O governo regional
de Sofala, centro de Moçambique, acionou hoje a retirada de viaturas ligeiras
por via-férrea no troço Dondo-Tica, devido às inundações que condicionam o
trânsito rodoviário, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Élsio Canda,
diretor provincial dos Transportes e Comunicações de Sofala, disse que um
comboio de carga foi colocado à disposição para evacuar carros impedidos de
atravessar a Estrada Nacional 6, a principal estrada que liga os países
africanos do interior ao porto moçambicano da beira, devido a inundações.
"Ativámos a
locomotiva logo que a situação complicou na N6. Durante sábado e domingo, 10
viaturas foram transportadas e as carruagens continuam disponíveis para
viaturas com suspensão baixa", disse hoje à Lusa Élsio Canda.
As águas do rio
Púnguè transbordaram e galgaram cerca de cinco quilómetros de asfalto no troço
entre Mutua (Dondo) e Tica (Nhamatanda), condicionando o trânsito durante o
dia. Nas noites o tráfego é interdito, afetando o movimento entre a a cidade da
Beira e países como Maláui, Zâmbia e Zimbabué.
"Ao longo da
tarde de domingo e manhã de segunda-feira, as águas desceram significativamente
na plataforma, e estamos a ponderar a reativação da circulação noturna na
terça-feira, caso prevaleça a descida do nível das águas", adiantou Canda.
Desde sexta-feira,
as viaturas são escoltadas no troço Mutua-Tica, quando o nível das águas atingiu
mais de um metro de altura acima da plataforma, fazendo com que muitos carros
ficassem retidos por várias horas na zona.
A Lusa testemunhou
no domingo a retenção de pelo menos 350 camiões de carga nas duas margens da
estrada, à espera da travessia, que chega a demorar em média uma hora, num
troço de cerca de 15 quilómetros.
Ali, viaturas com
suspensão baixa, estão sujeitas a pagar 600 meticais (15.3 euros) para
atravessar, com o motor desligado, empurrado por estivadores que se instalaram
na zona.
AYAC// PJA – Lusa –
foto Yoav Leemer – AFP
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