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Lusa
Luanda, 22 abr
(Lusa) - O papel de Angola na procura de soluções para conflitos em África,
designadamente na Guiné-Bissau, foi hoje destacado em Luanda pelo ministro das
Relações Exteriores.
Georges Chicoti,
que discursava na abertura de uma palestra promovida pela Associação dos
Diplomatas de Angola, destacou o papel de Angola no apaziguamento das tensões,
além da Guiné-Bissau, no Mali, República Centro Africana e na região dos
Grandes Lagos.
Citado pela agência
Angop, Chicoti recordou a recente realização na capital angolana da cimeira
tripartida entre os presidentes de Angola, África do Sul e República
Democrática do Congo (RDC), em que analisaram a situação de instabilidade na
RDC.
"Esta cimeira
tripartida permitiu uma maior concentração sobre o processo de implementação do
Acordo-Quadro para a paz, estabilidade e cooperação na RDC", assinado no
passado dia 24 de fevereiro em Adis Abeba.
O chefe da
diplomacia angolana salientou que os três presidentes decidiram criar um
mecanismo de cooperação conjunta.
Chicoti destacou
ainda o empenho de Angola para "o fim do ambiente de tensão e confrontos
na África Austral, apoiando os esforços para a independência do Zimbabué, em
1980, e da Namíbia, em 1990, e o fim do regime do apartheid e o advento da
maioria negra no poder na África do Sul, em 1994".
Noutra iniciativa
realizada também hoje em Luanda, um seminário sobre Armas Químicas e
Biológicas, que termina terça-feira, Georges Chicoti sublinhou a importância
que o Governo angolano atribui ao desarmamento internacional e às convenções,
resoluções e decisões adotadas pelos órgãos das Nações Unidas.
No discurso de
abertura dos trabalhos do seminário, coorganizado pelo Ministério das Relações
Exteriores de Angola em colaboração com a embaixada do Reino Unido, Chicoti acrescentou
Angola defende a eliminação do uso total de engenhos de destruição em massa,
como são os casos das armas químicas e biológicas.
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