Simião Pongoane –
Voz da América
Uma centena de
médicos cubanos está a caminho de Maputo numa altura em que entre 200 e 300
médicos nacionais estão em greve há cerca de um mês.
Uma centena de
médicos cubanos está a caminho de Maputo a pedido do governo moçambicano numa
altura em que entre 200 e 300 médicos nacionais estão em greve há cerca de um
mês, exigindo melhores condições de trabalho e aumento salarial em cem por
cento.
O governo diz que
não tem dinheiro para aumentar o salário dos médicos, depois de um incremento
salarial de seis por cento. Os médicos acham que é pouco.
O Fundo Monetário Internacional apareceu na ribalta, dizendo que havia espaço de
manobra no orçamento do estado para acomodar o aumento salarial. Mas nesta
quinta-feira voltou atrás dizendo que foi mal citado.
O Fundo Monetário Internacional considera que já não há manobra no orçamento do
estado moçambicano para o aumento salarial.
Entretanto, o governo moçambicano diz que tem um acordo assinado há mais de 30
anos Cuba para o apoio em profissionais de saúde.
Segundo a vice-ministra da saúde, Nazira Abdula, os cem médicos cubanos a
caminho de Maputo vêm no quadro desse acordo.
Coincidência ou não, o certo é que o governo e a sociedade em geral mostram
sinais de preocupação com a deterioração dos serviços públicos de saúde devido
ao prolongamento da greve dos médicos.
Moisés Mabunda, analista político-social, considera que apesar das causas da
greve serem consideradas justas, a paralisação das actividades nas unidades
sanitárias publicas ultrapassa o senso comum e penaliza a população, principal
alvo da actividade médica.
Moçambique tem cerca de 1200 médicos e e considerado um dos países com rácio
médico/doente mais baixo do Mundo. O défice é minimizado pela contratação de
médicos estrangeiros através de acordos bilaterais, como é o caso dos
profissionais cubanos agora a caminho de Maputo.
*Título alterado
por PG
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