… às vítimas das
cheias
PMA – MLL - Lusa
Maputo, 06 fev
(Lusa) - O Instituto Nacional de Gestão das Calamidades (INGC) de Moçambique
rebateu hoje uma denúncia de alegada fraude na distribuição de ajuda
humanitária às vítimas das cheias, salientando que o apoio "está
subordinado a um comando único".
A Gift of the
Givers, uma ONG sul-africana, disse, na terça-feira, ter retirado o seu apoio
do maior centro de acomodação das vítimas das cheias no distrito de Chókwè,
província de Gaza, sul de Moçambique, em protesto contra a alegada presença de
responsáveis do centro na lista dos beneficiários da ajuda.
"Pedimos uma
lista de onde distribuir ajuda e a quem a dar. Quando a recebemos, a lista não
estava bem organizada, havia nomes suspeitos e decidimos não lhes dar a ajuda a
eles", contou à Lusa Imtiaz Sooliman, fundador e diretor da Gift of the
Givers.
Contactado pela
Lusa em Maputo, a porta-voz do INGC, Rita Almeida, considerou "anormal a
situação" apontada pela Gift of Givers, pois a distribuição da ajuda às
vítimas está subordinada ao comando único do INGC.
"Toda a ajuda
é canalizada ao INGC, que assume o comando único de toda a operação de
distribuição da ajuda aos necessitados. As entidades que prestam apoio não o
fazem diretamente às vítimas, porque quem tem o plano de distribuição é o
INGC", sublinhou Rita Almeida.
A porta-voz do INGC
afirmou que as equipas de distribuição do apoio humanitário são
"multiformes", pois integram membros do Governo, desde o nível
central até ao local, mas também organizações das Nações Unidas e da sociedade
civil.
"A
participação das organizações da sociedade civil no processo de distribuição
alimentar é feita no plano multissetorial, nenhuma atua unilateralmente, para
evitar que uns recebam mais apoios e outros recebam menos", enfatizou Rita
Almeida.
As cheias que
devastam Moçambique causaram desde outubro passado 91 mortos e mais de 150 mil refugiados
em centros de alojamento criados pelo Governo.
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