O número de
milionários em Angola, no Quénia e na Nigéria mais que duplicará até 2030,
potenciando as perspectivas do negócio da banca privada, de acordo com um
relatório da consultora Nwe World Wealth (NWW).
A quantidade de
milionários em Angola vai subir 144%, enquanto na Nigéria, o maior produtor
africano de petróleo, vai subir 174% para 43 mil dentro de pouco mais que 15
anos, sendo que atualmente esse número está nos 15.700, disse a consultora
sedeada no Reino Unido citada pela agência Bloomberg, usando uma amostra com dados
do Banco Mundial, sem especificar quantos milionários contabilizou atualmente
em Angola.
O homem mais rico
de África, Aliko Dangote, é nigeriano e, segundo a Bloomberg, tem ativos no
valor de 22 mil milhões de dólares, mas o maior número de milionários
continuará, em 2030, na África do Sul, que deverá crescer 78% para 86.700.
"Estamos a
prever que a Nigéria, o Gana e o Quénia sejam os maiores condutores no
crescimento do negócio da gestão de riquezas em África", disse Andrew
Amoils, um analista do escritório de Joanesburgo da NWW, acrescentando que
esses países "já têm setores bancários relativamente bem desenvolvidos,
portanto o passo para a banca privada [atendimento específico a clientes
abastados] é um movimento lógico".
O relatório da
consultora britânica não apanhou de surpresa os principais bancos que investem
na gestão de fortunas, como o Barclays, o HSBC Holdings ou o UBS, o maior do
mundo, que já tinha afirmado no mês passado que a Nigéria e Angola são as
prioridades do banco na aposta na captação de novos clientes milionários.
No 'ranking' de
milionários por país africano, a Nigéria vai ultrapassar o Egipto, prevê a NWW,
ficando a África do Sul em terceiro lugar e o Quénia na quarta posição.
A Lusa tentou
contactar a consultora NWW pedindo mais dados por país, mas até agora sem sucesso.
Lusa
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