O Governo de
transição da Guiné-Bissau quer ajuda internacional para capturar os traficantes
de droga que operam no país, disse à agência Lusa o ministro de Estado e
porta-voz, Fernando Vaz.
Aquele responsável
falava na sequência de um apelo da Comissão de Combate às Drogas na África
Ocidental, que pediu "determinação e vontade política" das
autoridades de Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.
O apelo foi feito a
20 de agosto, em Bissau, após três dias de visita ao país por uma comitiva
liderada pelo antigo presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que dirige a
comissão - designada de West Africa Commission on Drugs (WACD) e criada em
janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas.
"As pessoas ou
estão cegas ou não estão interessadas em ver" as demonstrações de
"vontade política deste Governo de transição no combate à droga",
respondeu Fernando Vaz, numa reação a questões colocadas pela agência Lusa.
Segundo referiu, o
executivo guineense já pediu ajuda "à maior parte dos países evoluídos,
que são os mercados finais do tráfico de droga", para fiscalização dos
céus e águas da Guiné-Bissau, mas não obteve "nenhuma resposta".
Um dos momentos
chave relacionado com este tema aconteceu a 04 de abril, quando uma brigada de
combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos capturou Bubo Na Tchuto, antigo
chefe da Marinha guineense.
A justiça dos EUA
acusa-o de tráfico de drogas e manifestou a intenção de deter também o atual chefe
das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma
vez refutar as acusações.
Sobre esta
situação, Fernando Vaz refere que a posição do Governo de transição já foi
demonstrada em correspondência enviada para os EUA.
"Já dissemos
aos americanos: sabem que há aqui droga, sabem quem a faz, venham para nos
ajudar a prender essa gente. Porque não o fazem se estão mais habilitados para
isso?", questiona.
"Estamos
abertos: venham cá, montem uma base", acrescentou, dirigindo-se às autoridades
dos EUA.
Ainda no âmbito do
combate à droga, Fernando Vaz refere que o Governo de transição pediu também a
colaboração dos ministros da justiça da sub-região do ocidente africano.
Para além do apelo
lançado há pouco mais de 10 dias pela WACD, em Bissau, um relatório de
fevereiro do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) refere que
"a corrupção relacionada com a cocaína claramente deteriorou a governação
em lugares como a Guiné-Bissau".
O documento sobre
"Criminalidade Organizada Transnacional na África Ocidental" explica
que "o contrabando é muitas vezes concretizado através da corrupção e não
por movimentos furtivos e clandestinos".
Ou seja, as
receitas do tráfico são tais que permitem "comprar a cooperação de
funcionários de alto nível do Governo em alguns países pobres".
"Sem dúvida
que o país mais afetado por esta questão é a Guiné-Bissau, um país cuja
produção económica anual é inferior ao valor de algumas das apreensões de
cocaína feitas na região", conclui a UNODC.
LFO // MLL - Lusa
3 comentários:
Senhor Fernando parece que queres uma ajuda para capturar traficantes da droga a sim!!! deves ja começar para o general presidente e deves saber ja uma coisa que este vai comprar uma segunda catana para te cutular como cutulou o nv
Q U E D I A BO E S S E ? CAPTURE O AI E O DABA NA WALNA
senhor nando voce memo estas implicado neste comercio lucrativo e estas finzindo que nao sabes de nada o que se passa na guiné na guiné bissau ha todas as manobras para pedir esmola as comunidades internacionas para enriquecer todos os golpistas. Este dinheiro sera desviado nas fronteiras antes de chegar a nossa capital ah sim queres uma ajuda para isso?
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