automaticamente os gastos primários, excluindo salários e pensões.

Em comparação com janeiro de 2012, as receitas com impostos na Grécia diminuíram 16%.
Segundo informações do jornal Kathimerini, nos próximos dias o secretário geral encarregado pela arrecadação de impostos do ministério das Finanças grego, Haris Theoharis, vai analisar com os responsáveis das delegações fiscais de todo o país fórmulas para conter a evasão fiscal.

Um dos principais problemas da Grécia é a fuga de capital registada desde que começou a crise, principalmente de contribuintes com elevados rendimentos.

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