Notícias (mz) - Maputo,
Segunda-Feira, 5 de Agosto de 2013
A ZANU-PF e o seu
candidato, Robert Mugabe, venceram de forma categórica as eleições do passado
dia 31 de Agosto no Zimbabwe. O anúncio oficial dos resultados foi feito ao
princípio da noite de sábado, pela presidente da Comissão Eleitoral (ZEC), Rita
Makarau.
Nos termos da
Constituição da República do Zimbabwe, citada na ocasião pela presidente da
ZEC, Robert Gabriel Mugabe recebeu mais de metade dos votos expressos nas
eleições presidenciais pelo que é declarado presidente com efeitos a partir de
3 de Agosto de 2013.
Mugabe, de 89 anos,
que assim vence uma eleição presidencial pela sétima vez no Zimbabwe, amealhou
2.110.434 votos, correspondentes a 61,09 por cento dos 3.480.047 depositados,
enquanto o seu partido atingiu os dois terços que almejava para o Parlamento, o
que lhe vai permitir fazer as emendas que achar convenientes no exercício
legislativo dos próximos cinco anos. Para tal, a ZANU-PF vai ocupar 160
assentos dos 210 disponíveis.
Morgan Tsivangirai,
61 anos, por seu turno, amealhou 1.172.349 votos, o equivalente a 33,94 por
cento dos votos escrutinados na votação presidencial, enquanto o seu partido
vai ocupar apenas 49 assentos na próxima Assembleia Nacional.
Um candidato
independente conseguiu entretanto garantir um lugar neste órgão, através de
votos amealhados em Mashonaland Central onde, curiosamente, o MDC-T não
conseguiu eleger qualquer membro.
Ainda na eleição
presidencial, o candidato do MDC, dissidente do MDC-Tsvigangirai e Ministro da
Indústria e Comércio, Welshman Ncube, foi o terceiro mais votado com 92.637
votos correspondentes a 2,68 por cento, seguindo-se lhe Dumiso Dabengwa, da
ZAPU, com 25.416 (0,74 por cento) e Kisnot Mukwazhe, da ZDP, 9.931 votos (0,29
por cento).
Ainda nesta eleição
presidencial, cabe aqui referir que 69280 votos depositados foram rejeitados
por irregularidades diversas.
Reagindo a estes
resultados, o chefe do gabinete eleitoral da ZANU-PF, Emmerson Mnangagwa,
realçou que o povo zimbabweano pronunciou-se.
"Eles (MDC-T)
têm o direito democrático de dizer coisas erradas e pela rota que estão a
seguir a sua carreira política deve estar enterrada para sempre. Apelamos-lhes
para que aceitem os resultados porque o povo é que falou"-sublinhou
Mnangagwa.
Enquanto isso, a
sua contraparte do MDC-T, Obert Gutu, que se recusou a assinar os documentos
referentes a este processo emanados pela ZEC, disse que o seu presidente,
Morgan Tsivangirai já tinha deixado claro que as eleições foram uma vergonha e
uma farsa, por isso eram nulas.
"Esperem para
ver. Alguma coisa vai acontecer. Vamos realizar algumas acções"-prometeu,
sem no entanto entrar em detalhes.
De acordo com a
ZEC, entretanto, cerca de 3.5 milhões de eleitores foram às urnas nestas
eleições dos 6.4 milhões inscritos.
Eliseu Bento, em
Harare
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