NME - APN - Lusa
Luanda, 02 mai
(Lusa) - O secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), Miguel
Trovoada, destacou hoje em Luanda a preocupação daquela organização com a falta
de "respostas adequadas" para pôr cobro à pirataria e outros crimes
naquela região.
Miguel Trovoada,
ex-presidente de São Tomé e Príncipe, discursava na abertura da VII sessão
ordinária do Conselho de Ministros da CGG, que decorre hoje e terça-feira em
Luanda.
Segundo Miguel
Trovoada, citado pela agência noticiosa angolana Angop, as ações de pirataria,
roubo à mão armada e outros atos ilícitos praticados na zona marítima do Golfo
da Guiné, preocupam cada vez mais a comunidade internacional, que se tem
mobilizado "fortemente" na busca de mecanismos de uma ação
concertada, para pôr cobro ao fenómeno.
Aquele dirigente
frisou que "frequentemente" a organização é solicitada quer por
fontes estatais, quer por organizações internacionais e instituições não
governamentais devido à situação, mas a mesma vê-se "coartada na sua
ação" face aos constrangimentos que limitam o seu funcionamento e
condicionam os respetivos resultados.
"Estamos
convencidos de que o Conselho de Ministros, cientes da realidade atual e
desejoso de contribuir para o avanço da Comissão, não deixará de adotar medidas
judiciais, na defesa dos interesses superiores dos Estados e povos que
representa", referiu Miguel Trovoada.
A reunião prevê
ratificar os projetos de textos elaborados pela Cimeira interministerial
realizada em Cotonou, Benin, para preparar a cimeira conjunta das comunidades
económicas dos estados da África Central (CEEAC), África Ocidental (CEDEAO) e
CGG e dos chefes de Estado e de Governos dos países da África Central e do
Oeste, a realizar-se em Yaoundé, Camarões, nos próximos dias 17 e 18.
Neste encontro de
Luanda, que decorre sobre presidência do ministro das Relações Exteriores de
Angola, Georges Chicoti, está prevista a análise de estratégias para o reforço
da manutenção da paz e segurança na região, particularmente a segurança
marítima.
No final será
adotada a Declaração de Luanda sobre a Paz e Segurança na região do Golfo da
Guiné, de novembro de 2012, o relatório da reunião dos peritos militares, de 12
de março de 2013, intitulado "Linhas Mestras da Estratégia da CGG, para a
Gestão da Paz e Segurança na região" e o Plano de Ação da CGG para 2013,
bem como o seu orçamento para o ano em curso.
A CGG é integrada
por Angola, República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Nigéria,
Camarões, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.
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